SAÚDE
Prevenir é melhor remediar

Popularmente conhecida como cárie de mamadeira, a cárie precoce de infância pode atacar os primeiros dentinhos e tem uma evolução muito rápida, o que pode causar dor e até a perda precoce do dente. "A cárie é uma doença infecciosa causada por bactérias, que metabolizam restos de alimentos e eliminam ácidos capazes de desmineralizar os dentes", explica a odontopediatra Lúcia Coutinho, especializada em odontologia para bebês. Inicialmente, a cárie aparece como pequenas manchas brancas e depois evolui para cavidades. "Nas crianças, os dentes mais acometidos por cáries são os incisivos centrais e laterais, que são os quatro dentinhos do meio da arcada superior", completa a especialista.
Prevenção
Como nos adultos, a prevenção é feita por meio da higiene bucal e de bons hábitos alimentares. No caso de Henrique, um dos agravantes foi a mamadeira com leite e açúcar. "Ele dormia com a mamadeira na boca, e nós não tínhamos o hábito de escovar os dentinhos dele", conta o pai. A escovação deve ser feita três vezes ao dia, sempre com a supervisão de um adulto. De acordo com Lúcia, a mais importante é aquela antes de dormir - a que os pais de Henrique não faziam -, porque a saliva deixa de ser produzida durante o sono. "A saliva tem um efeito protetor sobre os dentes, pois normaliza e equilibra o pH da boca", explica.
A higiene bucal é um hábito que começa bem cedo. Por volta dos seis meses de idade, o primeiro dentinho começa a nascer. A limpeza deve ser feita com uma gaze ou fralda embebida em água filtrada, três vezes ao dia. "A mãe deve massagear o dente, a gengiva e a bochecha com o dedo indicador para retirar os resíduos de leite e alimentos", ensina a especialista. Aos poucos, a escovação deve ser introduzida, sempre com o uso de uma escova com cerdas macias. "Deve-se usar pouco creme dental, o equivalente a um grão de arroz. O odontopediatra irá indicar a necessidade de pasta com ou sem flúor, dependendo da necessidade da criança", completa Lúcia.

A higiene bucal é um hábito que começa bem cedo. Por volta dos seis meses de idade, o primeiro dentinho começa a nascer. A limpeza deve ser feita com uma gaze ou fralda embebida em água filtrada, três vezes ao dia. "A mãe deve massagear o dente, a gengiva e a bochecha com o dedo indicador para retirar os resíduos de leite e alimentos", ensina a especialista. Aos poucos, a escovação deve ser introduzida, sempre com o uso de uma escova com cerdas macias. "Deve-se usar pouco creme dental, o equivalente a um grão de arroz. O odontopediatra irá indicar a necessidade de pasta com ou sem flúor, dependendo da necessidade da criança", completa Lúcia.
Alimentação
Além da mamadeira antes de dormir sem a higiene correta, o menino Henrique costumava beber sucos industrializados a toda hora. Isso foi outro agravante para o surgimento das cáries. "Quando a criança se alimenta a toda hora, o pH da placa bacteriana mantém-se ácido por mais tempo. Isso favorece a desmineralização dos dentes e, consequentemente, o desenvolvimento das cáries", explica a odontopediatra. Isso significa que a criança pode comer de tudo, mas na hora certa. Doces, bolachas e chocolates não estão proibidos, mas devem ser consumidos como sobremesa, e não ao longo do dia. Os sucos, que Henrique tanto gosta, também devem ser servidos durante as refeições.
Ao contrário do que se pensa, as balas e doces não são os únicos vilões. "As bactérias que causam a cárie metabolizam principalmente restos de alimentos ricos em carboidratos, que incluem doces, pães, salgadinhos e bolachas", afirma Lúcia.
Geração cárie zero

Pode parecer estranho visitar o dentista cedo assim, mas a idéia é prevenir o surgimento das cáries em vez de tratá-las quando o problema já existe. "Na primeira consulta, o profissional irá orientar os pais sobre higiene, dieta e remoção de maus hábitos, como sucção de dedo, uso indevido de chupeta e mamadeira", explica Lúcia.
O odontopediatra também irá definir a frequência da aplicação do flúor e das consultas, geralmente a cada seis meses. Além disso, o profissional irá avaliar clinicamente os dentes que nasceram e acompanhar o desenvolvimento da arcada dentária. "Quanto mais precoce for detectado um problema, mais favorável é o prognóstico de tratamento. Crianças de quatro ou cinco anos podem usar aparelho para corrigir o encaixe incorreto dos dentes, por exemplo", conta a especialista.
Manoela Lários Sahd, de dois anos, vai ao dentista desde que o primeiro dente nasceu. A garota frequenta o consultório de Lúcia e não tem medo de ir ao dentista. Já foi possível perceber uma alteração na mordida da menina, e as providências para corrigir o problema já estão sendo tomadas. "Manoela apelidou a doutora Lúcia de 'tia do dentinho'. Ela gosta mesmo de ir às consultas", conta a mãe, Adriana.
A abordagem do odontopediatra tem justamente esse objetivo: fazer com que a criança goste de ir ao dentista. Por meio do condicionamento psicológico, a criança é familiarizada com a cadeira odontológica e com os instrumentos. "De uma forma lúdica, o odontopediatra ganha a confiança do paciente aos poucos, proporcionando um tratamento sem traumas, o que o torna mais tranquilo. Nosso objetivo é formar uma geração cárie zero e sem medo de ir ao dentista", finaliza Lúcia.
Fonte:www.alobebe.com.br
Maíra Zanutto - Fotos Marinheiro MansoPublicação: Agosto 2010 - Edição: 37
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