Neste mês tão especial para o meio ambiente, poderíamos abordar inúmeros assuntos de extrema relevância, mas resolvi falar de um que sempre gera muita polêmica, a sacola plástica. O governo do estado de São Paulo sancionou uma lei proibindo a distribuição gratuita de sacolas plásticas em todos os estabelecimentos comerciais da capital. A penalidade para quem descumprir a lei, que passa a vigorar em 1 de janeiro de 2012,varia de $50,00 á 50 milhões, e sua fiscalização será feita pela secretaria municipal do verde e meio ambiente.
Uma enquete realizada pelo caderno meio ambiente buscou saber qual a opinião dos moradores de Vargem Grande Paulista sobre a nova lei que proíbe a distribuição das sacolas plásticas pelo comércio. Leia algumas destas opiniões.
A senhora Maristela dona de casa, moradora do JD Europa, não sabia da nova lei, mas acha boa a ideia e pensa em utilizar as caixas de papelão que já encontra em alguns supermercados da região para substituir as sacolas plásticas, só não sabe se vai ter caixa suficiente se todos tiverem a mesma ideia. Já a senhora Fatima Aparecida dona de casa e moradora do bairro Portão vermelho, falou que não sabia que existia essa lei, e que vai continuar usando as sacolas para jogar o lixo de sua casa. ” Não tenho tempo para estas besteiras.” Ouvimos também alguns moradores do bairro São Judas como a senhora Maria d a Conceição, aposentada, que diz ser a favor da nova lei, mas não sabe como vai substituir as sacolas de plástico. “Acho a lei boa para a natureza, mas a onde eu vou colocar o lixo do meu banheiro e da cozinha?” O Sergio Henrique é estudante e gostou da proibição, mas acredita que falta estrutura para a “coisa funcionar”. “A pessoa tem o habito de jogar o lixo nas sacolas de plásticos desde pequenas, pegam até mais sacolas quando vão ao mercado para levar para casa. Vai precisar fazer muita propaganda.”
Uma opinião me chamou atenção, foi a da senhora Mara de Souza, moradora de São Paulo e que algumas vezes vêm passar o fim de semana na casa da filha. Ela me disse que mora em um bairro nobre da capital e que lá existe coleta seletiva do lixo, o que ela acha excelente. Com relação ao lixo orgânico ela primeiro ira começar a prestar mais atenção no que esta sendo jogado fora, porque muitas vezes jogamos o que não nos serve mais, mas poderia ser aproveitado para dar para seu cão ao invés de gastar uma fortuna com ração. O que sobrasse ela vai arrumar uma forma mais sustentável de substituir as sacolas. Para minha surpresa ela me perguntou a onde eu acho que um morador de um bairro mais humilde cujo os serviços publico são precário, as pessoas muitas vezes não sabem o que é lixo reciclável, meio ambiente, sustentabilidade, vão jogar o seu lixo se não tiverem as sacolas plásticas.
“Eu respondi o seguinte:” Mais uma lei esta sendo criada, com suas normas, restrições, e principalmente com suas polpudas multas. A intenção é boa, mas não precisa enxergar muito para ver que grande parte deste lixo vai parar nas ruas, criando vários problemas para esta mesma população. Na minha opinião deveria haver investimento na educação da população desde os primeiros anos da escola, ensinando as crianças a adquirirem consciência e responsabilidade ambiental. O governo também deveria adotar uma politica que incentivasse o comércio e a indústria a produzir com mais qualidade e praticarem melhores preços, e claro investir em toda a reestruturação do setor de coleta de lixo, adotando normas e conceitos sustentáveis, e assim possibilitando acesso de toda a população a reciclagem”. O fato é que não se consegue definir se a sacola plástica é a grande vilã do meio ambiente, ou apenas esta sendo usada de maneira errada. “Se o uso das sacolas plásticas já faz parte da cultura popular, porque a educação, o respeito, e a consciência pela preservação do meio ambiente também não podem fazer parte desta cultura.”
VEJA O QUE DIZ A NOVA LEI.
- Lojas especializadas na venda de embalagens, poderão comercializar o produto a granel, mas não poderão oferecer gratuitamente.
-O comercio em geral ficam proibidos não só de vender como de distribuir gratuitamente para acondicionamento dos produtos vendidos.
-Proíbe que fabricantes, distribuidoras, e comércio insiram nas sacolas rótulos de degradáveis, oxide gradáveis, foto-degradáveis, e biodegradáveis.
-As embalagens plásticas originais das mercadorias em geral, dos produtos alimentícios vendidos a granel e dos que vertem agua (congelados) não são abrangidos pela lei.
-Obriga os estabelecimentos a exibir placas com dimensões 40cm por 40cm com os dizeres:” Poupe recursos naturais use sacolas reutilizáveis”.
CURIOSIDADES
-Cerca de 65% do lixo urbano é resto de comida e 60% da população urbana apoia o fim das sacolas plásticas, só que dessa mesma população 21% não sabem o que fazer para descartarem o lixo sem as sacolas.
-Através do programa de consumo responsável de sacolas, o Brasil reduziu 3,9 bilhões de unidades em 3 anos.
-O consumo energético para fabricar uma sacola plástica é 15 vezes menor do que para se fabricar alumino e vidro.
-O plástico leva mais de 400 anos para se decompor na natureza.
-o plástico verde é feito de cana-de-açucar, o biodegradável é feito a partir do milho, e o oxibiodegradavel, é o plástico comum que recebe um aditivo que o torna degradável, fragmentando-o.
“O ser humano é a obra prima da natureza, a flor como algo arrogante, como o antropocentrismo coloca. Por isso a nossa responsabilidade é maior do que nunca. É preciso olhar a natureza com o coração um olhar ativo, pois só o coração bom não vai ajudar, nós precisamos de um coração pensante-pensar com o coração”. Goethe (pensador e escritor)
Fernando lei - seguidor, protetor e admirador da natureza. Sifer.lei@hotmail.com (sugestões, criticas, ...).
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