MÃE TERRA

"TUDO O QUE EXISTE E VIVE PRECISA SER CUIDADO PARA CONTINUAR A EXISTIR E A VIVER:UMA PLANTA,UM ANIMAL,UMA CRIANÇA,UM IDOSO,O PLANETA TERRA"

Leonardo Boff

quinta-feira, 28 de março de 2013

Inseticida Contra Dengue


Um grupo de pesquisadores do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia) desenvolveu um inseticida caseiro capaz de acabar com as larvas do Aedes Egypti. O ingrediente principal da receita é uma especiaria que todo mundo tem em casa: o cravo da índia. Ele contém uma substância chamada eugenol, que  já era conhecida como um anti-pragas natural. Com a pesquisa, ficou comprovado que esta substância também mata as larvas da dengue em até 24 horas.
A receita, que ensinaremos a seguir, pode ser aplicada em vasinhos de planta, reservatórios e outros locais que possam acumular água. O efeito do inseticida dura por mais ou menos 14 dias (depois disso é necessário aplicar novamente). Quer aprender a preparar? Então veja os ingredientes e siga o passo a passo.
Aedes Egypti: mosquito da dengue

Você vai precisar de:

Mosquito da Dengue
  • 60 cravos da índia
  • 1 xícara (chá) de água

Modo de Preparo:

Bata os cravos e a água no liquidificador até ficar bem triturado. Não é preciso coar a mistura. O inseticida pode ser mantido na geladeira por até 1 ano sem perder suas propriedades.

Aplicação

O inseticida deve ser usado diretamente nos criatórios das larvas. Para pratinho de planta pequenos, use 3 gotas da mistura de cravo da índia. Se o recipiente for maior, aplique mais gotas do inseticida caseiro.

Cuidados

A dengue é uma doença bastante perigosa. Caso você ou alguém da sua família apresente sintomas como febre alta, dor no corpo e manchas vermelhas, procure ajuda médica imediatamente.
FONTE: RECEITA NATURAL

quarta-feira, 27 de março de 2013

Dois chás por dia reduzem o risco de câncer de próstata, diz estudo Uso regular da bebida diminui em 37% probabilidade de desenvolver um tumor


Um estudo realizado por cientistas da Universidade de Maastricht, na Holanda, descobriu que homens que bebem pelo menos duas xícaras de qualquer tipo de chá por dia apresentam menor risco de desenvolver câncer de próstata. Os resultados foram publicados em março no jornal Cancer Causes & Control.

A equipe comparou 892 homens diagnosticados com câncer de próstata com um grupo controle de cerca de 800 homens que estavam em boa saúde. Os pesquisadores estudaram a dieta e os hábitos de consumo dos dois grupos e notaram que aqueles que ingeriam duas ou mais xícaras de chá por dia apresentavam um risco 37% menor de desenvolver câncer de próstata do que aqueles que não consumiam a bebida. Além disso, os autores notaram que a maioria dos participantes consumia café, e que essa bebida não causava impacto significativo na redução do risco de câncer.

O estudo não examinou como o chá pode ajudar a prevenir tumores de próstata. No entanto, investigações anteriores já demonstraram que a bebida contém substâncias chamadas polifenois, que podem proteger os tecidos e órgãos vitais contra uma invasão de células cancerosas.

Compare os benefícios de 14 tipos de chá
Chás quentinhos são muito bem-vindos, ainda mais quando os termômetros despencam. Para aproveitar as vantagens terapêuticas que eles fornecem, no entanto, é preciso saber a forma correta de preparo. "Desligue o fogo assim que a água começar a ferver, acrescente duas colheres de sopa para um litro ou duas colheres de chá para cada 250 ml, abafe por três a cinco minutos e coe", explica a nutricionista Flávia Cyfer, do Rio de Janeiro. Ela ainda aconselha a armazenar sempre na geladeira ou na garrafa térmica e jamais reaquecer a bebida, porque parte de suas propriedades serão perdidas. Confira abaixo os benefícios de 14 chás diferentes e escolha o seu preferido! 
Capim cidreira
Essa erva é aliada do sistema digestivo e ainda ajuda a aliviar gases. "É um chá ótimo para ser tomado depois das refeições por pessoas que tem problemas de digestão", conta a nutricionista Flávia Cyfer. A nutricionista Bruna Murta, da Rede Mundo Verde, também lembra que esse chá serve de calmante, como se fosse um sedativo natural.
Camomila - Foto: Getty Images
Camomila
Também de ação calmante, a camomila é boa para combater ansiedade einsônia e tem sido muito usada para aliviar a enxaqueca. "Essa opção é muito indicada no período da TPM, já que ajuda a amenizar cólicas, além da ação calmante", conta a nutricionista Bruna Murta. A nutricionista Flávia Cyfer dá outra dica: "A pessoa que quiser dormir melhor à noite pode misturar uma colher de camomila e outra de erva cidreira, para um efeito sedativo melhor".  
Hortelã - Foto: Getty Images
Hortelã 
Essa folhinha de aroma revigorante serve como antiparasita e antifúngica, ou seja, ajuda a matar bactérias ruins, principalmente do intestino, e auxilia pessoas que estão com complicações de gases. A nutricionista Bruna Murta acrescenta que ela é ótima para melhorar a digestão, combatendo azias.  
Alecrim - Foto: Getty Images
Alecrim
"É um digestivo excelente, melhor ainda do que a hortelã", conta a nutricionista Bruna Murta. O alecrim também é muito usado para ajudar pessoas que querem controlar o peso, pois aumenta a sensação de saciedade.

De acordo com a nutricionista Flávia Cyfer, esse chá ainda tem ações antipasmódica e anti-inflamatória - boas para cólica renal e menstrual -, ação antifúngica - ótima para ajudar a mandar embora o fungo cândida do organismo - e ação desintoxicante. "É um verdadeiro tônico para o fígado", comenta a profissional. 
Erva doce - Foto: Getty Images
Erva doce 
O aroma dessa erva é muito usado como forma de relaxante. O chá, além de propiciar esse benefício, também ajuda no combate a cólicas e gases, além de melhorar a digestão. 
Chá mate - Foto: Getty Images
Chá mate 
Preferido de muitos, o chá mate tem ação termogênica e antioxidante, bom para acelerar o metabolismo e evitar o envelhecimento precoce. É preciso um cuidado, apenas, com o seu poder estimulante, por conter cafeína. "Pessoas com hipertensão precisam evitar exageros, porque o chá mate aumenta a circulação e ainda pode irritar ainda mais a parede do estômago de quem tem gastrite", lembra a nutricionista Bruna Murta. 
Chá de canela - Foto: Getty Images
Chá de canela
A canela pode ser uma ótima aliada no controle de diabetes. A nutricionista Bruna Murta explica que ela ajuda na redução da glicemia, regulando o açúcar no sangue. Além disso, a nutricionista Flávia Cyfer lembra que ela ajuda a diminuir a vontade de comer doces e melhora a circulação.

Um estudo, realizado pelo Kansas State University, nos Estados Unidos, constatou que consumir meia colher de sopa por dia de canela ajuda a regular o colesterol. Os pesquisadores acreditam que tal redução é resultado da ação dos antioxidantes, que ajudariam a eliminar parte da gordura ruim que ingerimos com maior rapidez. 
Chá verde - Foto: Getty Images
Chá verde
Esse é mais um chá campeão. "É desintoxicante, ajuda a fortalecer o sistema imunológico, previne problemas cardiovasculares por controlar o colesterol e ainda tem vários princípios ativos que ajudam na prevenção do câncer", afirma a nutricionista Bruna Murta.

Flávia Cyfer complementa as vantagens dessa bebida: ajuda a combater cáries - basta fazer bochechos com ela - e serve de protetor solar interno, ajudando a proteger a pele contra raios ultravioletas. Tomar o chá, no entanto, não dispensa o uso do protetor solar externo.

O chá verde também é muito famoso pela ação termogênica, ou seja, acelera o metabolismo na queima de gorduras e pode contribuir para quem quer perder os quilos extras. Mas vale lembrar que a bebida não é milagrosa e nem ajuda a emagrecer sozinha - sempre é preciso aliar uma dieta equilibrada com exercícios físicos.  
Hibisco - Foto: Getty Images
Chá de hibisco
Segundo a nutricionista Flávia Cyfer, o hibisco ajuda no controle docolesterol e é muito diurético, capaz de fazer uma varredura de toxinas no organismo. "Ele ajuda a eliminar gordura e pode ser uma boa opção para hipertensos, porque tem menos cafeína que o chá verde, mas benefícios semelhantes", conta a profissional.

A nutricionista Bruna Murta explica que o fator que torna o chá de hibisco aliado do combate ao excesso de peso é a ação anti-inflamatória. "A bebida ajuda a diminuir a inflamação da obesidade, que é considerada um estado inflamatório do corpo", afirma. 
Chás - Foto: Getty Images
Chá de gengibre 
"O gengibre é um dos melhores anti-inflamatório que temos na natureza", diz a nutricionista Flávia Cyfer. Ele também atua no sistema digestivo contra cólicas e gases e ajuda no combate à celulite, tão indesejada pelas mulheres. A nutricionista ainda indica esse chá para combater enjoos e náuseas, principalmente emgestantes, que não podem usar muitos remédios durante a fase da gestação.  
Limão - Foto: Getty Images
Chá de limão
Além de a fruta ser rica em vitamina C, a nutricionista Flávia Cyfer conta que ela tem ação alcalinizante, ou seja, ajuda a deixar o pH do sangue dentro do nível alcalino, que é como ele deve ficar. "Com esse nível estabilizado, não há perda desnecessária de nutrientes e todos os sistemas do corpo atuam da forma correta, garantindo saúde plena", diz a profissional.

O conselho de Flávia é fazer o chá junto com a casca, porque ela tem uma ação muito forte de desintoxicação do organismo.  
Maracujá - Foto Getty Images
Maracujá
O maracujá já é famoso por ajudar a acalmar os nervos. As nutricionistas indicam esse chá para combater ansiedade, estresse, insônia, irritação e agitação.  
Maçã - Foto: Getty Images
Maçã 
A fruta também tem ação calmante, além de ótima para ajudar na digestão. A nutricionista Flávia Cyfer também indica que ela é diurética, com efeito laxante.  
Alfazema - Foto: Getty Images
Chá de alfazema
Mais um chá que ajuda a aliviar cólicas. De propriedade calmante e bactericida, a alfazema
também é muito usada para amenizar dores de cabeça.
FONTE: MINHA VIDA

FONTE: MINHA VIDA

Educação do corpo e da mente


Creches públicas de ONG indiana ensinam conceitos como vegetarianismo, ioga e sustentabilidade a crianças da periferia de São Paulo

Por Carmen Guerreiro | Fotos Raoni Maddalena

CRESCER
 Raoni Maddalena
Periferia da capital paulista. As largas avenidas se transformam em ruas, que ficam cada vez mais estreitas e tortuosas até formar vielas de favelas. Entre os barracos e casas modestas, avista-se o colorido sobrado com a placa da prefeitura que identifica uma pequena creche. O CEI (Centro de Educação Infantil) Universo Infantil, localizado no Jardim Guarani, na zona norte, é uma das cinco instituições mantidas pela ONG Internacional Ananda Marga Universal Relief Team (Amurt-Amurtel) na cidade. À primeira vista, parece uma escola de educação infantil tradicional, com trabalhos de crianças espalhados pelas paredes, mobília em miniatura, brinquedos e livros. Mas alguns detalhes aqui e ali fazem o visitante perceber que há algo diferente. Como a plaquinha de madeira entalhada onde se lê a expressão hindi “Namaskar” (a divindade em mim reconhece a divindade que há em você, em tradução livre) encontrada em diversas salas da creche sustentável. Em funcionamento desde o início de 2011, o CEI possui um sistema de aproveitamento de água da chuva (que gera, em média, uma economia de 6 mil litros por mês), aquecedor de água solar, horta e jardim vertical e piso de borracha feito de pneus reciclados. A pintura do prédio, que foi reformado com materiais de demolição, é com tinta à base de terra e atóxica (que saiu 90% mais barata do que a convencional). A reforma privilegiou a iluminação e a ventilação natural e os forros da cozinha e do refeitório receberam isolamento térmico feito com embalagens Tetra Pak. 
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Mas as diferenças vão além do espaço físico. Ali, as crianças são educadas segundo uma filosofia propagada pela Ananda Marga no mundo inteiro: o neo-humanismo. Criada e difundida pelo filósofo indiano P. R. Sarkar, essa pedagogia busca envolver paralelamente o físico e o espiritual das crianças. E isso não tem nada a ver com religião. “Desenvolvemos a criatividade por meio de uma educação holística”, afirma a economista filipina Didi Jaya, em um português com forte sotaque, coordenadora das creches em São Paulo (elas também estão presentes em outros estados, como Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro). Isso significa, na prática, trabalhar com a interdisciplinaridade: escolhe-se um tema e, a partir dele, exploram-se diversos aspectos. Em julho, por exemplo, os alunos estudaram a preservação do meio ambiente. As atividades envolveram teatro, uma experiência científica com gelo para compreender os estados físicos da água, uma oficina para fazer brinquedo com lixo reciclado, entre outras. As crianças ainda trouxeram de casa a sua fruta preferida para estudar as sementes e seus nutrientes. “Mas o mais importante é saber ouvir o que elas têm a dizer”, acredita Didi, que é voluntária da ONG no Brasil há 15 anos e ajudou a levantar, tijolo por tijolo, cada uma das creches. 
 Raoni Maddalena
Na capital paulista, a Ananda Marga “ouve” 500 crianças de 0 a 4 anos de comunidades pobres – a fila de espera chega a dobrar o número de vagas existentes. Como as creches são conveniadas, elas recebem parte dos recursos necessários da prefeitura. Em troca, têm a liberdade de contratar quem quiser e de escolher o projeto pedagógico, desde que siga o cronograma do município. As professoras são pagas e registradas, mas 70% do trabalho é voluntário. 
Shantala, ioga e nada de carne 
Além da filosofia neo-humanista, a Ananda Marga aplica outros métodos vindos da Índia. O primeira é a shantala, um tipo de massagem para bebês, que tem a função de tranquilizá-los por meio do contato pele a pele. Nas creches da ONG em São Paulo, elas são realizadas pelas professoras uma vez por semana. Já as crianças maiores, a partir dos 3 anos, participam de aulas de ioga semanais, onde aprendem as famosas posturas que imitam animais, a meditar e a controlar a respiração. O princípio dessas duas artes é flexibilizar e acalmar o corpo e, por consequência, a mente. 

Outro princípio difundido pela ONG no Brasil é a alimentação vegetariana. As cinco refeições servidas diariamente nas creches não contêm carne, nem ovos (que também são considerados uma forma de vida). O cardápio, que é planejado por uma nutricionista e aprovado pela prefeitura, inclui iogurte natural feito na creche (cuja receita é muito requisitada pelos pais), carne de soja, tortas, arroz e feijão, entre outros vegetais. Tudo temperado com ervas que os próprios alunos plantam. A prefeitura oferece uma parte dos alimentos, que é comum a todas as creches conveniadas, e a ONG complementa com cereais, bolachas integrais, sucos, frutas e mais delícias. Didi faz questão de cuidar de perto da alimentação dos pequenos. Além de fazer a polenta que é servida às segundas-feiras, ela vai pessoalmente às feiras de rua da região na hora em que estão terminando para conseguir frutas e verduras mais baratas ou doadas. 

As crianças aprovam: dos bebês aos maiores, todas raspam o prato. A dona de casa Cássia Helena Pinheiro, mãe de Breno, 3 anos, teve receio em relação ao cardápio sem carne no começo. “Mas ele está muito saudável e é isso o que importa”, diz. 
Mais cultura, menos religião 
O vegetarianismo e a filosofia neo-humanista, obviamente, causam estranhamento nas comunidades. Por isso, desde a matrícula, as diretoras das unidades deixam claro que não professam dogmas religiosos. E embora a maioria dos pais e professores das creches seja evangélica, todos ficam à vontade ali. Ana Paula da Silva, mãe da aluna Samiry, 3 anos, é uma delas. A princípio, também estranhou a comida e a didática, mas hoje está segura ao observar a desenvoltura da filha. “A Samiry tem muito mas facilidade para aprender as coisas hoje”, comenta. “Isso é importante para nós, pois queremos que as famílias sintam que somos a segunda casa das crianças”, afirma Didi. E ela já está craque em aprender as regras da comunidade. Certa vez, equipamentos foram roubados do local e a coordenadora procurou o líder do tráfico da favela. Em pouco tempo, encontraram os culpados e os objetos foram devolvidos. “É preciso ir com cuidado, senão você assina seu certificado de morte”, diz. Mesmo a aproximação com as famílias é feita aos poucos, para criar confiança. “Só depois que abraçamos os pais é que podemos dar bronca.” 
O abraço é forte, porque as creches se tornam uma referência onde se instalam. Didi dribla a falta de oportunidades dos alunos fazendo saídas pedagógicas, mas para isso depende de doações e parcerias. No Dia das Crianças do ano passado, por exemplo, conseguiu uma doação de 2 mil brinquedos para as comunidades. Além disso, um dos aliados ofertou passeios e móveis para os refeitórios. Outro amigo da coordenadora fecha, uma vez por ano, uma sala de cinema para as crianças. O carro usado por eles também é doado. 

E para angariar o que falta ao orçamento, a ONG ainda promove cursos (ioga, shantala, etc.) e eventos beneficentes, como jantares vegetarianos. Toda a equipe, das faxineiras às gestoras, é convidada a participar. Para Didi, falta de dinheiro não é desculpa para uma educação sem qualidade. “Nosso maior esforço é fazer as crianças sonharem. Só assim elas vão se esforçar para sair da difícil realidade em que se encontram hoje”, acredita.

 Raoni Maddalena
Projeto Generosidade

Bebês percebem brigas entre os pais mesmo quando estão dormindo


Crianças de famílias briguentas tiveram uma resposta cerebral ainda mais intensa

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Quando um bebê dorme, temos a impressão de que ele está desconectado de tudo que acontece ao seu redor. A coisa não funciona bem assim. Um estudo realizado recentemente na Universidade de Oregon, nos Estados Unidos, mostrou que o cérebro dos bebês reage de maneira diferente quando há pessoas conversando em tom amigável e em tom agressivo perto deles, mesmo durante o sono. 

Os pesquisadores queriam entender se uma fonte comum de estresse na infância (brigas entre os pais) estaria associada à resposta do cérebro do bebê. Para verificar essa teoria, eles analisaram o cérebro de 20 bebês que tinham entre 6 e 12 meses. Enquanto as crianças dormiam, os pesquisadores reproduziram gravações de um adulto falando em diferentes tons de vozes, que equivaleriam a uma pessoa muito brava, brava, alegre e neutra. 

“Mesmo dormindo, os bebês tiveram diferentes respostas cerebrais dependendo do tom de voz que estava sendo reproduzido”, afirmou Alice Graham, uma das responsáveis pelo estudo. Outra descoberta foi que os bebês que vinham de famílias que brigavam com mais freqüência apresentaram uma reação mais intensa nas áreas do cérebro ligadas ao estresse ao ouvirem a voz mais brava. 

Para os pesquisadores, os resultados mostram que bebês não ficam alheios às discussões entre seu pais mesmo durante o sono e essa percepção pode influenciar a maneira como seu cérebro processa emoções e estresse.

Campanha de vacinação contra gripe começa dia 15 de abril


Novidade é inclusão de mulheres no puerpério entre os grupos de risco e melhor atenção às pessoas com doenças crônicas

Crescer

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A campanha de vacinação contra a gripe de 2013 acontecerá entre 15 e 26 de abril em todo o país. O objetivo da campanha é prevenir os casos mais graves e mortes decorrentes do vírus Influenza, uma das doenças mais comuns do mundo. A vacinação é realizada no início do outono, pois há um aumento significativo de casos no período do inverno. Este ano a vacina é composta por três variações do vírus Influenza, que mais circularam no hemisfério sul nos último ano (A-H1N1, A-H3N2 e B). 

A grande novidade este ano é a inclusão de mulheres no puerpério, ou seja, grávidas que deram à luz há menos de 45 dias. O objetivo é imunizá-las para que evitem a contaminação de seus filhos. Gestantes e crianças de 6 meses a 2 anos continuam incluídos nos grupos de risco, e deverão se dirigir a um posto de saúde para receber a vacina. 

As crianças que nunca tomaram a vacina para Influenza deverão receber duas doses – a segunda 30 dias após a primeira. As crianças que já foram vacinadas no ano passado precisam de apenas uma dose. 

Outra melhoria anunciada pelo Ministério da Saúde é a melhor atenção às pessoas com doenças crônicas. Os profissionais responsáveis pela campanha fizeram uma revisão dos grupos de risco e decidiram que todas as pessoas com doença respiratória crônica, doença cardíaca crônica, doença renal crônica, doença hepática crônica e doença neurológica crônica deverão ser vacinados, além daqueles que possuem algum tipo de imunossupressão, diabetes, obesos e quem recebeu transplante. Além de receber atendimento nos postos de saúde, esse grupo deve ser encaminhado para vacinação sempre que receber atendimento em qualquer unidade da rede pública. 

Essa vacina pode dar gripe? 
Não. O vírus Influenza presente na vacina da gripe é inativado. Se a pessoa ficar gripada alguns dias após ser vacinada, ela provavelmente já estava infectada antes de receber a dose. Outra possibilidade é que ela tenha sido infectada por outro tipo de vírus, que resulta em quadro clínico semelhante. 

Vacina na gravidez faz mal? 
A resposta é não! Tanto que, após o baixo número de gestantes vacinadas na campanha de 2012, o Ministério da Saúde afirmou que entrou em contato com as sociedades de ginecologia e obstetrícia do Brasil para conscientizar os profissionais de saúde da importância da vacina durante a gravidez. 

Qualquer um pode tomar essa vacina? Todas as pessoas podem tomar a vacina, exceto aquelas que têm alergia a ovo (o alimento é usado na fabricação da vacina).
Quanto custa?
Para as pessoas que estão dentro dos grupos de risco (gestantes, crianças de 6 meses a 2 anos, pessoas com doenças crônicas, indígenas, idosos e profissionais de saúde) sim, é de graça. Para as demais, é possível tomar a vacina na rede privada. Uma dose custa cerca de R$ 90. 

Como garantir a segurança na saída da escola


Após caso de mulher que se passou por mãe de aluno em Barra do Piraí (RJ), pais precisam ficar atentos

Marcela Bourroul

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Um caso que culminou na morte de uma criança de 6 anos chocou os moradores de Barra do Piraí, no Rio de Janeiro. Tudo começou quando a manicure Suzana do Carmo de Oliveira Figueiredo, 22 anos, ligou para o colégio onde João Felipe Eiras Santana Bichara estudava, e fingiu ser a mãe do menino. Ela pediu aos funcionários do Instituto de Educação Nossa Senhora Medianeira que liberassem o garoto mais cedo. 

Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, Suzana pegou um táxi e parou em frente à escola e, em seguida, pediu para o taxista buscar a criança. João foi levado até o Hotel São Luiz, no centro da cidade, onde foi asfixiado pela manicure com uma toalha molhada. Ela confessou o assassinato à polícia. 

O caso chegou ao conhecimento da delegacia de Barra do Piraí por volta das 19h de segunda-feira (25) e o corpo de João foi encontrado em uma mala menos de uma hora depois. Várias pessoas envolvidas no caso foram ouvidas ontem, como taxistas, policiais militares e funcionários do colégio. Em depoimento, a manicure apresentou várias versões para a motivação do crime. Suzana foi presa pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel, emboscada e por ocultação de cadáver. A polícia seguirá investigando o caso para esclarecer o que motivou o crime. 

Ao ler essa notícia, é muito provável que pais e mães se perguntem se um caso como esse também poderia acontecer na escola de seus filhos. CRESCER conversou com Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp), para saber quais medidas as escolas devem adotar para evitar autorizar a saída da criança com a pessoa errada. 

Segundo ele, toda escola deve ter uma regra rígida para liberar os alunos. “O que nós orientamos no sindicato é que exista uma pessoa fixa, que retire a criança com frequência, e que a escola peça que qualquer pessoa diferente tenha uma autorização especial para levar o aluno embora.” Afinal, pode acontecer de os pais ficarem presos no trabalho, no trânsito, no médico ou terem qualquer imprevisto que os impeça de chegar um dia ou outro. 

Outra dica de Benjamin é que os pais identifiquem na agenda do filho quem deve ir buscá-lo em casos excepcionais (a avó, a babá ou quem sempre dá uma força em dias mais complicados). O mesmo também deve ser feito com as pessoas que não devem retirar o aluno em hipótese alguma - especialmente em casos de pais separados, quando uma das partes não está autorizada a ver a criança. 

A escola também pode se certificar de que uma informação é verdadeira, como no caso do telefonema que a manicure fez. Caso um pai ligue avisando que um tio vai buscar a criança, não é zelo demais desligar o telefone e ligar de novo para o número que consta no cadastro do aluno como sendo dos responsáveis e confirmar a informação. Caso na escola do seu filho o sistema de segurança seja falho, você pode sugerir que os pais enviem fotos das pessoas que podem buscar as crianças. 

“Um dos grandes diferenciais da escola particular é segurança, e ela precisa se policiar a todo momento. Eu sinto muito por essa tragédia que, infelizmente, pode acontecer em qualquer lugar”, afirmou Benjamin. 
FONTE: CRESCER

Uma em cada 7 mulheres tem depressão pós-parto, aponta pesquisa


Descubra tudo sobre o problema e saiba quais passos são necessários para tratar a doença

Andressa Basilio


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“É uma coisa de louco mesmo. Eu o queria perto de mim, mas, ao mesmo tempo, pensava que ele não deveria ter nascido naquele momento. Culpava-o pelas brigas de casa quando ele chorava, o pensamento de jogá-lo na parede passava pela minha cabeça e eu me sentia muito culpada por isso. Uma vez eu estava dando banho nele e cheguei a pensar em afogá-lo. Foi aí que percebi que eu precisava de ajuda”. Assim como Débora Silva, 33 anos, muitas mulheres são pegas de surpresa por esse sentimento forte e horrível: a depressão pós-parto. 

Esta doença pode chegar repentinamente, sem mandar aviso ou sinais e, muitas vezes, independentemente de a mulher ter tido uma gestação desejada ou não. Um estudo feito com dez mil norte-americanas mostrou que uma em cada sete mulheres é diagnosticada com esse tipo de depressão. Entre as que enfrentam tratamento, 19,5% já pensaram em se ferir. O suicídio é a segunda causa mais comum de morte da mulher no pós-parto. Por todos esses números consideráveis, é importante que haja um diagnóstico precoce, o que não é uma tarefa nada fácil, já que as mulheres precisam enfrentar muitas barreiras para finalmente conseguir tratamento. 

A primeira delas é reconhecer e assumir que precisa de ajuda. A psicóloga Ana Merzel Kernkraut, do Hospital Albert Einstein (SP), explica que o preconceito da sociedade é um empecilho. “’Como assim, está triste? Acabou de ter bebê, deveria estar feliz!’, a nova mãe, já fragilizada, ouve isso e fica com medo de relatar seus sentimentos. Acaba demorando para procurar ajuda e o sentimento fica lá aumentando cada vez mais”, explica. Débora sentiu isso na pele: “As pessoas achavam que era frescura minha. Meu marido relutou muito quando eu disse que precisava de tratamento. Eu sabia que tinha que tomar remédio, mesmo com as pessoas dizendo que era besteira minha.”
Baby Blues X Depressão
Para 80% das novas mães, a primeira semana após o parto é marcada por uma instabilidade emocional, com sentimentos que variam da euforia a insegurança, o que muitas vezes se traduz em tristeza. Esse sentimento é chamado de baby blues e pode durar até 15 dias depois do parto. O obstetra Julio Elito Jr., da Unifesp, explica que essa sensação ocorre por pura biologia. “Durante a gravidez, a mulher está cheia de hormônios. Com o nascimento do bebê, há uma queda brusca nessas substâncias. Depois, quando vai para casa, ela está com um bebê novo, amamentando, com privação de sono. É normal a mulher enfrentar uma fase de adaptação”. O problema é quando essa fase demora a passar. 
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Além da duração mais longa que o normal, a depressão pós-parto é caracterizada também por exacerbação de sentimentos como ansiedade, preocupação e medo, perda de interesse e prazer em fazer qualquer coisa, energia reduzida, falta de concentração, autoestima, sono e apetite. Em casos mais graves a mulher chega a pensar em se machucar ou fazer mal ao bebê. 

Areli Cera também passou por isso depois do nascimento de seu filho. “Emagreci 13 kg em dez dias, chorava muito querendo minha vida de volta, minhas fragilidades ficaram expostas. Eu olhava muito para a janela, foi quando descobri a importância daquelas redes de segurança”, contou em depoimento por Facebook.
Vínculo prejudicado 
Dores físicas e emocionais não são as únicas consequências da doença. A mulher com depressão pós-parto pode também demorar a construir um vínculo com seu filho. “Nos primeiros meses de vida, a interação entre mãe e bebê é fundamental para manter a saúde psíquica e cognitiva da criança em ordem. A mulher com depressão fica muito voltada para ela mesma e tem menos condições de cuidar do bebê do jeito que ele precisa”, explica Ana Merzel. Outro extremo também acontece. Tão prejudicial para o bebê quanto a falta de cuidados e é o excesso. “Tem mulheres que não deixam nem o marido chegar perto da criança. Isso pode gerar problemas comportamentais no futuro”, diz a psicóloga.
Atenção aos sinais
É comum as mulheres só começarem a perceber os sintomas depressivos de dois a seis meses após o nascimento do bebê. Segundo Elito, isso geralmente acontece com a nova mãe que tem dificuldade de aceitar que precisa de ajuda ou fica com medo de assumir que talvez não esteja em plenas condições de cuidar do filho. Por isso, a família tem papel importantíssimo para ajudar no diagnóstico. “O pediatra ou obstetra também precisa ter uma atitude pró-ativa. Fazendo perguntas simples como ‘você está comendo bem?, dormindo bem?, como se sente em relação ao bebê?, ele já consegue identificar quando há algo errado”, acredita Elito. Cabe à mãe não ter medo de entender o que está passando em sua cabeça e dizer sempre a verdade aos especialistas. 

Para quem está pensando em engravidar e não quer enfrentar um problema como esse, saiba que a depressão pós-parto pode acontecer com qualquer mulher, mas existem alguns fatores de risco: histórico de depressão, prematuridade, reprodução assistida, estresse, frustração em relação ao parto e à chegada do bebê e a perda de um ente querido. O obstetra Paulo Nowak, da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo, explica que a própria gravidez pode favorecer o aparecimento da doença, já que é o momento de grandes mudanças na vida da mulher e do casal. “A melhor prevenção é um ambiente acolhedor. Quanto mais segura, amparada e esclarecida a mulher estiver em relação a essa nova realidade, menor é a chance de ela desenvolver a doença.” 
FONTE:REVISTA CRESCER