Pesquisa recente divulgada pelo Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira) revelou que um em cada quatro casos de câncer de testículo dos pacientes do hospital acontece em homens que consomem maconha de forma regular.
Esse tipo de câncer acontece com maior frequência em jovens entre 17 e 35 anos e, se for tratado rapidamente, tem alta chance de cura.
O tratamento, em geral, envolve a retirada do testículo acometido pela doença, a colocação de uma prótese e, ainda, tratamento com quimioterapia.
O autoexame do saco escrotal é fundamental. O homem deve palpar seus testículos e, se perceber alguma alteração, como aumento do volume do órgão, dores, um nódulo (massa) ou uma sensação incomum de desconforto deve procurar um médico. Presença de sangue no esperma também merece atenção especial.
A maconha já havia sido relacionada, em pesquisas anteriores, com uma série de problemas para a saúde.
Além de trazer riscos para boca, garganta e pulmões (em função de substâncias presentes na fumaça), ela também parece comprometer a fertilidade dos homens -por uma suposta ação sobre os hormônios ou sobre as células dos testículos.
Isso sem falar no aumento de distúrbios psiquiátricos atribuídos ao uso da maconha, como ataques de pânico e desencadeamento de quadros psicóticos em pessoas com algum tipo de predisposição.
O fato de a droga ser defendida por muitos como sendo "natural" (já que vem de uma planta) não significa que não traga impactos para a saúde e para o comportamento.
Cigarro, cocaína e heroína também vêm de plantas. E cigarro é o grande responsável pela maioria dos casos de câncer de pulmão em todo o mundo.
Apesar de que a maioria dos homens que fuma maconha provavelmente não enfrentará um câncer de testículo, o que a pesquisa do Icesp sugere é que não fumar maconha pode ajudar a prevenir esse tipo de doença. É isso!
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