MÃE TERRA

"TUDO O QUE EXISTE E VIVE PRECISA SER CUIDADO PARA CONTINUAR A EXISTIR E A VIVER:UMA PLANTA,UM ANIMAL,UMA CRIANÇA,UM IDOSO,O PLANETA TERRA"

Leonardo Boff

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Guloseimas saudáveis

Guloseimas saudáveis_2



Guloseimas saudáveis?
Parece impossível, mas elas existem!


De forma geral, até mais ou menos os 2 anos, as mães conseguem alimentar seus filhos de forma correta e saudável sem muito “trabalho”. Essa deveria ser a regra até que eles próprios pudessem cuidar da própria alimentação, mas infelizmente não é assim que funciona. O problema, é que os pequenos crescem, começam a ser influenciados por propagandas de produtos que pouco ou nada contribuem para seu crescimento e desenvolvimento – e deixam literalmente as mamães de “cabelos em pé” na hora das refeições e principalmente nos lanchinhos quase sempre nada saudáveis que são feitos ao longo do dia.

A obesidade é uma das doenças nutricionais que mais crescem no mundo e vem acometendo cada vez mais as crianças, formando uma geração de adolescentes e adultos com problemas de saúde. No Brasil, 6,6% das crianças de 0 a 5 anos sofrem de obesidade. Calcula-se que aproximadamente de 20% a 25% das crianças brasileiras apresentem excesso de peso na faixa etária entre 7 e 14 anos. Esses dados são extremamente preocupantes, pois na década de 70 a relação de brasileiros obesos entre 6 e 18 anos era de apenas 3%. Segundo o Ministério da Saúde, já são cerca de 6 milhões de adolescentes obesos, e estima-se que o número de crianças obesas cresceu cinco vezes nos últimos 20 anos.

Alguns dos principais fatores associados à obesidade infantil são o sedentarismo e o maior consumo de alimentos ricos em carboidratos refinados e gorduras, provocado pela onda de fast foods no mercado. Afinal, guloseimas, salgadinhos, bolachas e doces são ainda considerados o carro-chefe da alimentação infantil.

As quantidades exageradas de calorias, somadas a poucos nutrientes e substâncias químicas prejudiciais, geram uma combinação extremamente nociva para a saúde, pois são fontes de calorias vazias, na maioria das vezes provenientes de açúcares refinados e gorduras trans. Por isso, o consumo de guloseimas deve ser uma exceção a regra na alimentação de crianças, assim como na de adultos.

Na realidade, estes alimentos não precisam ser completamente abolidos, desde que sejam colocados limites. A criança pode, por exemplo, comer um chocolate como sobremesa, mas, no dia seguinte, deve sempre comer uma fruta. É fundamental conversar com ela e chegar a um acordo. Lembrando que a base de uma alimentação saudável são cereais integrais, frutas, verduras e legumes – de preferência orgânicos –, além de óleos vegetais prensados a frio.


Guloseimas saudáveis

Foi a partir da preocupação com os males causados pelas guloseimas que algumas empresas alimentícias buscaram a ajuda de nutricionistas para desenvolver produtos saborosos e ao mesmo tempo nutritivos. Hoje é possível substituir os salgadinhos fritos por biscoitos integrais ou petiscos assados, comer um brownie sem lactose e sem glúten ou uma barra de chocolate sem leite ou açúcar, mas que possui fibras e antioxidantes naturais.

Este mercado em ascensão também é uma alternativa para adultos e crianças que não podiam comer determinados alimentos por sofrer de intolerância a certos componentes, como açúcar, lactose e glúten. Hoje, graças à grande diversidade de produtos disponíveis no mercado, é possível uma criança celíaca (intolerante ao glúten) comer um cookie de maçã ou de chocolate. Menos prejudiciais, as guloseimas saudáveis são uma opção, mas seu consumo deve ser moderado.

As opções são as mais variadas. Veja as dicas do Mundo Verde para substituir as guloseimas tradicionais por opções bem mais saudáveis, gostosas e que ainda proporcionam ganhos à saúde.

Cookies integrais: além de saborosos, são fontes de energia, fibras, vitaminas e minerais. Ótimos substitutos dos biscoitos tradicionais, que são altamente calóricos, pobres em nutrientes, contêm alto teor de gorduras saturadas e trans, além de serem elaborados com ingredientes refinados.

Chocolate à base de soja: adoçados com açúcar orgânico, isentos de colesterol, lactose e glúten. Os chocolates convencionais contêm alto teor de colesterol, açúcares e gorduras saturadas.

Barras de frutas: barra totalmente natural feita com frutas e castanhas. Sem corantes, conservantes e açúcar. Rico em fibras.

Snacks Integrais: ao contrário dos tradicionais, os snacks integrais são assados, ricos em fibras e livres de corantes artificiais.

Brownie de soja: deliciosa opção de sobremesa, com a vantagem de ser rico em fibras, vitaminas e minerais. Sem lactose e glúten.

Frutas secas: crocantes, sem adição de açúcar e conservantes, mantendo as características nutricionais, como os teores de vitaminas, minerais e fibras contidos nas frutas.

Paçoca de soja: além de saborosa, é nutritiva. Fonte de vitaminas do complexo B e fibras.

Sucos de frutas orgânicas: sem adição de conservantes e corantes. Isentos de fertilizantes químicos e agrotóxicos. Fontes de vitaminas e minerais antioxidantes.


Dicas para uma alimentação saudável na infância

• Verduras e legumes devem ser oferecidos diariamente para que vire hábito ingeri-los regularmente. O cardápio deve ser diversificado, equilibrado, incluindo preparações criativas e de boa aceitação. Se a criança rejeitar o alimento, a sugestão é insistir, através de outra forma de preparação: creme, sopa ou suflê;

• As frutas devem ficar em lugar visível e de fácil acesso, pois o colorido desperta o apetite e estimula a ingestão;

• Nunca adoce os sucos de frutas, pois seu sabor verdadeiro é, sem dúvida, mais saudável;

• Horários e rotina para a alimentação são fundamentais! A criança deve se alimentar em lugar calmo, arejado e limpo. A alimentação feita de forma rápida, com barulho e em frente à televisão contribui para ela comer muito mais que o necessário, de maneira pouco prazerosa e sem degustar devidamente os alimentos. Brincadeiras ligadas ao computador e ao videogame são mais um fator contribuinte para a questão da obesidade infantil;

• Pais devem ser exemplos. Não adianta os pais estarem com o prato cheio de "porcarias" e insistir para que a criança coma saladas;

• Prefira lanches saudáveis como sanduíches de pão integral com pasta de soja e queijo branco, salada de frutas com granola, sucos de frutas, barras de cereal, balas de banana sem adição de açúcar, frutas liofilizadas e crocantes, cookies de cacau e até mesmo um chocolate com pelo menos 40% de cacau;

• Opte sempre por biscoitos integrais, frutas secas e barras de cereais na hora do lanche;

• A escola também tem a obrigação e o dever de oferecer lanches saudáveis, fortalecendo a atitude de proibição da venda de produtos prejudiciais nas suas cantinas;

• Estimular atividades físicas é também muito importante, desde que obedeça ao gosto da criança, descobrindo qual a atividade de sua preferência e incentivando-a.


Dicas para quem tem restrições alimentares


Para quem tem doenças associadas à alimentação, é possível consumir guloseimas, desde que se restrinja o ingrediente ou nutriente que causa a intolerância ou doença.

Confira:

Celíacos: Excluir tudo que for fonte de glúten (trigo, aveia, centeio, cevada e malte). Portanto: hambúrguer, pizza, salgadinhos, biscoitos que tenham o glúten estão proibidos.

Diabéticos: Deve-se controlar a ingestão de carboidratos e açúcares: balas, doces, chicletes, sorvetes e fontes de açúcar estão proibidos.

Intolerantes à lactose ou à proteína do leite de vaca: Alimentos que sejam preparados com os mesmos devem ser eliminados da dieta, como por exemplo, iogurtes, sorvetes, chocolates, queijos etc.

 



Flávia Morais e Bruna Murta
Nutricionistas da Rede Mundo Verde
















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