MÃE TERRA

"TUDO O QUE EXISTE E VIVE PRECISA SER CUIDADO PARA CONTINUAR A EXISTIR E A VIVER:UMA PLANTA,UM ANIMAL,UMA CRIANÇA,UM IDOSO,O PLANETA TERRA"

Leonardo Boff

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Anvisa suspenderá venda da prótese holandesa Rofil

O comércio de próteses mamárias Rofill, fabricadas com silicone feito pela PIP (Poly Implant Prothèse), será proibido no Brasil.
Mais uma marca de prótese de silicone apresenta problema
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deve emitir um comunicado em breve. Com a decisão, fica cancelada a autorização de venda do produto pela Pharmedic Pharmaceuticals Importação.
Usuárias dos implantes holandeses já se queixaram do silicone, mas não há detalhes dos problemas.
A Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética também mencionou a Rofil e a PIP em um documento divulgado no início deste mês, em que recomendava a remoção ou troca imediata dos produtos por ambos apresentarem risco de rompimento.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica disse que recebeu denúncias de que a Rofil usava o mesmo material da PIP.
Segundo Sebastião Guerra, ex-presidente da entidade, estima-se que 15 mil pares de Rofil chegaram ao país.
No caso da PIP, foram cerca de 34 mil unidades importadas e 24,5 mil implantadas em cerca de 12.500 pessoas.
No fim de dezembro, a Anvisa cancelou o registro da PIP baseada em testes realizados por autoridades francesas.
AÇÃO COLETIVA
A agência pode ser envolvida em uma ação coletiva de pedido de indenização por causa das próteses de silicone francesas defeituosas vendidas no país.
A advogada Soraya Casseb de Miranda Barbosa, de São Paulo, diz que está buscando um grupo de pacientes com os implantes da PIP para elaborar a ação, envolvendo a Vigilância Sanitária brasileira e o governo francês.
Soraya é mulher do cirurgião André Luis de Miranda Barbosa, que tem consultório em São Paulo.
Ele afirma que colocou as próteses francesas em cerca de cem mulheres, antes do veto à venda desse silicone em 2010.
"Quem foi desonesta foi a Anvisa. Eles tinham que fiscalizar e não fiscalizaram. É como quando você compra um xarope, você acha que a Anvisa analisou a medicação."
A Vigilância Sanitária afirma que não cabe a ela fazer a análise laboratorial, só checar a documentação apresentada pela importadora.
A advogada já havia entrado com uma ação de uma paciente de Barbosa, que teve a prótese do seio esquerdo rompida no ano passado.
O alvo foi a EMI Importação e Distribuição, que vendia as próteses PIP no Brasil. Por força de liminar, a empresa pagou custos das cirurgias de remoção e de troca do implante. "A empresa fechou, não paga mais nada. Quem paga a remoção das próteses das outras mulheres?"
Por enquanto, elas estão arcando com os custos sozinhas. Um par de próteses vale, em média, R$ 1.500. Os hospitais cobram cerca de R$ 2.500, e o médico pode variar de R$ 1.000 a R$ 10 mil. Mas alguns cirurgiões não cobram honorários nesses casos.
Editoria de Arte/Folhapress

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