MÃE TERRA

"TUDO O QUE EXISTE E VIVE PRECISA SER CUIDADO PARA CONTINUAR A EXISTIR E A VIVER:UMA PLANTA,UM ANIMAL,UMA CRIANÇA,UM IDOSO,O PLANETA TERRA"

Leonardo Boff

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

AS CONQUISTAS DE SER ESPONTÂNEO


Alguns aspectos da nossa personalidade são tão fortes que podem se transformar em rótulos. E tais características nem sempre nos agradam. Afinal, ninguém gosta de ser definido como muito tímido ou estressado, não é? Ou, então, ouvir que, de tão inquietos, não deixamos os outros falarem? Normalmente, esses são comportamentos que aprendemos ao longo da vida, ao lidar com pressões, estresse e expectativas. Mas fique tranqüilo: existem atividades que podem ajudá-lo a sair da casca, soltar as amarras e deixar aflorar o seu lado mais espontâneo.

Vital consultou as psicólogas Ana Luiza de Carvalho Rocha, do Hospital das Clínicas de São Paulo, e Maria Aparecida Barbosa, docente da Universidade de São Paulo. Fique atento às dicas das especialistas e aprenda a se soltar!

Tímido

Pessoas tímidas têm, muitas vezes, autoestima baixa e uma enorme dificuldade de se relacionar. Para superar a timidez, uma recomendação é começar a praticar esportes coletivos. “Elas precisarão interagir com outras pessoas e isso faz com que se tornem mais extrovertidas. O esporte proporciona reações conjuntas, como celebrações ou até mesmo lamentações”, explica Ana Luiza.

Isso aconteceu com o administrador de empresas Luis Estevam, de 33 anos. Extremamente tímido, ele começou a jogar futebol de salão e, bom goleiro, logo se tornou titular da equipe. “Quem fica no gol tem que gritar para orientar o time inteiro. Tive que quebrar essa barreira”, explica.

Outra atividade que contribui para que a pessoa consiga se soltar é o teatro. A tarefa pode até ser difícil no início, mas os resultados compensam. “O simples fato de ficar em público e interpretar novos personagens é um ótimo aprendizado”, afirma Maria Aparecida.
 
Estressado


Quem possui essa característica tende a ser muito preocupado e ansioso, destaca Ana Luiza. “São indivíduos que não conseguem se desligar do trabalho ou da escola. São centralizadores e têm dificuldades para delegar”, explica. E são várias as complicações que o estresse traz para a saúde, como aumento da pressão arterial, maior propensão ao infarto, colesterol alto e até mesmo risco de sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). A mudança de hábitos é fundamental: ter uma alimentação saudável, não abusar do álcool ou do cigarro e não se sobrecarregar de trabalho são escolhas acertadíssimas.

Realizar uma atividade física também é muito importante, sendo os esportes aeróbicos os mais recomendados, visto que aumentam a oxigenação do sangue e ajudam a relaxar. “Tênis e squash são modalidades que fazem a pessoa gastar muita energia e liberar endorfina, hormônio que nos faz sentir bem”, explica a psicóloga do Hospital das Clínicas.

Executivo do setor de investimentos de um grande banco do varejo, Fabio Torelli, 33 anos, aderiu às raquetes para relaxar. Ele explica que o jogo serve como uma verdadeira válvula de escape. “Quando tenho um dia ruim, jogo com mais força, bato mais na bola. Pratico duas vezes por semana e sempre me sinto melhor”, garante.

Causas aparentemente banais podem aumentar o estresse. Muitas pessoas, sem perceber, respiram mal e acabam intensificando sintomas como ansiedade e tensão. Tente identificar se, mesmo em situações normais, a sua respiração não está entrecortada e ofegante. Uma boa dica é parar e fazer algumas inspirações e expirações profundas ao longo do dia. Gradualmente, você vai perceber que consegue recuperar o equilíbrio e um pouco da espontaneidade.

Inquieto


São indivíduos com o pensamento rápido e que têm dificuldade em acompanhar o ritmo dos demais. “Querem fazer tudo ao mesmo tempo e acham complicado se concentrar em uma coisa só”, ressalta Ana Luiza.

Diferentemente dos outros dois casos, os exercícios físicos intensos não são recomendados para desacelerar as pessoas hiperativas. “O efeito pode ser exatamente o oposto”, alerta a especialista Maria Aparecida. O melhor é adotar atividades que estimulem a concentração.

A empresária Ana Beatriz Schauff, de 28 anos, se considera inquieta e hiperativa. Mãe de dois filhos, ela encontrou a “salvação” na aproximação com a família e a natureza. “Todo fim de semana vou com meu marido e os filhos a um haras. Eu testo concentração, equilíbrio e silêncio. O melhor é que posso compartilhar tudo isso com a minha família."

Já a advogada Roberta Nascimento, de 30 anos, passou a lidar melhor com sua inquietação depois que começou a estudar artes visuais e aquarela: “Trabalhar com tinta foi a melhor terapia. Você tem tanto foco naquilo, que esquece o ambiente ao redor. Meu relacionamento com as pessoas melhorou!”.

As alternativas encontradas por Luis, Fabio, Ana Beatriz e Roberta têm a vantagem de aliar o prazer à superação das barreiras. Nem sempre, porém, isso é suficiente. “Se a timidez, o estresse ou a inquietação continuarem atrapalhando, mesmo com as novas práticas, deve-se procurar ajuda psicoterapêutica”, afirma Ana Luiza. “Com acompanhamento profissional, é possível recorrer a outras ferramentas para lidar com as dificuldades”, conclui.
 FONTE:PORTAL VITAL

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