MÃE TERRA

"TUDO O QUE EXISTE E VIVE PRECISA SER CUIDADO PARA CONTINUAR A EXISTIR E A VIVER:UMA PLANTA,UM ANIMAL,UMA CRIANÇA,UM IDOSO,O PLANETA TERRA"

Leonardo Boff

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Depressão


                    Sentir-se para “baixo”, triste e infeliz ou sentir-se para “cima”, alegre e feliz por estar vivo faz parte da vida, isso é normal. Porém, quando nos sentimos “para baixo”, infelizes e tristes por um longo período de tempo, de modo que esta sensação venha interferir no nosso dia a dia, a ponto de afetar o inpíduo como um todo, comprometendo comportamento, humor, sentimentos, pensamentos e a saúde física, fique atento, pode ser depressão, que afeta muito nossa qualidade de vida. Os pacientes graves chegam a sentir dificuldade para levantar da cama, já outros possuem a sensação de falta de energia, se sentem vazios e não tem prazer em nada, tem um grande desinteresse pela vida, o que os torna incapazes de lidar com as situações básicas do cotidiano.
Segundo WHO(2001,P.9) “ A depressão grave é atualmente a principal causa de incapacitação em todo o mundo, e ocupa o quarto lugar entre as dez principais causas de doença a nível mundial”
Isso mesmo, a depressão é uma doença e reconhecê-la pode ser complicado, pois suas manifestações variam e dependem da personalidade de cada um. As pessoas não tratadas adequadamente são menos produtivas, o que dificulta sua inserção no mercado de trabalho. Assim, ficam mais tempo desempregadas, que pode levar a uma escassez de recursos, piorando ainda mais a qualidade de vida e fortalecendo a doença. Por isso é fundamental diagnosticá-la o quanto antes, pois existe tratamento. A saúde mental é tão importante quanto a física, a OMS estima que existam 450 milhões de pessoas no mundo que sofrem de algum tipo de transtorno mental ou comportamental, causando incapacidade de se inserir na sociedade, prejudicando a qualidade de vida.
A causa da doença é um desequilíbrio de certas substâncias químicas do cérebro, que tem como estopim os fatores emocionais, (pórcio, morte de filho,esposa,problemas financeiros graves, perda de emprego, entre outros) fatores físicos, fatores físicos e emocionais, desequilíbrio hormonal, carências nutricionais, abuso do álcool e outras drogas que agem no cérebro,falta de luz solar e outras ainda não bem esclarecidas. O fator genético é de grande importância para desenvolver a doença, pai ou mãe com depressão é sinal de alerta.
Existem medicamentos que corrigem este desequilíbrio, são os chamados antidepressivos. Os mais novos são eficazes, bem tolerados, seguros, e não costumam levar a dependência física. Um dos problemas que a ciência está tentando resolver, é o tempo que eles levam para fazer efeito, que pode chegar a várias semanas. Assim, não devemos esperar uma mudança no quadro clínico a curto prazo, o médico deve avaliar a relação custo x benefício e indicar os medicamentos adequados. A psicoterapia ajuda bastante por trabalhar o componente emocional, mas não trata o desequilíbrio químico do cérebro e , embora leve mais tempo para apresentar resultados o tratamento conjunto medicação + psicoterapia costuma ser eficaz.
Os medicamentos devem ser tomados fielmente conforme prescrição médica, em horários, doses e tempo determinados pelo médico de forma disciplinada, pois costumam ser usados por um longo período de tempo e assim farão o efeito igual todos os dias.
É importante informar ao médico todos os medicamentos , suplementos alimentares, vitaminas e produtos naturais que o paciente estiver usando, com ou sem prescrição, pois a interação com estes produtos pode interferir na ação dos antidepressivos. Jamais altere (posologia,dose,horários,tempo, etc) ou abandone o tratamento por conta própria, mesmo na presença de efeitos colaterais ou que se sinta melhor, contate o médico primeiro, a depressão pode voltar.
Sempre que for acompanhar um idoso com depressão ao médico, leve você a lista dos medicamentos que ele usa e relate as alterações no comportamento do paciente. Ter uma rotina para dormir, eliminar a ingestão de álcool, reduzir a cafeína, manter uma alimentação balanceada e fazer exercícios, ajuda o paciente a se sentir melhor.
É importante que a família entenda que a depressão é uma doença e que existe tratamento específico.
Dr. Juan Carlos Becerra Ligos
Farmacêutico Bioquímico
Diretor do Sincofarma SP                   

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