MÃE TERRA

"TUDO O QUE EXISTE E VIVE PRECISA SER CUIDADO PARA CONTINUAR A EXISTIR E A VIVER:UMA PLANTA,UM ANIMAL,UMA CRIANÇA,UM IDOSO,O PLANETA TERRA"

Leonardo Boff

sexta-feira, 24 de maio de 2013

QUER MANTER O AR MAIS PURO DENTRO DE CASA?

O ar que circula nos ambientes internos também pode ser prejudicial à saúde da sua família. Confira as dicas para manter um ambiente saudável


Grávida descansando no sofá de casa (Foto: Shutterstock)
Que tal renovar a qualidade do ar dentro da sua casa? Geralmente só nos preocupamos com a poluição das ruas, mas o ar que circula nos ambientes internos também pode ser prejudicial à saúde da sua família. Uma pesquisa americana, publicada no jornal científicoHortTechnology chamou a atenção para os níveis de ozônio em locais fechados.

De acordo com os cientistas, para evitar a concentração desse poluente, considerado um dos mais prejudiciais à qualidade do ar atmosférico, basta ter plantas dentro de casa (ou no escritório). Entre as espécies indicadas como as mais eficientes, estão espada-de-são-jorge (Sanseviera trifasciata), jibóia (Epipremnum aureum) e clorofito (Chlorophytum comosum).
E não é apenas para combater o ozônio que é importante ter plantas dentro de casa. Elas também podem transformar gás carbônico em oxigênio, regulrar a umidade do ar e ainda captar alguns poluentes por meio de suas folhas, raízes e microorganismos.
Algumas espécies também têm finalidades específicas; confira:
· Gérbera, begônia e crisântemo: indicadas contra fumaça de cigarro. Utilizar nas salas e quartos;
· Azaléia e antúrio: combatem poluentes como COVs e amoníacos. São indicadas para cozinhas e banheiros;
· Cactos: combatem ondas eletromagnéticas. A dica é colocá-los próximo ao micro-ondas e aos televisores
· Orquídea-borboleta: indicada para equilibrar a umidade;
· Flor-do-Natal e Lírio: para cômodos pouco ventilados.
Dicas para manter o ar de sua cada vez mais limpo
- Além das plantas, evitar produtos químicos em excesso pode fazer uma grande diferença para a saúde de toda a sua família;
- Produtos de limpeza, tintas e vernizes são considerados grandes poluentes das casas, pois são formulados com Compostos Orgânicos Voláteis (COVs). Essas substâncias são liberadas na atmosfera e podem causar incômodos como irritação nas vias respiratórias, fadiga e falta de ar;
- Para evitar o contato com os COVs, não compre produtos de limpeza formulados com cloro, formaldeído e solventes. Outro cuidado é evitar os clandestinos, sem embalagem própria ou rótulo que descreva os conteúdos químicos e indique o fabricante;
- Procure conhecer e testar os produtos de limpeza ecológicos que existem no mercado. Dê preferência àqueles que tenham selo de certificação;
- Outra alternativa é buscar alternativas caseiras e igualmente eficientes. O vinagre tira manchas de tecidos, neutraliza odores fortes, remove gordura e limpa azulejos, fogões e panelas. Já o bicarbonato de sódio serve para limpar pias, bidês e vasos sanitários, e também substitui o cloro na remoção de limo - para isso, basta deixar o bicarbonato agir por uma hora e, depois, retirar o limo com uma mistura de suco de limão e sal;
- Ao desinfetar ambientes, use água quente e sabão;
- Para retirar a poeira, opte por vassouras, aspirador de pó e panos. Com isso, você diminui o uso de produtos químicos fortes;
- Na hora da faxina, prefira trapos em vez de toalhas descartáveis;
- Quando pintar os cômodos da casa (e principalmente o quarto das crianças), escolha tintas à base de água e, durante o processo, mantenha o quarto bem arejado e com iluminação natural;
- Todos os ambientes merecem a mesma atenção, mas alguns espaços precisam de cuidados redobrados, como cozinhas com coifas ou exaustores, que acumulam sujeira nos filtros. Ranhuras ou “trincas” em pias e pisos também devem ser observadas, assim como o box do banheiro - nesse espaço, que é bastante úmido, podem surgir bactérias e fungos;
- No quarto do bebê, evite o uso de aromatizantes com fragrâncias de “cheiro de bebê”, pois esses produtos possuem alta concentração de COVs;
- Ao lavar as roupas do bebê, dê preferência para o sabão de coco, que é neutro e menos nocivo à pele e à natureza;
- Para o chão do quarto das crianças, escolha pisos de vinil e tapetes de borracha. Estes materiais, além de proteger seu filho de quedas, são de fácil manutenção;
- Limpe o duto do ar-condicionado a cada seis meses. Caso alguém da família sofra de alergia, essa limpeza pode ser feita a cada 3 meses.
Fontes: Michele Mattar, designer e arquiteta de interiores; Luiz Fernando Lucho do Valle, engenheiro e presidente da Ecoesfera Empreendimentos Sustentáveis; Neimar Dias, técnico em refrigeração; Maria Augusta, paisagista

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Consumir refrigerante aumenta o risco de diabetes




Por Elisa Feres 

refrigerante_crianca (Foto: shutterstock)

Dar uma latinha de refrigerante com um sanduíche para seu filho durante o lanche da tarde ou o jantar pode até parecer uma prática inocente, mas não é. Quanto mais os pesquisadores estudam, mais comprovam os altos riscos envolvidos com o consumo de bebidas industrializadas. É o caso de um novo relatório coordenado por cientistas da Imperial College London, universidade britânica, e publicado no jornal Diabetologia. Depois de analisar dados de oito países europeus, eles provaram, mais uma vez, que a ingestão de refrigerantes está ligada, entre outros problemas, ao desenvolvimento de diabetes tipo 2.
Para elaborar o estudo, os profissionais utilizaram dados de uma ampla análise chamada EPIC (European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition), em que mais de 340 mil participantes (incluindo pessoas do Reino Unido, da Alemanha, Dinamarca, Itália, Espanha, Suécia, França e Países Baixos) relataram seus hábitos alimentares e seus problemas de saúde. Ao comparar as informações, chegaram ao seguinte resultado: 336 ml diários de refrigerante, o equivalente a uma lata por dia, são suficientes para aumentar em 22% o risco de desenvolver a doença.
O motivo, segundo eles, é a grande quantidade de açúcar presente nessas bebidas. Quando ingeridas, elas causam picos rápidos de glicose em nosso corpo em que a insulina não consegue ter ação 100% eficiente, gerando a chamada resistência insulínica – que, com o passar do tempo, pode evoluir para a diabetes tipo 2.
“Com o aumento no consumo de refrigerantes na Europa, devemos cada vez mais oferecer mensagens claras sobre os efeitos prejudiciais à saúde que elas têm à população”, disse, em nota, Dora Romaguera, uma das autoras do texto.
O problema, porém, não fica restrito à Europa. De acordo com o Ministério da Saúde, os casos de doenças crônicas não transmissíveis têm crescido a cada ano também por aqui. Entre 1999 e 2001, por exemplo, 9,3% dos custos hospitalares nacionais foram atribuídos a diabetes. Por isso, é imprescindível que você cuide bem da sua alimentação e também da do seu filho. Mesmo com a grande variedade de bebidas industrializadas presentes no mercado, o ideal é priorizar as opções naturais.
Outros perigos
Além dos refrigerantes, existem outras bebidas que devem ser ingeridas com cautela por essas mesmas razões. De acordo com a nutricionista Natália Dourado, coordenadora da Gluten Free São Paulo e da Expo Brasil de Alimentos Funcionais, qualquer tipo de bebida industrializada adoçada artificialmente, como os sucos de caixinha, apresenta riscos à nossa saúde.
"E não podemos esquecer as bebidas dietéticas. Isso porque as pessoas se sentem mais ‘livres’ para se alimentar de acordo com as suas vontades somente pelo fato de terem reduzido calorias em um ou mais copo de refrigerante. A indústria deste tipo de alimento/bebida fatura milhões enquanto a população continua se tornando obesa, hipertensa e diabética”, afirmou.
“A água deve ser sempre a primeira opção. Outra excelente alternativa é a água de coco natural, que oferece diversos minerais e vitaminas, sendo um importante repositor eletrolítico. Além, é claro, dos sucos naturais preparados em casa, que são livres de corantes e conservantes e possuem a dose certa de açúcar natural da fruta”, disse a nutricionista.

Campanha de vacinação contra gripe termina nesta sexta-feira (10) Grávidas, mulheres no puerpério (que deram à luz há menos de 45 dias) e crianças de 6 meses a 2 anos estão entre os grupos de r


campanha de vacinação contra gripe termina nesta sexta-feira (10). Este ano, pertencem ao grupo prioritário as gestantes, mulheres no puerpério (período até 45 dias após o parto), crianças de 6 meses a menores de 2 anos, pessoas com 60 anos ou mais, indígenas, profissionais de saúde e doentes crônicos. Essas pessoas devem receber sua dose da vacina gratuitamente.
A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), é respaldada por estudos epidemiológicos e na observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. As crianças que nunca tomaram a vacina para Influenza deverão receber duas doses – a segunda 30 dias após a primeira. As crianças que já foram vacinadas no ano passado precisam de apenas uma dose.
Até o meio-dia desta terça-feira (7), mais de 26,3 milhões de integrantes do grupo prioritário haviam sido vacinados, o que representa 84% da meta do Ministério da Saúde.
Além da vacina, outras medidas simples de higiene pessoal são fundamentais para evitar a contaminação por gripe. Entre elas estão higienizar as mãos com água e sabão, usar lenço descartável, proteger com lenços a boca e nariz ao tossir ou espirrar; evitar sair de casa enquanto estiver em período de transmissão da doença (até cinco dias após o início dos sintomas); evitar aglomerações e ambientes fechados. De acordo com o Minsitério da Saúde, também é importante que o ambiente doméstico seja arejado e receba a luz solar. Abaixo, tiramos as principais dúvidas de quem pretende tomar a vacina:
Essa vacina pode dar gripe? 
Não. O vírus influenza presente na vacina da gripe é inativado. Se a pessoa ficar gripada alguns dias após ser vacinada, ela provavelmente já estava infectada antes de receber a dose. Outra possibilidade é que ela tenha sido infectada por outro tipo de vírus, que resulta em quadro clínico semelhante.
Vacina na gravidez faz mal? 
A resposta é não! Tanto que, após o baixo número de gestantes vacinadas na campanha de 2012, o Ministério da Saúde afirmou que entrou em contato com as sociedades de ginecologia e obstetrícia do Brasil para conscientizar os profissionais de saúde da importância da vacina durante a gravidez.
Qualquer um pode tomar essa vacina? 
Todas as pessoas podem tomar a vacina, exceto aquelas que têm alergia a ovo (o alimento é usado na fabricação da vacina).
Quanto custa?
Para as pessoas que estão dentro dos grupos de risco, sim, é de graça. Para as demais, é possível tomar a vacina na rede privada. Uma dose custa cerca de R$ 90.
Por Crescer

Antibióticos: por que é fundamental o uso moderado desse tipo de medicamento no seu filho Erros e excessos na utilização desses remédios tornam as bactérias cada vez mais resistentes, dificultando o combate às infecções mais comuns


Na certa você já ouviu falar nesse problema. Longe de ser coisa de ficção científica, o surgimento de bactérias que sobrevivem aos medicamentos criados justamente para combatê-las é real e preocupa autoridades de saúde em todo o mundo.
Recentemente, a diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS) Margaret Chan chegou a dizer que estamos prestes a perder essas curas milagrosas – os antibióticos – e que, num futuro não muito distante, eles deixarão de produzir efeito contra infecções muito comuns em crianças pequenas, como otites e amigdalites.
A projeção sombria parte da constatação de que, hoje em dia, os remédios mais usados para combater doenças como a tuberculose já têm sua eficácia comprometida. A história lembra a penicilina, durante muito tempo uma grande arma contra infecções. As bactérias aprenderam a resistir a esse princípio ativo e outros antibacterianos tiveram de ser criados. O uso abusivo está entre as principais causas da resistência.
Em 2010, os Estados Unidos registraram 258 milhões de prescrições de antibióticos orais. Em alguns estados, a relação chegou a 936 prescrições para cada grupo de 1000 pessoas. Os especialistas estimam que metade delas pode ter sido desnecessária. Para complicar, os altos custos e a demora das pesquisas desestimulam a indústria farmacêutica, que tem investido cada vez menos na descoberta de novos antibacterianos. É por causa deste cenário crítico que no Brasil, há dois anos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda de medicamentos com antibióticos sem receita médica.
 Como todas as bactérias vão aprender a se defender dos agressores, o melhor é adotar medidas preventivas com a família toda que afastem esses micro-organismos. “A higiene é fundamental, com banhos diários, casa, brinquedos e mãos sempre bem limpos. A alimentação adequada, conforme orientação do pediatra, garante nutrientes que permitem o pleno desenvolvimento da criança e de seu sistema imunológico”, acrescenta a infectologista Silvana de Barros Ricardo, integrante do comitê científico de bacteriologia clínica da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

Vacinas
As doenças respiratórias, como gripe e pneumonia, são os principais motivos de internação infantil e até de mortalidade. Embora causadas principalmente por vírus, podem ser agravadas pelas bactérias que se aproveitam da lesão viral e das secreções para se instalar. Surgem então a otite e a pneumonia, que devem ser tratadas com antibióticos porque não se curam espontaneamente. Para evitar que a situação chegue a este ponto, a vacinação deve estar em dia. Imunizada contra a gripe, a criança terá menor propensão às doenças oportunistas e a suas complicações, ficando menos reféns dos antibióticos. Há também vacina contra pneumococos, bactérias causadoras da pneumonia, da meningite e de outras infecções.

Homeopatia
O tratamento homeopático é outra opção para a redução desses medicamentos. “Além de evitar diversas doenças, inclusive infecciosas, a homeopatia é capaz de tratar quadros agudos com medicação específica, individualizada, isenta de efeitos colaterais”, afirma o diretor da Associação Médica Homeopática Brasileira e pesquisador da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Sergio Eiji Furuta. Segundo o pediatra-homeopata, uma pesquisa de sua autoria, realizada na Unifesp, demonstrou a eficácia do tratamento homeopático em crianças com amigdalites recorrentes.

Precauções
Quando o único jeito é o médico apelar para o antibiótico, é preciso seguir às risca todas as recomendações quanto às doses, horários e duração do tratamento. No caso de uma pneumonia, por exemplo, é necessário tomá-lo durante dez dias para matar todas as bactérias. “É claro que a criança vai apresentar melhora lá pelo quinto dia; no sexto, vai parecer ótima. Só que além da melhora clínica, é fundamental a erradicação do foco bacteriológico”, destaca Silvana Ricardo.

Como reforçam os especialistas, embora você não saiba, estará contribuindo para o aumento da resistência bacteriana quando não seguir tais orientações. Isso porque a chamada subdose mata apenas as bactérias mais fracas. As mais fortes, e mais perigosas, sobrevivem, se reproduzem e ganham tempo para se adaptar e se multiplicar ainda mais.

Outro motivo para obedecer às recomendações médicas quanto ao uso correto dos antibióticos – eliminando, assim, os focos da infecção de maneira definitiva -- é reduzir a exposição do seu filho aos efeitos colaterais dessa classe de remédios. Afinal, o medicamento não é seletivo a ponto de atacar somente as bactérias causadoras de doenças. “Da mesma maneira que combatem os agentes infecciosos, os antibióticos também atacam outros que são benéficos ao organismo, como aqueles responsáveis pelo equilíbrio da flora intestinal, da saúde da pele e da garganta. Por isso, podem abrir caminho para outras doenças”, afirma Renato Kfouri, pediatra, neonatologista e presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações.
Por Cida de Oliveira 

Terror noturno: entenda o que é Apesar do nome assustador, não é nada tão terrível assim que acontece com o seu filho




Criança na cama com medo de pesadelo (Foto: Shutterstock)
Émuito comum que no período pré-escolar, entre 3 e 5 anos, algumas crianças tenham um distúrbio do despertar chamado terror noturno. Apesar do nome pavoroso, trata-se de um episódio benigno, que não afeta o aprendizado ou traz consequência alguma. Acontece no meio do ciclo do sono, e dura pouco mais que 15 segundos. Nos bebês pode gerar uma crise de choro incontrolável e, nos maiorzinhos, sonambulismo.
A criança pode ser assaltada por um pavor durante o sono, sem consciência do que é real ou fantasia. Ela grita, transpira e o coração bate forte. Seu olhar é vago e ela não reconhece os pais, porque não acorda realmente. Não há muito o que fazer, a não ser ficar ao lado dela e acarinhá-la até que a situação passe. “Esporadicamente não traz problema. Os pais devem acalmar os filhos e colocá-los para dormir novamente. Mas se acontecer mais de um susto por noite, deve-se procurar tratamento, que é feito à base de medicamentos”, explica Márcia Pradella-Hallinan, neuropediatra.
O importante é não gritar com eles durante a crise ou acordá-los rapidamente. Caso contrário, o que deveria durar segundos, pode demorar um pouco mais.
Por Malu Echeverria