MÃE TERRA

"TUDO O QUE EXISTE E VIVE PRECISA SER CUIDADO PARA CONTINUAR A EXISTIR E A VIVER:UMA PLANTA,UM ANIMAL,UMA CRIANÇA,UM IDOSO,O PLANETA TERRA"

Leonardo Boff

segunda-feira, 30 de abril de 2012

RESUMO HISTÓRICO DA CAPOEIRA

 

As origens da Capoeira são obscuras. Durante o governo do presidente Deodoro da Fonseca, o então ministro da fazenda, Rui Barbosa, determinou que se queimasse toda documentação referente à escravidão no Brasil; como a capoeira, em suas raízes, foi estreitamente ligada à escravidão, o concernente ao seu histórico é baseado em tradições orais, e poucos documentos que escaparam à incineração de 1890. Partindo-se desses escassos documentos, sabe-se que por volta de 1538 foram trazidos para a Bahia os primeiros escravos africanos, a maior parte vinda de Angola, Benguela e Luanda, sendo que o mais antigo documento a respeito, que se tem notícia, é a carta de Duarte Coelho a Dom João III, de 1542, na qual aquele solicitava o envio de mais escravos.

Entre as várias correntes de opinião envolvendo as origens da capoeira, destaca-se a que argumenta ter sido ela criada e desenvolvida aqui no Brasil, talvez logo após as primeiras fugas dos engenhos. Nesse caso, cita-se como argumento a inexistência da capoeira na África, até pouco tempo.
A capoeira teria surgido de danças africanas, acrescentado a elas um caráter marcial (de ataque e defesa). Isso era necessário para que os escravos fugitivos nos quilombos, pudessem se defender e/ou atacar os "capitães-de-mato".

Com relação ao nome do jogo, tem-se conhecimento que escravos oriundos de quilombos (geralmente situados em florestas), preferiam lutar, quando necessário, em local onde condições ambientais pudessem lhes ser favoráveis; essa região escolhida costumava ser a "capoeira", denominação dada à terra recentemente queimada, quando começam a brotar as primeiras Poaceae (atual denominação das gramíneas), não havendo ainda arbustos ou árvores de grande porte. Nesses locais, os escravos se sentiam aptos para enfrentar seus perseguidores, que os achando agachados na relva precisavam se cuidar dos açoites e chibatadas dos então chamados "Lutadores de Capoeira", "Lutadores da Capoeira", ou simplesmente "Capoeiras", que passou a ser também o nome do jogo.

A história demonstra ter a capoeira sido usada como defesa à opressão social em diversas regiões do Brasil, principalmente no estados da Bahia e Rio de Janeiro, de onde nos chegam lendas de capoeiras famosos. Ajudou a vencer batalhas, com golpes como rasteira, pontapé, joelhada, rabo de arraia, cabeçada, aú, balão, boca de calça e meia lua. "A arma de mais valor para o capoeira é um nalfe", espécie de navalha (Coutinho, 28). "O berimbau é uma arma": a verga é um cassete, e a baqueta usada para furar (Coutinho, 29); poderia ser usado para sinalizar a presença de cavaleiros, ou mesmo para derrubá-los de suas montarias, muitas vezes tendo faca ou navalha em sua extremidade.
Em maio de 1809 era criada a Guarda Real de Polícia, dirigida pelo Major Miguel Nunes Vidigal, temido e implacável na perseguição aos capoeiras, que desta data em diante não teriam mais sossego.

A capoeira exerceu influência nos acontecimentos socioculturais e políticos do Brasil, a tal ponto que o Código Penal de 1890 deu um tratamento especial ao caso, prevendo prisão, trabalhos forçados, e até deportação para os seus praticantes.

Naquela época, não existindo organização didática mais concreta, os ensinamentos eram propalados de maneira bastante intuitiva e os segredos bem mantidos, respeitando-se o caráter profundamente tradicionalista dos velhos mestres, como os da Ladeira de Pedra do bairro da Liberdade, onde surgiria o primeiro centro de capoeira angola do estado da Bahia (O conjunto de capoeira de angola Conceição da Praia foi o embrião do Centro Nacional de Capoeira de Origem Angola, localizado na Ladeira de Pedra, onde ficava a famosa Gengibirra; mais tarde Centro Esportivo de Capoeira Angola, transferido para o "Pelourinho 19", e também conhecido como Academia do Pastinha, relacionado entre os desordeiros da Sé, segundo Coutinho, p. 123). Alguns capoeiras famosos da época são citados no apêndice 1, ao final deste capítulo. Os locais da Bahia onde a capoeira Angola teria sido praticada no início do século, seguem no apêndice 2.
Há muito se ouve sobre capoeiristas que não dispensavam seus chapéus de palha, lenço no pescoço ("O capoeirista nunca desprezou o seu cachecol de seda ao pescoço para sua defesa contra essa arma traiçoeira que se chama navalha..." Coutinho, 60), tamanco arrastando e brinco de argola na orelha. Via de regra, pessoas idôneas, embora mandingueiras. Mesmo diante dos maiores desafios, se mantinham em impecável atitude ética, o que lhes valia convites para serem guarda-costas de políticos famosos ("...Dr. Álvaro Costa - Apêndice 3 - protegia Escavino e Ducinha. Os dois irmãos tinham confiança nele..." Coutinho, 61) ou abre-alas de escolas de samba.
Posteriormente surgiriam angoleiros de grande expressão, como os Mestres Bola Sete, Caiçara, Canjiquinha, Cobrinha Verde, Curió, João Grande e João Pequeno (pró-mestres de Pastinha), Mário Bom Cabrito, Nô, Papo Amarelo, Paulo dos Anjos, Waldemar e os do Grupo Angola Pelourinho.

MESTRE BIMBA

Assim era até que em 1900 nascia Manoel Joaquim dos Reis Machado, apelidado Bimba (discípulo do africano Bentinho, e depois de Paquete), que aprendeu e ensinou a capoeira Angola durante quatorze anos. Depois de muitos estudos, certificando-se da existência de pontos falhos naquela modalidade, desenvolveu outra, a qual chamamos capoeira Regional, via de regra, mais objetiva e letal.
Mestre Bimba abriu, em 1932, a primeira academia de capoeira organizada, com alunos de grande projeção social e até autoridades do governo, contribuindo assim para a ascensão sociocultural do esporte.
A capoeira viria a ser sistematizada como forma de luta e instituída como desporto em 1973.
Em 1974, em Goiânia (GO), faleceu Manoel dos Reis Machado (Bimba). Em 1981 a nobre arte perderia Vicente Ferreira Pastinha, e em 2002, José Gabriel Goes, mestre Gato Preto e Dourado, de Santo Amaro da Purificação (BA).
A capoeira tem quinhentos anos, simboliza a liberdade e representa um folclore que se espalha pelo mundo. Começou como Angola, depois surgiu a Regional. Alguns praticantes estão citados no apêndice 4.

APÊNDICES


Apêndice 1: Capoeiras famosos do início do século: Age Pintor (Pau da Bandeira - Rua do Chile), Agostinho Ponta, Alfredo, Algemiro Grande Olho de Pombo (estivador na zona marítima, temido por muitos), Amaralina, Amorzinho Guarda, Antoninho da Barra (Açougueiro), Antônio Boca de Porco (estivador Julião), Antônio Coró (Carroceiro - Cais Dourado), Antônio Galindeu (mestre de lancha de Cachoeira de Paraguaçu), Augustinho Pantalona (mestre de C.A. Avarengueiro), Avarengueiro, Balbino Carroceiro (Cais Dourado), Barbosa (carregador de canto - largo Dois de Julho), Bardelha, Basílio (carregador da rampa do Modelo), Bedaço, Bemor do Correio Federal (marinheiro do Ministério da Guerra), Benedito Cão (Engenho Velho de Brotas), Bento Grande de Brotas (usava moletas como disfarce), Bilusca Pescador de Barra Fora (Preguiça), Boca do Rio, Bonome, Caboquinho Estivador (cais do Porto Julião), Cândido da Costa (Cândido Pequeno: argolinha de ouro - campeão baiano, e mestre de Noronha), Cara Queimada, Chico Me Dá Me Dá, Chico Três pedaços (vendedor de peixe, mercado Santa Bárbara, Baixa do Sapateiro), Cimento de Itapoã (pescador de Barra Fora - Itapoã), Daniel Coutinho Noronha (Noronha), Ducinha, Ecavino, Edigar Carrocinha (sapateiro - Maciel de Baixo), Espírito de Porco, Estevinho Pequeno, Estivador, Fausto Grande, Feliciano Bigode de Seda (carregador - Pilar), Galo do Bozó, Gasolina Pescador, Geraldo Chapeleiro (ladeira do Tabohã), Geraldo Pé de Abelha (engraxate - mercado Modelo), Governador (carregador do Cais), Henrique, Hilário Chapeleiro (pai de santo - Itapoã), Inocêncio Duas Mortes (cabo eleitoral - Boa Viagem), Júlio Cabeça de Leitoa, Juvenal Engraxate (mercado Modelo), Lamite Carregador (o grande Lamite, corruptela de Dinamite, respeitado até pela polícia - encabeçava uma das festas da escadaria do Cais do Ouro - Pilar - segundo Antônio Viana, cronista baiano dos usos e costumes, no início do século citado por Coutinho, p. 116), Livino Boca da Barra (Malvadeza), Lona Grande, Lúcio Pequeno (Trapicheiro - praia da Preguiça), Macaco, Marco Pequeno, Maré, Nouzinho da Caroagem, Onça Preta, Paquete do Cabula (mestre de Bimba, citado por Coutinho, p. 116), Pedro Mineiro (carregador - Praça da Sé), Pedro Porrêta (vendedor de peixe - mercado Santa Bárbara e Trapicheiro - Pilar), Pedro Trinta e um (carregador - Maciel de Baixo), Percílio (engraxate - mercado Modelo), Pesado, Piedade (carregador - Praça da Sé), Piroça (vendedor de peixe - mercado Santa Bárbara, Baixa do Sapateiro), Primo Estivador, Raimundo ABR. (pedreiro - Santa Casa de Misericórdia), Ranzino, Ricardo do Cais do Porto (Doca da Bahia), Samoel Grande da Calçada (carpinteiro), Samuel Pescador de Barra Fora (rampa do Modelo), Sargento do Izeito Odean, Sete Mortes, Simão Diabo, Suriano, Taviano (carregador do Cais), Tibirí Focinho de Porco (condutor de bonde de burro - Correio Nacional), Tibujú Boca de Arraia, Totonho de Maré (estivador - Cais do Porto), Vermelho, Verpó (estivador - cais do Porto Julião), Viarço Pequeno (Carvão de Pedra, Areia do Sete), Vicente Ferreira Pastinha (discípulo de Benedito, africano de Angola), Victor H.U. da Curva Grande (pescador de Barra Fora - Rio Vermelho), Ximba Cabo da Escradão e Zehi.

Apêndice 2 - Locais da Bahia de prática de Capoeira Angola: Ácido da Torre, Alagoínha, Bananeiras de São Félix do Paraguaçu, Barra do J. (Conceição Grande), Barra Paraguaçu, Belém de Cachoeira, Bom Despacho (Mar Grande), Cabrito da Cabeceira da Ponte de São João, Caju (zona do petróleo), Candeias, Caperuçú de Cachoeira, Cova de Defunto (Candeias), Cruz das Almas, Feira de Santana, Feira de Conceição, Gamboa do Morro, Gameleira (Mar Grande), Ilha de Itaparica, Ilha de Maré, Ilha de Passé, Itapoã, Jaburu (Mar Grande), Juazeiro, Lobato da Cabeceira da Ponte de São João, Manguinho Mar Grande, Maragogipe de Paraguassú, Mata de São João, Morro de São Paulo, Muritiba, Nazareth das Farinhas, Passagem Teixeira Candeias, Pijuça, Plataforma do Lobato, Porto Seguro, Salina da Margarida, Santo Amaro de Pitanga, Santo Amaro da Purificação, São Felipe, São Félix, São Roque do Paraguaçu, São Sebastião do Passé, Serrinha, Tanquinho de Feira, Trapiche de Baixo, Santo Amaro, Usina de açúcar Maracangalha e Valência.
Apêndice 3: Dr. José Álvaro Cova, natural da Cidade do Salvador (BA), bacharel pela Faculdade de Direito da Bahia. Conselheiro Municipal em 1896, Deputado Estadual e Federal. Em 1908 seguiu para o sul do Estado, como Delegado Regional, em uma época em que o horror dominava a zona do cacau, e, "com a sua ação enérgica e decisiva, restabeleceu a ordem nas comarcas que policiou". Durante a sua gestão na chefatura de polícia, foi criada a Guarda Civil, ampliado o Gabinete de Identificação, reorganizada a administração da Penitenciária, foram reformados os postos policiais e proposta a criação do Corpo de Agentes da Segurança Pública. Empossado a 29/03/1912 (informações obtidas no livro História da Polícia Civil da Bahia, publicação do Governo do Estado, Empresa Gráfica da Bahia, 1979 - citado por Coutinho, 61 e 79: Foi um dos maiores delegados de polícia da Bahia", no Terreiro de Jesus).
Apêndice 4: Acordeon, Adelmo Pereira Lima, Adilson, Albino, Alex, Alexandre José Ribeiro de Amorim, Alfinete, Amendoim, Angola, Angoleiro, Artur Emídio, Bailarino, Bartolomeu Vieira das Chagas (Barto), Bené, Bimba (*), Boca, Boneco, Brasília, Burguês, Camisa, Camisa Rocha, Carlos, Cesinha (*), Cláudio, Cléber, Daniel, Dentinho, Djalma Bandeira (*), Don Ivan, Eudes, Fábio Rudge Maia, Falcão, Farol, Federa, Fernandão, Gato, Gavião, George Washington Rocha Barreto (*), Gladson, Hélio, Índio, Jorge Miguel do Bomfim (My Friend), José Grande, José Moraes, José Pasquine, José Paulo dos Santos (Paulão), José Pedro, Kan Kan, Kaveirinha, Louro, Luiz Antônio Letayf, Macumba, Mão Branca, Maranhão (*), Marco Aurélio, Marião, Martinho, Milton Freire de Carvalho (Onça Tigre), Mintirinha, Nakre Garios, Nego Bento, Neguinho, Nestor, Onça Negra, Ormindo, Papagaio, Paulo Gomes (*), Paulo Sérgio, Peçonha, Pedro Kopchitz, Pedro Paulo Curi, Pesado, Pesão, Pinheiro, Pombo de Ouro, Raimundo César Alves de Almeida (Itapoan), Raliu, Reginaldo da Silveira Costa (Squisito), Reinaldo, Ricardo, Roberto (Barba), Sérgio, Sossêgo, Suassuna, Suíno, Tabosa, Teixeira, Tiaozinho, Tranco, Tranqueira (*), Travassos (*), Trinta e Dois (*), Trovão, Ventania, Vermelho (*), Vivaldo da Conceição (Boa Gente).
(*) Falecidos.

Bibliografia
Monografia desenvolvida por João Couto Teixeira no Curso de Especialização no Ensino da Capoeira na Escola, Universidade de Brasília, 1998.



Núcleo de Teatro Experimental do Negro
SP/SP - 1951 Diretor Solano Trindade
Retrato: J. Bamberg

Colesterol

Guia alimentar para a saúde do seu coração

Uma alimentação com menos gordura, colesterol e também calorias
é a primeira atitude para ter um coração saudável.

Orientações para uma dieta saudável:

• Coma menos alimentos gordurosos
• Reduza o consumo de gordura para aproximadamente 30% do total de calorias consumidas diariamente
• Substitua a gordura saturada pela insaturada, limitando a gordura saturada em 8 a 10% do total de calorias diárias
• Reduza a ingestão de colesterol para 200mg diários, no máximo
• Escolha alimentos ricos em fibras, preferencialmente os carboidratos complexos
• Evite o consumo de bebidas alcoólicas

Na hora de escolher alimentos menos gordurosos, faça as seguintes perguntas:

• A gordura é o principal ingrediente do produto? Observe o rótulo dos produtos. Evite aqueles com quantidades elevadas de gordura saturada e colesterol como ovos, banha animal ou vegetal, queijos, miúdos e manteiga.
• Existe mais de um ingrediente gorduroso no produto? Ao ler o rótulo, se você perceber que existe uma variedade de ingredientes muito gordurosos, o produto também será bastante gorduroso.
• O tamanho da porção é apropriado? Quando você for considerar o índice de gordura, certifique-se de que esse índice é relativo ao tamanho da porção que você irá consumir.

Comendo fora

Quando for comer fora, tenha o mesmo cuidado que você toma ao preparar suas próprias refeições.

Observe os ingredientes:


Saladas
Use molhos à base de óleo vegetal e vinagre.
Massas
Escolha molhos de tomate.
Evite carnes gordas, salsichas, molhos branco e à base de queijo
Pães
Use halvarina (margarina mais cremosa – verifique o rótulo) no lugar de manteiga
Pizza
Prefira as de vegetais ao invés das de muzzarela, calabreza ou catupiry
Aves
Aves somente cozidas ou grelhadas, e com a pele previamente retirada
Batata
Evite coberturas ou recheios de manteiga e requeijão
Carnes Magras
Peça para que a gordura aparente seja retirada antes do preparo
Vegetais
Consuma à vontade, crus ou cozidos
Hamburger
Evite molhos à base de queijo ou maionese – substitua-os por alface ou tomate
Sobremesas
Frutas frescas da época são ótimas opções
Peixes
Escolha filés cozidos ou ensopados
Leite e derivados
Use leite desnatado, queijo branco, magro ou cottage


Dieta de baixo teor de colesterol: A escolha de um coração saudável

Seu corpo necessita de nutrientes que só uma variedade de alimentos de diferentes grupos pode proporcionar. Após determinar a dieta com o seu médico, adapte o número e o tamanho das porções para alcançar e manter um peso saudável.


Escolha Cuidado Evite
Carne, aves, peixes e crustáceos até 6 porções de 30 g por dia Cortes de carne magra aparada, aves, peru sem pele, peixes Crustáceos Cortes de carne gorda, ganso, pato, fígado, rim, salsicha, lingüiça, bacon, lanches rápidos, “hot-dogs”
Laticínios
3 ou mais porções por dia
Leite desnatado com 1% de gordura, iogurte desnatado, queijo branco magro, ricota, “cottage” Leite tipo B e C, iogurte, queijos rotulados como light ou diet, “cream- cheese light” e coalhada “light” Leite integral, produtos que imitem iogurte batido integral, queijos amarelos e cremosos (tipo prato, provolone, requeijão etc.
Ovos Claras de ovos e substitutos livres de colesterol Gema de ovo (3 – 4 unidades por semana) Alimentos que contenham ovos na sua composição
Gorduras e óleos
(aproximadamente 2 colheres de sopa por dia)
Milho, oliva, canola, girassol, soja e halvarinas (veja o rótulo) Nozes, sementes, abacate, azeitonas, óleo de amendoim Gordura saturada, manteiga, gordura de bacon, côco, óleos de palma e chocolates
Pães, cereais, massas e leguminosas (6 ou mais porções por dia) A maioria dos pães, biscoitos de água e sal, cereais quentes e frios (farelo de aveia), qualquer cereal integral, lentilha, grão de bico, soja, ervilhas secas, feijões, espaguete, talharim e batatas cozidas simples Biscoitos recheados, doces confeitados e caseiros, bolos e produtos prontos Croissant, pães doces, roscas com frutas, cereais de granola feitos com óleos saturados (veja o rótulo), massas com ovos, macarrão e arroz na manteiga e molho branco, batatas na manteiga.
Frutas e vegetais
(6 ou mais porções por dia)
Frutas e vegetais frescos Frutas em calda Côco, vegetais preparados na manteiga, creme ou molho
Diversos (em quantidades bem limitadas) Picolés de frutas, iogurte gelado com baixo teor calórico (“frozen iogurte”), barras de cereais, geléia de baixa caloria, pipoca, suco de frutas Sorvetes cremosos, biscoitos recheados e caseiros, tortas preparadas com óleos não saturados Doces, chocolates, batatas fritas, tortas e bolos prontos, milk-shakes, balas, refrigerantes


Referências:

III Diretrizes Brasileiras Sobre Dislipidemias e Diretriz de Prevenção da Aterosclerose do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol 2001;77 (supl III):1-48

Aprovado projeto que concede isenção de tributos a produtos destinados a pessoas com deficiência

 

Agora é lei. O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (25/04) o PL 7/2012 que prevê a desoneração dos impostos PIS/Pasep e Cofins para os produtos, destinados a pessoas com deficiência, importados e vendidos no mercado brasileiro. O texto segue agora para a sanção presidencial.

Entre os produtos, que sofrerão alteração de impostos no seu preço final, estão impressoras em braile, mouse com acionamento por pressão, peças e acessórios para cadeiras de rodas, teclados adaptados e próteses. A lista completa possui 22 itens que visam facilitar o dia a dia de pessoas com deficiência.

"A nosso ver, a matéria é relevante por dar concretude aos termos da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, que determina que as nações deverão tomar medidas efetivas para facilitar às pessoas com deficiência o acesso a tecnologias assistivas, dispositivos e ajudas técnicas de qualidade, inclusive tornando-os disponíveis a custo acessível", afirmou o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e relator da pauta.

Departamento de Oftalmologia
da Associação Médica Brasileira
Busca
 

Curiosidades Departamento de Oftalmologia

 


Como deve ser a postura da pessoa na frente do computador?

O ideal é a tela do computador ficar na altura da linha dos olhos ou um pouco abaixo, nunca acima! A cadeira ideal é aquela que proporciona maior conforto, mas seu corpo não deve ficar encurvado para a frente, pois isso pode causar pressão na nuca e dor de cabeça após horas de permanência nessa posição.



Por que meus olhos ardem quando fico na frente do computador durante algumas horas?

Quando você está prestando muita atenção em alguma atividade, ocorre uma diminuição da frequência de piscar e isso acarreta ardor e desconforto visual. Por isso, nunca se esqueça de piscar mais quando estiver usando o computador, ou no cinema ou assistindo a um vídeo na TV.



Ler com pouca luz pode enfraquecer a visão?

Não, pode cansar ou dificultar a leitura, mas não enfraquece a visão.



Usar óculos vicia?

O uso dos óculos não vicia! Quando a criança enxerga pouco para longe ou força os olhos para ver de perto, o óculos possibilita que veja bem e estude sem desconforto ou dor de cabeça. Quem enxerga pouco o que está longe pode ter miopia; quem tem desconforto ao forçar os olhos para ver de perto provavelmente tem hipermetropia; o astigmatismo é a dificuldade para ver de perto e de longe.

Departamento de Oftalmologia
da Associação Médica Brasileira

Busca
 

Olimpíada de Saúde e Meio Ambiente recebe inscrições


Estão abertas as inscrições para a 6ª edição da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente, promovida pela Fiocruz, em parceria com a Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco). O prazo para as inscrições é 12/6.

Para participar, um professor responsável, de qualquer área de conhecimento, deve cadastrar um grupo de 10 alunos, com projeto voltado aos temas saúde e meio ambiente.

A Olimpíada é dividida em duas categorias, uma para o Ensino Fundamental e outra para alunos do Ensino Médio, em três modalidades: produção audiovisual, elaboração de textos e projetos de ciências.

Informações pelo e-mail olimpiada@fiocruz.br ou pelo telefone (21) 2560-8259 .

quarta-feira, 25 de abril de 2012

26 DE ABRIL-DIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A HIPERTENÇÃO ARTERIAL.

HIPERTENSÃO ARTERIAL | Sintomas e tratamento

A hipertensão arterial, conhecida popularmente como pressão alta, é uma das doenças mais prelevantes no mundo, acometendo cerca de um terço da população adulta. Nas últimas décadas o número de hipertensos tem aumentado progressivamente devido a fatores como maior expectativa de vida, maior incidência de obesidade, sedentarismo e maus hábitos alimentares.

Neste texto abordaremos as seguintes questões sobre a hipertensão arterial:
  • Sintomas da hipertensão arterial.
  • Diagnóstico da hipertensão arterial.
  • Valores normais da pressão arterial.
  • Doenças causadas pela hipertensão arterial.
  • Hipertensão maligna e urgência hipertensiva.
  • Remédios para pressão alta.
Este é o primeiro texto da nossa série sobre hipertensão arterial, composta também pelos seguintes temas:

- CAUSAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL (PRESSÃO ALTA)
- TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO | Captopril, Enalapril, Losartan
- TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO | Nifedipina, Adalat, Amlodipina...
- HIPERTENSÃO ARTERIAL DE DIFÍCIL CONTROLE
- EFEITOS DO SAL NA PRESSÃO ARTERIAL
- ECLÂMPSIA | PRÉ-ECLÂMPSIA | Sintomas e tratamento

Sintomas da hipertensão arterial

Um dos grandes problemas da hipertensão arterial é o fato desta ser assintomática até fases avançadas. Não existe um sintoma típico que possa servir de alarme para estimular a procura por um médico.

Achar que é possível estimar se a pressão arterial está alta ou normal baseado na presença ou na ausência de sintomas, como dor de cabeça, cansaço, dor no pescoço, dor nos olhos, sensação de peso nas pernas ou palpitações, é um erro muito comum. Um indivíduo que não costuma medir sua pressão arterial simplesmente porque não tem nenhum sintoma, pode muito bem ser hipertenso e não saber. Por outro lado, se o paciente é sabidamente hipertenso, mas também não mede a pressão arterial periodicamente, pode ter a falsa impressão de a ter controlada. Não existe nenhuma maneira de avaliar a pressão arterial sem que se faça a aferição da mesma através de aparelhos específicos, chamados popularmente de "aparelhos de pressão".

O fato de algumas pessoas terem dor de cabeça ou mal estar quando apresentam pressões arteriais muito elevadas não significa que estes sintomas sirvam de parâmetro. Estas mesmas pessoas podem ter picos de hipertensão assintomáticos e não se darem conta disso. É bom salientar que a dor aumenta a pressão arterial, sendo difícil saber nestes casos se a pressão subiu pela dor de cabeça ou a dor de cabeça surgiu pela pressão alta.

Com que frequência devemos medir a pressão arterial?

Todo indivíduo adulto deve pelo menos uma vez a cada um ou dois anos medir sua pressão arterial. Se o paciente for obeso, fumante, diabético ou se tiver história familiar de hipertensão arterial, a pressão deve ser medida com uma periodicidade maior, cerca de duas vezes por ano.

Já os pacientes sabidamente hipertensos devem medir a pressão arterial pelo menos uma vez por semana para saber se a hipertensão está bem controlada. Hoje em dia já existem aparelhos de medir a pressão arterial automatizados, que podem ser adquiridos pelos pacientes para aferição da pressão arterial em casa.

Diagnóstico da hipertensão arterial

Um erro comum no diagnóstico da hipertensão é achar que o paciente é hipertenso baseado apenas em uma aferição isolada da pressão arterial. Um paciente hipertenso pode ter momentos do dia em que a pressão esteja dentro ou próximo da faixa de normalidade, assim como uma pessoa sem hipertensão pode apresentar elevações pontuais de pressão arterial, devido a fatores como estresse e esforço físico. Portanto, não se faz diagnóstico, nem se descarta hipertensão, baseado em apenas uma única medida.

Vários fatores podem alterar a pressão arterial pontualmente, entre eles, estresse, esforço físico, uso de bebidas alcoólicas, cigarro, etc. A maioria das pessoas só procura medir sua pressão após eventos de estresse emocional ou dor de cabeça, situações que por si só podem aumentar os níveis tensionais.

Para se dar o diagnóstico de hipertensão arterial são necessárias de três a seis aferições elevadas, realizadas em dias diferentes, com um intervalo maior que um mês entre a primeira e a última aferição. Deste modo, minimiza-se os fatores confusionais externos. O paciente considerado hipertenso é aquele que apresenta a sua pressão arterial elevada frequentemente e durante vários períodos do dia.

O que é o M.A.P.A?

Hipertensão arterialQuando após algumas aferições da pressão ainda há dúvidas se o paciente é realmente hipertenso ou apresenta apenas pressão alta por ficar nervoso durante a medição da pressão arterial, o ideal é solicitar um exame chamado M.A.P.A (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial). Este exame é basicamente um aparelho de pressão que fica no braço do paciente durante 24h, aferindo e registrando seus valores da pressão arterial diversas vezes por dia, em situações diárias comuns, como dormir, comer, trabalhar, etc.

Após 24h de aferições, o aparelho é entregue ao médico que faz a interpretação dos registros. Pessoas com mais de 50% das aferições elevadas são consideradas hipertensas. Entre 20% e 40% das medições elevadas, são pessoas com grande risco de desenvolver hipertensão arterial, o que já indica mudanças nos hábitos de vida e de alimentação. Pessoas normais apresentam a pressão controlada por mais de 80% do dia.

O M.A.P.A pode ser usado para se fazer o diagnóstico de hipertensão arterial nos casos duvidosos mas também para se ter uma ideia da efetividade do anti-hipertensivos naqueles pacientes já sabidamente hipertensos e em tratamento. Se o paciente é hipertenso, está a tomar medicamentos e apresenta ao M.A.P.A pressões altas ao longo do dia, isto é um forte indício de que o atual tratamento proposto não está sendo eficaz.

Critérios para hipertensão arterial

A definição mais aceita hoje em dia sobre hipertensão é a seguinte:

Normotensos: pressões menores ou igual a 120/80 mmHg
Pré-hipertensos: Pressões entre 121/81 - 139/89 mmHg
Hipertensos grau I : Pressões entre 140/90 - 159/99 mmHg
Hipertensos grau II: Pressões maiores ou iguais a 160/100 mmHg

Hipertensão do jaleco branco (bata branca)

Dá-se o nome de hipertensão arterial do jaleco branco quando encontramos pacientes que só apresentam pressão alta durante as consultas médicas. São pessoas que ficam ansiosas na presença do médico e a pressão sobe pontualmente. Em casa, fora das consultas, apresentam a pressão arterial na faixa da normalidade. Às vezes é difícil diferenciá-las dos hipertensos verdadeiros. Em geral é preciso realizar o M.A.P.A para se ter certeza.

A hipertensão do jaleco branco não é hipertensão propriamente dita, mas acomete pessoas que apresentam maior tendência de desenvolvê-la, sendo um fator de risco para hipertensão real. Estes pacientes têm indicação para mudanças nos hábitos de vida visando impedir a progressão para a doença estabelecida.

Consequências da hipertensão

A hipertensão está associada a diversas doenças graves como:

- Insuficiência cardíaca (leia: INSUFICIÊNCIA CARDÍACA - CAUSAS E SINTOMAS)
- Infarto do miocárdio (leia: SINTOMAS DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO E ANGINA)
- Arritmias cardíacas (leia: PALPITAÇÕES, TAQUICARDIA E ARRITMIAS CARDÍACAS)
- Morte súbita
- Aneurismas (leia: O QUE É UM ANEURISMA ?)
- Perda da visão (retinopatia hipertensiva)
- Insuficiência renal crônica (leia: INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA - SINTOMAS)
- AVC isquêmico e hemorrágico (leia: ENTENDA O AVC - ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL)
- Demência por micro infartos cerebrais.
- Arteriosclerose

A hipertensão arterial raramente tem cura e o objetivo do tratamento é evitar que órgãos como coração, olhos, cérebro e rins, chamados de órgãos alvo, sofram lesões que causem as doenças descritas acima.

Como já mencionei, as lesões iniciais da hipertensão arterial são assintomáticas, porém, existem exames que podem detectá-las precocemente.

HIPERTENSÃO E RINS

Uma manifestação precoce de lesão renal pela pressão alta é a presença de proteínas na urina, chamada proteinúria (leia: PROTEINÚRIA, URINA ESPUMOSA E SÍNDROME NEFRÓTICA ). Essas proteínas podem ser detectadas facilmente através de um exame de urina simples chamado de E.A.S (leia: ENTENDA SEU EXAME DE URINA). Pequenas quantidades de proteínas são assintomáticas. Lesões renais avançadas levam a grandes proteinúrias, que se manifestam como uma grande formação de espuma na urina (tipo colarinho de chopp). Outro sinal de doença avançada é a elevação da creatinina sanguínea (leia: CREATININA E UREIA).

A pressão alta, se não tratada, pode a longo prazo levar à insuficiência renal terminal e necessidade de hemodiálise.

HIPERTENSÃO E OLHOS

A hipertensão arterial leva à lesão dos vasos que irrigam os olhos causando perda progressiva da visão. Um exame de fundo de olho pode revelar lesões precoces que ainda não causam sintomas. O exame de fundo de olho aquele exame simples em que o médico dilata a nossa pupila e depois observa o olho com uma lanterna especial
(leia: FUNDO DE OLHO | Oftalmoscopia).

Comparem as duas fotos abaixo de um exame de fundo de olho. A primeira é de um olho normal. O segundo é um olho com retinopatia hipertensiva avançada. As manchas vermelhas arredondadas são hemorragias e as manchas claras são pus. Reparem na deformidade dos vasos.

Fundo de olho normalFundo de olho - hipertensão arterial

HIPERTENSÃO E CORAÇÃO

O coração é talvez o órgão que mais sofra com a hipertensão. A pressão arterial elevada faz com o ele tenha que bombear o sangue com mais força para vencer essa resistência. O coração é um músculo e como tal se hipertrofia (aumenta a massa muscular) quando submetido a esforços cronicamente. Um coração com massa muscular aumentada apresenta um espaço menor na sua cavidade para receber sangue. Esta diminuição no espaço para o sangue dentro do coração causa a chamada disfunção diastólica.

A hipertrofia do ventrículo esquerdo e a disfunção diastólica são os sinais mais precoces de estresse cardíaco pela hipertensão. Podem ser detectados no eletrocardiograma, mas são mais facilmente vistos no ecocardiograma.

Como um elástico que durante muito tempo foi esticado e acaba por perder sua elasticidade, ficando frouxo, o coração depois de anos de estresse pela hipertensão deixa de hipertrofiar e começa a dilatar-se, perdendo a capacidade de bombear o sangue. A esta fase dá-se o nome de insuficiência cardíaca (leia: INSUFICIÊNCIA CARDÍACA - CAUSAS E SINTOMAS).

A hipertensão também aumenta o risco de doença coronariana, estando os pacientes hipertensos mal controlados sob maior risco de infarto do miocárdio (leia. INFARTO DO MIOCÁRDIO | Causas e prevenção).

HIPERTENSÃO E CÉREBRO

Um dos mais importantes fatores de risco para AVC (derrame cerebral) é hipertensão arterial (leia: AVC (acidente vascular cerebral)).

Muitas vezes os infartos cerebrais são pequenos e não causam grandes sequelas neurológicas. Conforme o tempo passa e hipertensão não é controlada, essas pequenas lesões vão se multiplicando, sendo responsáveis pela morte de milhares de neurônios. O paciente começa a apresentar um quadro de progressiva perda das capacidades intelectuais, que costuma passar despercebida pela família nas fases iniciais, mas que ao final de vários anos leva a um quadro chamado de demência multi-infarto ou demência vascular.

Na maioria das vezes, estas lesões de órgãos importantes causadas pela hipertensão arterial mal controlada podem ser revertidas se tratadas a tempo. Mas para isso é necessária a conscientização de que a hipertensão deve ser tratada antes dos sintomas das lesões destes órgãos aparecerem, e não depois.

Os principais fatores de risco para hipertensão arterial são:

- Raça negra
- Obesidade
- Elevado consumo de sal (leia: SAL E HIPERTENSÃO)
- Consumo de álcool (PERIGOS DO CONSUMO DE ÁLCOOL E DO ALCOOLISMO)
- Sedentarismo
- Colesterol alto
- Apneia obstrutiva do sono
- Tabagismo
- Diabetes Mellitus (Leia: DIABETES | Diagnóstico e sintomas)

Hipertensão maligna e urgência hipertensiva

A hipertensão maligna é uma emergência médica e ocorre quando há um aumento súbito dos níveis da pressão arterial, causando lesão aguda de órgãos nobres como rins, coração, cérebro e olhos. A hipertensão maligna normalmente se apresenta com valores de pressão sistólica acima de 220 mmHg ou diastólica acima de 120 mmHg

As manifestações mais comuns são insuficiência renal aguda, hemorragias da retina, edema da papila do olho, insuficiência cardíaca aguda e encefalopatia (alterações neurológicas pela pressão elevada).

Nem todo paciente com níveis elevados de pressão arterial apresenta hipertensão maligna. Para que isso ocorra é preciso, além da hipertensão grave, haver sintomas e lesões agudas de órgãos nobres. Quando os níveis tensionais estão muito elevados, normalmente acima de 180 x 120 mmHg, mas não há sintomas ou lesões agudas de órgãos, chamamos de urgência hipertensiva.

A hipertensão maligna é indicação de internação e redução rápida dos valores da pressão. Na urgência hipertensiva, não há necessidade de hospitalização e a pressão pode ser reduzida gradativamente ao longo de 24-48 horas.

Tratamento da hipertensão arterial

Uma vez feito o diagnóstico, todos os doentes devem se submeter a mudanças de estilo de vida antes de se iniciar terapia com medicamentos. As principais são:

- Redução de peso
- Iniciar exercícios físicos
- Abandonar cigarro (leia: MALEFÍCIOS DO FUMO)
- Reduzir o consumo de álcool (leia: MALEFÍCIOS DO ÁLCOOL)
- Reduzir consumo de sal
- Reduzir consumo de gordura saturada (leia: COLESTEROL BOM (HDL) E COLESTEROL RUIM (LDL))
- Aumentar consumo de frutas e vegetais

A redução da pressão com essas mudanças costuma ser pequena e dificilmente uma pessoa com níveis pressóricos muito altos (maior que 160/100 mmHg) atinge o controle sem a ajuda dos remédios. Todavia, nas hipertensões leves, há casos em que apenas com controle do peso, dieta apropriada e prática regular de exercícios consegue-se o controle da pressão arterial. O problema é que a maioria dos pacientes não aceita mudanças nos hábitos de vida e acabam tendo que tomar medicamentos para controlar a pressão.

Aqueles doentes que já chegam ao médico com pressão alta e sinais de lesão de algum órgão alvo devem iniciar tratamento medicamentoso logo, uma vez que o fato indica hipertensão de longa data. Obviamente, as mudanças de estilo de vida também estão indicadas neste grupo.

Apenas pacientes com sinais de lesão de órgão alvo, insuficiência renal crônica (leia: VOCÊ SABE O QUE É CREATININA ?), diabetes ou com doenças cardíacas, devem iniciar o tratamento com drogas imediatamente.

Remédios para hipertensão arterial (anti-hipertensivos)

Vou descrever os principais medicamentos usados para controlar a pressão alta. Não use esse texto para se automedicar (até porque não descrevei as doses), mas sim para poder discutir com seu médico a droga mais indicada no seu caso.


São inúmeras as drogas usadas no tratamento da hipertensão arterial, porém quatro classes são classificadas de drogas de primeira linha. É importante destacar que muitos pacientes precisam de mais de um medicamento para controlar sua pressão arterial. Algumas pessoas têm hipertensão de difícil controle e, às vezes, precisam de até seis drogas anti-hipertensivas. O tratamento dos casos de hipertensão arterial de difícil controle será discutido em um texto à parte: HIPERTENSÃO ARTERIAL DE DIFÍCIL CONTROLE.

1.) Diuréticos tiazídicos (leia: DIURÉTICOS - Furosemida, Hidroclorotiazida, Indapamida)

Ex: Hidroclorotiazida, Indapamida e Clortalidona

São drogas baratas e com bons resultados. Se não forem a primeira opção, devem ser na pior das hipóteses a segunda. Essa classe de diuréticos é uma ótima primeira opção como anti-hipertensivos para negros e idosos.

Doses muito elevadas podem atrapalhar o controle da glicemia em diabéticos. Diuréticos aumentam o ácido úrico e devem ser evitados em quem tem gota (leia: GOTA e ÁCIDO ÚRICO).

O Lasix (furosemida) é um diurético de outra classe e não está indicado como primeira linha no tratamento da hipertensão, exceto em doentes com insuficiência cardíaca ou insuficientes renais crônicos.

2.) Inibidores da ECA (IECA) e Antagonistas dos receptores da angiotensina 2 (ARA2) (leia: TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO - Captopril, Enalapril, Losartan...)

Ex: Captopril, enalapril, ramipril, lisinopril, losartan, candesartana, olmesartana

Também excelentes drogas para o controle da pressão arterial. São indicados principalmente em jovens, pessoas com doença cardiovascular e insuficiente renais crônicos , principalmente se já houver proteinúria.

Funcionam mal em negros. Podem elevar o potássio sanguíneo e causar alergias em alguns doentes.

3.) Inibidores do canal de cálcio (leia: TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO | Nifedipina, Adalat, Amlodipina...)

Ex: Nifedipina e Amlodipina

Melhor escolha para negros e muito bom para idosos.

É uma classe de hipertensores com forte ação, sendo um boa opção quando a pressão alta não cede com diuréticos ou IECA.

Algumas pessoas apresentam edemas (inchaços) nos membros inferiores como efeito colateral (leia: INCHAÇOS E EDEMAS ).

4.) Beta-Bloqueadores

Ex: Propranolol, Atenolol, Carvedilol, metoprolol, bisoprolol

São inferiores aos três anteriores, mas devem ser primeira escolha nos doentes com doença cardiovascular, arritmias cardíacas, enxaqueca (leia: DOR DE CABEÇA (CEFALEIA)), hipertireoidismo (leia: DOENÇAS E SINTOMAS DA TIREOIDE ) e pessoas ansiosas com tremores das mãos.

Não deve ser usado em asmáticos e pessoas com frequência cardíaca abaixo dos 60 batimentos por minuto.

Doentes com hiperplasia benigna da próstata devem usar uma outra classe chamada de Bloqueadores alfa como o Prazosin e o Doxazosin. São drogas de segunda linha que não devem ser prescritas em outros grupos.

Neste casos graves, de difícil controle, existem alternativas como hidralazina, metildopa, clonidina e minoxidil, medicamentos mais potentes, mas também com maior incidência de efeitos colaterais.

Fonte:Autor do artigo
Dr. Pedro Pinheiro - Médico formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2002. Diploma reconhecido pela Universidade do Porto, Portugal. Título de especialista em Medicina Interna pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em 2005. Título de Nefrologista pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) em 2007. Título de Nefrologista pelo Colégio Português de Nefrologia.

SP deve reunir 200 idosos em caminhada contra a pressão alta

Evento, com participação gratuita, também terá palestras de orientação e aferição da pressão arterialA Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, por meio do Centro de Referência do Idoso (CRI) da Zona Norte, promove nesta quinta-feira, 26 de abril, uma caminhada contra a pressão alta que deve reunir cerca de 200 idosos.
O evento, a partir das 8h na norte da cidade, é gratuito e voltado aos pessoas com 60 anos ou mais. Não é necessária inscrição prévia.

Além da caminhada, no local também haverá palestras sobre a doença e aferição da pressão arterial. Pessoas apresentarem sinais de hipertensão serão orientados por uma equipe de profissionais e encaminhadas para tratamento.

"O objetivo da ação é conscientizar as pessoas sobre os perigos da hipertensão para saúde e também desmistificar o conceito de que pressão alta é normal na terceira idade", diz Silvio Lopes Alabarse, educador físico do CRI.

Se não tratada a tempo, a hipertensão pode causar derrames cerebrais e doenças do coração, como infarto e insuficiência cardíaca.

O CRI Norte fica no bairro de Santana e possui duas entradas para pedestres, uma na Rua Voluntário da Pátria, 4.301,e outra na Rua Augusto Tolle, 978.

Fonte:Secretaria de saúde do Estado de São Paulo.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Saiba onde descartar vidros em sua cidade.

Serviço nacional de informação ao consumidor sobre onde descartar vidros.
São Paulo, Março 2012– A Central da Reciclagem, o maior banco de dados de pontos de descarte de resíduos sólidos conta com mais de 50 mil pontos de descarte identificados em mais da metade dos municípios brasileiros, além disso, podem-se encontrar informações de educação ambiental e pontos de descarte de cada um dos 37 tipos de resíduos recicláveis, entre estes materiais educação ambiental e pontos de descarte de vidros.
O cidadão ou a empresa que sabe da importância de descartar corretamente e reciclar o vidro acessa www.centraldareciclagem.org , clica em “VIDROS” e digita sua cidade para conhecer os pontos mais próximos de descarte do material.

O serviço é de utilidade pública, gratuito, organizado e divulgado pela Central da Reciclagem, porém esta iniciativa precisa contar também com o apoio das empresas, que precisam divulgar seus pontos de coleta de seus materiais pós consumo e principalmente dos Prefeitos e Secretários de Meio Ambiente para precisam mapear os pontos de descarte existentes nas cidades, organizá-los, informar e educar a população sobre o correto descarte dos materiais.
Hoje mais da metade dos municípios do Brasil ainda possuem lixões a céu aberto e de acordo com a PNRS, Política Nacional de Resíduos Sólidos os municípios tem até agosto de 2014 para eliminar os lixões e implantar aterros que receberão apenas o que não puder ser reciclado ou reutilizado, e até agosto de 2012, para elaborar seus planos de Gestão de Resíduos Sólidos e continuar a ter acesso aos recursos do Governo Federal; devem implantar programas de descarte correto ou coleta seletiva, além de campanhas de educação ambiental para que estes objetivos sejam atendidos.
A Lei impõe novas obrigações e formas de cooperação entre o poder público e o setor privado e define responsabilidades compartilhadas que abrange as prefeituras, fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e consumidores.

As informações são integradas a 321 Redes Sociais: Facebook, Twitter, Orkut e outras, onde milhares de seguidores se informam sobre as questões ambientais por meio das informações divulgadas pela rede ambiental Made in Forest.

O objetivo da Made in Forest é integrar os organismos envolvidos com o meio ambiente em contato com a população, seu público consumidor e entre si, conectando eco consumidores com eco fornecedores, para que juntos possam buscar negócios, consumo e descarte sustentável e ajudar a identificar e fortalecer a economia verde de onde vivemos, gerando assim empregos verdes, renda à população e valor aos municípios.

Sobre a Made in Forest
Fundada em 2009 pelos empresários Fábio Biolcati e Martin Mauro, a rede ambiental tem como proposta integrar organizações privadas e públicas, além dos cidadãos envolvidos com o tema, para que haja troca de informações, negócios e prestação de serviços entre mercados e consumidores em âmbito mundial. Economia Verde e Política Nacional de Resíduos Sólidos na prática.

Indústrias, municípios e toda sociedade, saibam como participar, entre em contato com:
E-mail: contato@centraldareciclagem.org
Telefone: 11 3446 3000
Facebook: Central da Reciclagem
Twitter: @madeinforest

Central da Reciclagem: www.centraldareciclagem.org
Rede Ambiental: www.madeinforest.com
Censo da Economia Verde: www.censodaeconomiaverde.org

Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão

26 de abril

Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão

O que é a Hipertensão Arterial?

Hipertensão arterial ou pressão alta ocorre quando a pressão sistólica (pressão arterial quando o coração se contrai bombeando o sangue) em repouso é superior a 140 mm Hg ou quando a pressão diastólica (quando o coração relaxa entre duas batidas) em repouso é superior 90 mm Hg ou ambos.
A hipertensão, embora pouco conhecida, atinge uma média de 20% a 25% da população brasileira, sendo que esta estatística sobe para 50% nas faixas etárias mais avançadas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) apontou-a como uma das 10 principais causas de morte no mundo. Além disso, a hipertensão é um fator agravante para as doenças cardiovasculares – a número um em causa de mortes no planeta.
Por ser um grave problema na idade adulta é que a prevenção deve começar desde a infância. Irritabilidade, ganho de peso e crescimento inadequados, cansaço excessivo durante as mamadas e os exercícios físicos são sintomas da Hipertensão Arterial. Porém, na maioria dos casos, a criança não apresenta indícios da doença.

Tipos de hipertensão

Existem dois tipos de hipertensão arterial (HA): hipertensão primária e secundária. A HA primária caracteriza-se por não apresentar uma causa conhecida, enquanto na HA secundária já é possível identificar uma causa para a hipertensão, como por exemplo problemas renais, problemas na artéria aorta, tumores (feocromocitoma) e algumas doenças endocrinológicas.

Diagnóstico

O ideal é medir a pressão pelo menos a cada seis meses, ou com intervalo máximo de um ano. Assim é possível se diagnosticar a doença tão logo ela surja. A pressão considerada normal está abaixo de 13 por 8,5. A faixa de risco está entre 13 por 8,5 e 13,9 por 8,9. Hipertenso é todo indivíduo que tenha pressão igual ou acima de 14 por 9.

Prevenção

Como medida de prevenção, deve-se controlar os fatores de risco, como o excesso de peso, sedentarismo, elevada ingestão de sal, baixa ingestão de potássio e consumo excessivo de álcool e, em alguns casos, intolerância à glicose e diabete, tabagismo, estresse e menopausa.
A doença tem tratamento, mas não cura, o que acaba onerando, em muito, os gastos pessoais do doente e o investimento do serviço público de saúde.
Doença silenciosa, ela ocorre porque os vasos nos quais o sangue circula se contraem e fazem com que a pressão do sangue se eleve. Essa elevação da pressão acaba causando danos à camada interna dos vasos, fazendo com que se tornem endurecidos e estreitados, podendo, com o passar dos anos, entupir ou romper-se. Isso pode levar a problemas sérios, como Angina e Infarto,"derrame cerebral" ou AVC, e a paralisação dos rins.
Fonte: hcnet.usp
Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão

LEI Nº 10.439, DE 30 DE ABRIL DE 2002.

Institui o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º É instituído o "Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial", a ser comemorado anualmente no dia 26 de abril, com o objetivo de conscientizar a população sobre o diagnóstico preventivo e o tratamento da doença.
Art. 2º Na semana que antecede ao dia fixado no art. 1º, o Ministério da Saúde é autorizado a desenvolver, em todo o território nacional, campanhas educativas de diagnóstico preventivo da hipertensão arterial e de doenças cardiovasculares em geral.
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 30 de abril de 2002; 181º da Independência e 114º da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Barjas Negri
D.O.U. de 2.5.2002
Fonte: www.planalto.gov.br

Mal de Parkinson

DOENÇA DE PARKINSON

A doença de Parkinson é uma afecção do sistema nervoso central que acomete principalmente o sistema motor. É uma das condições neurológicas mais freqüentes e sua causa permanece desconhecida. As estatísticas disponíveis revelam que a prevalência da doença de Parkinson na população é de 150 a 200 casos por 100 mil habitantes e a cada ano surgem 20 novos casos por 100 mil habitantes. Os sintomas motores mais comuns são: tremor, rigidez muscular e alterações posturais, lentidão de movimentos e alterações da marcha e do equilíbrio. Entretanto, manifestações não motoras também podem ocorrer, tais como comprometimento da memória, depressão, alterações do sono e distúrbios do sistema nervoso autônomo.

A doença de Parkinson é uma condição crônica.

A evolução dos sintomas é usualmente lenta, mas é variável em cada caso. A doença de Parkinson é a forma mais freqüente de parkinsonismo. O termo parkinsonismo se refere a um grupo de doenças que podem ter várias causas e que apresentam em comum os sintomas descritos acima em combinações variáveis, associados ou não a outras manifestações neurológicas.

Qual a diferença entre doença de Parkinson e parkinsonismo?

Doença de Parkinson e parkinsonismo não são sinônimos. Parkinsonismo é um termo genérico que designa uma série de doenças com causas diferentes e que têm em comum a presença de sintomas parkinsonianos (ou seja, aqueles sintomas encontrados na doença de Parkinson). A doença de Parkinson é uma das muitas formas de parkinsonismo e também a mais freqüente. Corresponde a cerca de 75% de todas as formas de parkinsonismo. Como não se conhece a causa da doença de Parkinson, ela é também chamada de parkinsonismo primário.
O mal de Parkinson é também chamado de parkinsonismo primário porque é uma doença para a qual nenhuma causa conhecida foi identificada. Por outro lado, se diz que um parkinsonismo é secundário naqueles casos em que uma causa pode ser identificada. Cerca de 75% de todas as formas de parkinsonismo correspondem à forma primária.
A doença se desenvolve quando neurônios de certa área do cérebro denominada substância negra morrem ou se tornam não funcionantes. Esses neurônios produzem uma substância chamada dopamina, que é um importante mensageiro químico, ou neurotransmissor. Costuma aparecer depois dos 60 anos, mas 10% dos pacientes têm menos de 50 anos e 5% têm menos de 40.
Na grande maioria dos casos, o mal de Parkinson não é hereditário, isto é, não é transmitido de uma geração a outra através de determinado gene. Entretanto, pessoas que tenham algum parente próximo afetado apresentam probabilidade um pouco maior de desenvolverem a doença. Não se sabe ao certo a razão para que isso ocorra, mas se admite que características genéticas possam aumentar a suscetibilidade à doença.

Qual é a causa da doença de Parkinson?

O motivo pelo qual neurônios da substância negra degeneram e morrem ainda não foi esclarecido. Os cientistas costumam considerar duas hipóteses principais: a hipótese ambiental e a hipótese genética e é provável que ambos os fatores sejam determinantes para o desenvolvimento da doença. As pesquisas para se conhecer os mecanismos celulares envolvidos no processo de neurodegeneração têm avançado bastante nos últimos anos.
Quais os tipos de tratamento atualmente disponíveis? As várias formas de tratamento são utilizadas visando a melhora dos sintomas. Na maior parte dos casos, o tratamento farmacológico (que utiliza medicamentos) associado ao tratamento não farmacológico (fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional) costuma ser suficiente para melhorar consideravelmente a qualidade de vida dos pacientes. Em algumas situações especiais o tratamento cirúrgico pode ser empregado.
Fonte: saude.planserv.ba.gov.br













Quase duzentos anos depois, a sociedade ainda sabe muito pouco sobre a doença de Parkinson. O que não é de causar espanto, pois até entre os parkinsonianos existem aqueles que não sabem que são portadores da doença.
Mal de Parkinson
A doença de Parkinson é uma enfermidade que foi descrita pela primeira vez em 1817, pelo médico inglês James Parkinson. É uma doença neurológica, que afeta os movimentos da pessoa. Causa tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, e alterações na fala e na escrita. Não é uma doença fatal, nem contagiosa, não afeta a memória ou a capacidade intelectual do parkinsoniano.
Também não há evidências de que seja hereditária. Apesar dos avanços científicos, ainda continua incurável, é progressiva (variável em cada paciente) e a sua causa ainda continuadesconhecida até hoje.
A Doença de Parkinson é devida à degeneração das células situadas numa região do cérebro chamada substância negra.
Essas células produzem uma substância chamada dopamina, que conduz as correntes nervosas (neurotransmissores) ao corpo. A falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos do paciente, provocando os sintomas acima indicados.

Quem é que contrai a doença?

A doença pode afetar qualquer pessoa, independentemente de sexo, raça, cor ou classe social. A doença de Parkinson tende a afetar pessoas mais idosas. A grande maioria das pessoas tem os primeiros sintomas geralmente a partir dos 50 anos de idade. Mas pode também acontecer nas idades mais jovens, embora os casos sejam mais raros.
Um por cento das pessoas com mais de 65 anos têm a doença de Parkinson.
Como é que se sabe se tem a Doença de Parkinson ? Existe algum exame para diagnosticá-la ?
O diagnóstico da doença de Parkinson é feito por exclusão. Às vezes os médicos recomendam exames como eletroencefalograma, tomografia computadorizada, ressonância magnética, análise do líquido espinhal, etc., para terem a certeza de que o paciente não possui nenhuma outra doença no cérebro. O diagnóstico da doença faz-se baseada na história clínica do doente e no exame neurológico. Não há nenhum teste específico para fazer o diagnóstico da doença de Parkinson, nem para a sua prevenção.
A história usual de quem é acometido pela doença de Parkinson consiste num aumento gradual dos tremores, maior lentidão de movimentos, caminhar arrastando os pés, postura inclinada para a frente.
O tremor típico afeta os dedos ou as mãos, mas pode também afetar o queixo, a cabeça ou os pés. Pode ocorrer num lado ou nos dois, e pode ser mais intenso num lado que no outro. O tremor ocorre quando nenhum movimento está sendo executado, e por isso é chamado de tremor de repouso. Por razões que ainda são desconhecidas, o tremor pode variar durante o dia. Torna-se mais intenso quando a pessoa fica nervosa, mas pode desaparecer quando está completamente descontraída. O tremor é mais notado quando a pessoa segura com as mãos um objeto leve como um jornal. Os tremores desaparecem durante o sono.
A lentidão de movimentos é, talvez, o maior problema para o parkinsoniano, embora esse sintoma não seja notado por outras pessoas. Uma das primeiras coisas que os membros da família notam é que o doente demora mais tempo para fazer as coisas que antes fazia com mais desenvoltura. Banhar-se, vestir-se, cozinhar, preencher cheques. Tudo isso leva cada vez mais tempo. Quando a pessoa fica mais idosa, é comum colocarem a culpa na sua velhice. "Claro que o avô é mais vagaroso, pois ele está ficando velho", costuma-se dizer. Mas a lentidão de movimentos torna-se mais acentuada, e evolui mais rapidamente do que a pessoa envelhece normalmente.
A diferença é que o parkinsoniano perde uma certa automação dos movimentos, comparado com as pessoas normais. Para uma pessoa normal abotoar a camisa é muito simples: abotoa-a, e pronto ! O parkinsoniano tem que guiar os dedos para o conseguir, como se fosse um robô a guiar uma máquina. "Quando eu uso a minha mão boa, ela faz tudo por si. Quando uso a outra mão, tenho que conscientemente controlá-la e dizer-lhe o que deve fazer". Esta perda automática ou não consciente controle dos movimentos, explica porque é que os parkinsonianos piscam muito menos que as pessoas normais e por isso parecem que sempre estão a nos olhar fixamente.
Quando se sentam, mantêm-se na mesma posição, enquanto outras mudam de posição: cruzam as pernas, coçam a face ou fazem outros pequenos movimentos. A rigidez muscular é outra característica da doença. O afetado pela doença pode ou não senti-la, mas o médico pode verificar no consultório se ela existe nos braços, nas pernas e até no pescoço. A face torna-se rígida e parece que está congelada. Não se sabe se é a rigidez que causa a postura anormal do parkinsoniano. Quando se sentam têm também a tendência de inclinar a cabeça e encolher os ombros.
O caminhar do parkinsoniano se parece com o de uma pessoa idosa. Os ombros estão encolhidos e inclinados para a frente, os braços caem paralelos ao corpo e quase não balançam. Os calcanhares arrastam-se no chão causando um caminhar bastante típico.
O médico neurologista é o profissional indicado para diagnosticar e tratar da doença de Parkinson.

Qual a rapidez que a doença progride?

A progressão é muito variável e desigual entre os pacientes. Para alguns até parece que a doença está estabilizada, porque a evolução é muito lenta. Na maior parte dos casos a lentidão causada pela enfermidade altera a qualidade de vida do paciente. É impossível predizer o futuro.. A doença de Parkinson não piora rapidamente. Em contraste com outras enfermidades, possui um curso vagaroso, regular e sem rápidas ou dramáticas mudanças.

Que tratamentos existem para a Doença de Parkinson ?

É importante lembrar e compreender que atualmente não existe cura para a doença. Porém, ela pode e deve ser tratada, não apenas combatendo os sintomas, como também retardando o seu progresso. A grande barreira para se curar a doença está na própria genética humana. No cérebro, ao contrário do restante do organismo, as células não se renovam. Por isso, nada há a fazer diante da morte das células produtoras da dopamina na substância negra. A grande arma da medicina para combater o Parkinson são os remédios e cirurgias, além da fisioterapia e a terapia ocupacional. Todas elas combatem apenas os sintomas. A fonoaudiologia também é muito importante para os que têm problemas com a fala e a voz.
a) Levodopa ou L-Dopa ainda é o medicamento mais importante para amenizar os sintomas da doença. A levodopa se transforma em dopamina no cérebro, e supre parcialmente a falta daquele neurotransmissor. Infelizmente, o uso prolongado de muitos anos pode causar reações secundárias bastante severas, como os movimentos involuntários anormais. Além da levodopa, existem diversos outros que complementam o arsenal de medicamentos para combater os sintomas da doença. (Veja tabela de medicamentos no final desta página)

B) Cirurgias

As cirurgias também podem ser bastante benéficas para determinados pacientes. As cirurgias consistem em lesões no núcleo pálido interno (Palidotomia) ou do tálamo ventro-lateral (Talamotomia), que estão envolvidos no mecanismo da rigidez e tremor. Porém, a lentidão de movimentos responde melhor aos medicamentos. Essas lesões podem diminuir a rigidez e abolir o tremor. Todavia, nenhuma delas representa a cura da doença. O médico dirá se um paciente pode ou não se beneficiar do tratamento.

Estimulação profunda do cérebro (marcapasso cerebral)

Atualmente já disponível no Brasil, o marcapasso é muito benéfico, especialmente para reduzir o tremor. No início foi aplicada apenas em alguns países europeus, e depois foi também aprovado nos Estados Unidos. Com a sua difusão em todos os países, espera-se que a sua produção em larga escala possa torná-lo acessível a um grande número de parkinsonianos em todo o mundo, principalmente em nosso país.

Fisioterapia

Esta técnica, através da reeducação e a manutenção da atividade física, é um complemento indispensável ao tratamento da doença de Parkinson, e é tão importante quanto os remédios. Ela permite que o tratamento tenha melhor eficácia; portanto, é necessária sob todos os pontos de vista, inclusive para melhorar o estado psicológico do paciente. De fato, os exercícios físicos conservam a atividade muscular e flexibilidade articular. Inativos, os músculos têm tendência a se atrofiar, se contrair e sua força diminui. A rigidez resultante limita a amplitude dos gestos. Aconselhe-se sempre com um fisioterapeuta sobre os principais exercícios recomendados para o seu caso em particular.

Terapia ocupacional

O terapeuta ocupacional é o profissional que melhor poderá orientar o paciente com o objetivo de facilitar as atividades da vida diária, bem como indicar condutas que propiciem independência para a higiene pessoal e sua reinserção em sua atividade profissional.

Fonoaudiologia

Os problemas com a fala ocorrem devido à falta de coordenação e redução do movimento dos músculos que controlam os órgãos responsáveis pela produção dos sons da fala. A reabilitação da comunicação ou, em simples palavras, uma terapia dirigida à fala e à voz, pode ajudar o paciente com Parkinson a conservar, apesar da doença, uma fala compreensível e bem modulada e, dessa maneira, manter um contato mais efetivo com seus semelhantes. Oriente-se sempre com um profissional em Fonoaudiologia para corrigir seus problemas com a fala e a voz.
Nunca inicie, não modifique e nem interrompa o tratamento sem orientação médica. As orientações prestadas nesta página são reproduzidos exclusivamente para fins informativos. dessa forma, não devem ser utilizadas como indicação de tratamento, mas, antes, para conversar com o médico do próprio paciente.
Principais medicamentos para a Doença de Parkinson
DROGA (PRINCÍPIO ATIVO)
NOME COMERCIAL®
MECANISMO DE AÇÃO
LEVODOPA OU L-DOPA
SINEMET/CRONOMET/´PROLOPA
PRECURSORA DA DOPAMINA
BROMOCRIPTINA
PARLODEL/BAGREN
AGONISTA DOPAMINÉRGICO
LISURIDE
DOPERGIN
AGONISTA DOPAMINÉRGICO
PRAMIPEXOL
MIRAPEX
AGONISTA DOPAMINÉRGICO
PRAMIPEXOL
SIFROL
AGONISTA DOPAMINÉRGICO
PERGOLIDA
CELANCE
AGONISTA DOPAMINÉRGICO
BIPERIDENO
AKINETON
ANTICOLINÉRGICO
TRIHEXIFENIDIL
ARTANE
ANTICOLINÉRGICO
AMANTADINA
MANTIDAN
DOPAMINA ENDÓGENA
SELEGILINA/L-DEPRENIL
NIAR -DEPRILAN -JUMEXIL - ELEPRIL
INIBIDOR DA MAO-B (*)
TOLCAPONE
TASMAR
INIBIDOR DA COMT(**)
ENTACAPONE
COMTAN
INIBIDOR DA COMT(**)
(*) MAO-B = monoamino-oxidase B - (**) COMT-catecol-O-metil-transferase
Fonte: www.parkinson.org.br

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Dia Mundial da Saúde: câncer de pele


cancer-pele-maior
Casos de tumor crescem em jovens adultos



Uma pesquisa publicada na revista Mayo Clinic Proceedings revelou que a taxa de incidência de câncer de pele em pessoas com menos de 40 anos está aumentando. A maior parte dos melanomas - forma mais grave da doença - foi registrada em mulheres que, normalmente, se expõem mais do que os homens ao sol. Em 2009, o número de mulheres com este tipo de lesão maligna foi oito vezes maior do que em 1970. Os casos em homens quadruplicaram.
Além disso, o bronzeamento artificial pode agravar a doença. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu o uso dos equipamentos no Brasil em 2009.
"São grandes emissores de radiação ultravioleta A e B, que, além do câncer, podem causar o envelhecimento precoce da pele e facilitar o desencadeamento de crises em pessoas que têm herpes e lúpus eritematoso", esclarece a diretora do Instituto de Dermatologia e Estética do Rio de Janeiro, Luna Azulay Abulafia, que também é médica do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Fonte: JB Online

Dia Mundial da Saúde: HPV


vacina-hpv-adolescentes
Adolescentes têm boa aceitação de vacinas nas escolas



Um levantamento do Hospital do Câncer de Barretos revelou que os adolescentes estão com boa aceitação em programas de vacinação contra o vírus do papiloma humano (HPV) em escolas.
“Houve uma aceitação muito alta dos pais mostrando que um programa de vacinação baseado em escola pode ser factível, pode ocorrer em nosso país”, disse o médico José Humberto Fregnani, um dos coordenadores da pesquisa.
A pesquisa mostrou que, em 11 escolas de Barretos com cerca de 1,5 mil adolescentes, a recusa de tomar o imunizante foi de apenas 8%, similar ao número em projetos da Austrália, onde a vacinação ocorre nas escolas e a taxa de aceitação é superior a 80%. Estima-se que quando a imunização é feita apenas nos postos de saúde, a adesão ao programa fique entre 20% e 30%.
No Brasil, a vacinação é permitida apenas para mulheres de 9 a 26 anos – e não é fornecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Fonte: JB Online

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Novo manual para rotulagem dos medicamentos do Ministério da Saúde


 
Imagem do novo modelo de embalagem dos medicamentos
A Anvisa anunciou, nesta quinta-feira (29/3), o novo Manual de Identidade Visual de Medicamentos para o Ministério da Saúde. A resolução RDC 21/2012, publicada no Diário Oficial da União, define que todos os medicamentos adquiridos pelo Ministério da Saúde para distribuição no SUS seguirão o novo padrão visual em suas embalagens. A medida foi anunciada em entrevista coletiva do diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano.
De acordo com Dirceu Barbano, entre as novidades da nova rotulagem, está a valorização do nome do princípio ativo do medicamento frente ao nome comercial, de forma a estimular os profissionais médicos a utilizar o nome técnico dos produtos. O destaque ao nome do principio ativo também visa facilitar a identificação dos medicamentos, prevenindo erros na entrega ou uso destes produtos. “A medida busca dar mais conforto ao cidadão, para que ele consiga ter uma identificação de que se trata de um medicamento distribuído pelo sistema público e identificar, com precisão, qual é o medicamento e a forma de uso”, explicou Barbano.
A nova padronização é mais moderna e atualiza a norma que estava em vigor desde 2002. Além da nova proposta da arte gráfica, inspirada na bandeira nacional, as novas embalagens, entregues por meio de programas do Ministério, estarão de acordo com as normas já existentes para os demais medicamentos disponíveis no mercado.
Barbano destacou, ainda, que a nova rotulagem abre caminho para que os estados e municípios também possam adotar o mesmo padrão nos medicamentos adquiridos por eles, criando uma identidade nacional para qualquer produto no SUS. Isso será possível porque as embalagens adotarão a marca do SUS como destaque, ao contrário da anterior que destacava o nome do Ministério da Saúde.
O novo manual reforça a proibição de venda do produto em todas as embalagens, blisters, ampolas, cartelas, frascos, entre outros. O objetivo é possibilitar a imediata identificação da origem dos medicamentos disponibilizados pelo Ministério da Saúde.
Todos os rótulos trarão informações essenciais para garantir o uso correto dos produtos, como via de administração do medicamento, forma de conservação e restrição de uso, entre outros.
Os produtores destes medicamentos terão 180 dias, a partir da publicação da norma, para alterar as embalagens dos produtos. A adequação das novas embalagens será verificada pela Anvisa durante o processo de renovação de registro e análise de pós-registro.
Fonte:ANVISA

domingo, 1 de abril de 2012

AntiinflamatórioNATURAL

Para aqueles que sofrem de CROK (crocante) nas juntas não custa nada tentar.



AntiinflamatórioNATURAL
GENGIBRE

Certo dia entrou no consultório do Dr. Al Sears um novo paciente dizendo que estava se sentindo cansado, rígido e dolorido.
Disse que estava tomando quatro Advils por dia.
Se essa história lhe parece familiar, provavelmente você também faz parte do time dos que sentem dor crônica. Esta é a principal causa de incapacidade nos E.U.A , e sabe-se que pode ser totalmente insuportável às vezes.
O Dr. Al Sears avisa: Tomar analgésicos pode ser perigoso devido aos efeitos colaterais, que em alguns casos, podem até ser mortais.
Drogas como Motrin, Advil, Aleve, e outros AINEs (medicamentos anti-inflamatórios)têm sido associadas a danos nos rins, anemia,palpitações cardíacas e hemorragia gastrointestinal
Isso é realmente algo assustador!
Mas o Dr. Al Sears indica um analgésico que não tem efeitos colaterais.
E o mais interessante é que provavelmente você já tenha esse analgésico no seu armário de cozinha!
Pasme, mas esse analgésico se chama GENGIBRE.
Isso mesmo! Gengibre.
Durante séculos o Gengibre tem sido usado em toda a Ásia para tratar dores nas articulações,
resfriados e até mesmo indigestão.

O Gengibre cru ou cozido pode ser um analgésico eficaz, mesmo para condições inflamatórias como a osteoartrite. Isso porque a inflamação é a causa raiz de todos os tipos de problemas como
artrite, dor nas costas, dores musculares, etc.
Ele contém 12 compostos diferentes que combate a inflamação.
Um desses compostos abaixa os receptores da dor e atua nas terminações nervosas. Juntos, eles trabalham quase o mesmo que as drogas anti-inflamatórias, tais como o ibuprofeno e a aspirina, mas sem os efeitos colaterais.
Assim, se a sua intenção é eliminar esses analgésicos, passe a consumir o Gengibre.
Segue algumas dicas para você ter uma boa dose diária de gengibre:
Ao fritar alguns alimentos junte o Gengibre e mexa bem: ele vai adicionar um sabor revigorante para qualquer prato de carne e vegetais.
Complemento:A maioria das farmácias ou lojas de produtos naturais vendem gengibre em pó, em comprimidos ou cápsulas.

Procure por um extrato com gingerols 5%.
Use uma compressa de gengibre sobre zonas doloridas:
Isso vai estimular a circulação sanguínea e aliviar dores nas articulações.
Beber chá de gengibre: É barato. É muito fácil. O gosto é ótimo. E cura
Aqui está uma receita usada pelo Dr. Al Sears:
* Quatro copos de água; * Um pedaço de aproximadamente 5 cm de Gengibre descascado e cortado em fatias; * Limão e mel a gosto. Se preferir, use laranja no lugar do limão. Fica ótimo!
Ferva a água numa panela com fogo alto.
Assim que começar a fervura adicione as fatias de Gengibre,
deixe em fogo baixo, cubra a panela
para que os vapores não saiam e deixe fervendo por aproximadamente 15 minutos.
O chá está pronto!
Basta coar, e adicionar o mel com o limão ou laranja.