MÃE TERRA

"TUDO O QUE EXISTE E VIVE PRECISA SER CUIDADO PARA CONTINUAR A EXISTIR E A VIVER:UMA PLANTA,UM ANIMAL,UMA CRIANÇA,UM IDOSO,O PLANETA TERRA"

Leonardo Boff

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Para atingir jovem, Governo aposta em shows e rede social

simboloAids
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Projetos visam alertar população sobre perigos da Aids

O Ministério da Saúde lança na quinta-feira, Dia Mundial de Prevenção Contra Aids, a nova campanha contra a doença no País. Segundo informações da Folha de S. Paulo, a proposta é avançar em redes sociais e ganhar apoio da sociedade civil organizada para atingir um público de difícil acesso em campanhas de prevenção: jovens gays e travestis, segmento que desponta nos números do HIV.
Em entrevista coletiva ontem, o ministro Alexandre Padilha disse que, além das redes sociais, o governo deverá apostar em intervalos de programas jovens na televisão, shows e festas -a exemplo do ocorrido no Rock in Rio, quando o ministério instalou um estande no local das apresentações para a realização de testes rápidos.

Fonte: Folha de S. Paulo

Alimentos da cor do sol

  
Atualmente, existem produtos que prometem facilitar o bronze da pele ou até possibilitar as características de um bronzeado sem a necessidade da exposição solar – os chamados autobronzeadores.
Mas nem só de avanços da ciência e da tecnologia vive a cor mais morena da cútis. Além de itens como nutricosméticos – que despertam a melanina da pele – existem alimentos que obtém o mesmo resultado naturalmente.
A melanina é uma substância presente no organismo que confere pigmentação à pele e aos cabelos e é, portanto, o gatilho que promove o bronzeado. Segundo o Dr. Marcelo Bellini, dermatologista e diretor da Clínica Corpo em Evidência, alimentos ricos em betacaroteno como cenoura, abóbora e laranja contribuem para produção da substância.
“Por isso, (os alimentos) ajudam a manter o bronzeado”, avalia. O profissional ainda recomenda alimentos ricos em vitamina C como acerola, caju e limão, já que protegem contra a radiação e são antioxidantes. “Assim como eles, os alimentos ricos em licopeno, como melancia e tomate cozido também protegem contra a radiação e são antioxidantes”, completa.
De acordo com o dermatologista, é importante informar aos clientes da farmácia que, para alcançar o bronzeado desejado, os alimentos devem ser consumidos uma semana antes da exposição solar.
Fonte: Dr. Marcelo Bellini, dermatologista e diretor da Clínica Corpo em Evidência

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

METAFÍSICA DA SAÚDE

                      

Porque ficamos doentes?

Porque está doença e não aquela?

Porque neste momento?

É comum ao depararmos com situações dolorosas, difíceis sobre as quais não temos controle, acovardarmos, entregarmos, nos conformando alimentando assim uma postura de vitima, pobre coitada ou de revolta colocando a culpa no destino, sorte ou azar, sem procurar verificar mais profundamente os fatos.

O "vitimismo" é a maior barreira para o progresso humano, é uma forma infantil de lidar com os fatos.

Compreender o que está por traz dos acontecimentos, abandonar alguns tabus, conceitos já ultrapassados e sem razão de ser, mas que estão impregnados na humanidade criando um circulo vicioso, admitir posturas pode ser o primeiro passo.

Se abrirmos nossas mentes para uma nova visão dos fatos certamente avançaríamos em nossa evolução.

A natureza é sábia fazendo valer a lei da ação e reação o que muitas vezes chega a ser incompreensível para nós.

Portanto o que define o seu estado físico é aquilo é com que você alimenta o seu psíquico, a sua alma é a sua estrutura mental.

Ao mudar a estrutura mental, você estará fazendo uma reformulação em sua vida. Foque sua mente nos pontos que queira mudar.

A mudança interior é fundamental para alterar o curso de sua existência, mesmo que as situações ao seu redor não tenham mudado.

E para se realizar está mudança basta tornar neutro algo que você deu muita importância, muita força. Sendo desprezado ele perdera o poder.

Estudos mostram que as impreções que gravamos no subconsciente interferem de maneira muito grande em nosso corpo. Essas atividades mentais causam modificações nas funções normais do nosso organismo, concequentemente adoecemos.

O corpo acusa o modo como estamos lidando com os acontecimentos, cada parte reflete uma emoção.

A alteração metabólica tem sua origem nas atividades mentais. Portanto as atividades determinam a saúde física e a condição de vida.

A maneira com que encaramos as situações da vida irá influenciar de maneira saudável ou não em nossa saúde.

Saúde existe quando pensamos e agimos em concordância com nossa natureza.

Ao adquirir a consciência metafísica de uma disfunção orgânica, você obtém um importante recurso para a reorganização do mundo interior.

Isso irá refletir no ambiente externo, criando uma nova condição de vida, principalmente no corpo, em forma de saúde e vitalidade.

O mesmo se aplica as crianças.

Mesmo sendo dependente dos pais e passiva ao ambiente, a doença é atribuída também as condições emocionais da criança. Portanto quando uma criança adoece devemos analisar e assim compreender por meio da consciência metafísica, quais suas características internas.

Consciente dos pontos fracos da criança, os pais terão um recurso a mais para ajudar os filhos em sua trajetória de vida.

O corpo é uma espécie de sensor que acusa as atividades inadequadas que persistimos em manter. Essas posturas desencadeiam desarmonia interior, causando as doenças.

Se você apresenta algum problema físico, é importante perceber qual aspecto da vida está deixando de fluir adequadamente.

Antes de ocorrer à doença, a pessoa apresenta problemas de ordem emocional, como angustia depressão, medo, etc.

Essa condição interna é o aviso de que você está tendo uma atitude inadequada, e ao mesmo tempo um alerta do mal que está fazendo a si mesmo, tendo a possibilidade de resgatar a harmonia e por concequencia a saúde.

Da mesma forma que você cria a condições para a manifestação das doenças, você tem a capacidade também de criar as condições para sarar.

Lembre-se: SOMOS RESPONSSAVEIS POR TUDO O QUE ACONTECE EM NOSSO CORPO.

Portanto uma vez instalada a doença em nosso corpo, é preciso ter o acompanhamento médico para restabelecer o físico. Paralelamente ao uso de medicamentos, é necessário mudar as atitudes inadequadas que causam prejuízos emocionais e físicos.

Os medicamentos apenas fortalecem e eliminam os sintomas da doença temporariamente, para que a doença não volte é preciso curar a causa.

VALE LEMBRAR QUE A METFÍSICA NÃO CONTESTA A EXISTENCIA DE AGENTES ORGÂNICOS OU INORGÂNICOS PRESENTES NUM ORGANISMO DOENTE.

A metafísica não é aplicada para prever futuras doenças, o objetivo é alertá-lo de sua condição afetiva indevida, para manter a saúde.

A resposta para as causas metafísicas da doença não deve ser descoberta a força, pressionando uma resposta, isso na verdade só ira piorar a situação física. Análise profundamente toda a situação com calma de coração e mente abertos.

Admitir o fato e adotar uma nova postura irá ajudar nesta tarefa.

A dor é uma sensação exagerada, com o intuito de despertar a consciência para as nossas inadequações.

Ela acontece quando resistimos ao fluxo natural do ser e persiste enquanto não reformulamos nosso interior.

A DOR PROMOVE UM ESTADO DE REFLEXÃO.

O fato de nos afastar dos afazeres do dia a dia, muitas vezes já é suficiente para analisarmos, mudar nossa postura, alterar valores, transformar as atitudes internas, porque a situação só muda se você mudar.

Portanto a cura é uma combinação do tratamento físico com a mudança interior, um complementando o outro.

Ao abandonarmos a vaidade e a resistência a reformulação interna a recuperação externa acontecerá naturalmente e em menor tempo.

Podemos não ter total controle para determinar os acontecimentos que nos cercam. Não conseguimos evitar, por exemplo, que pessoas façam ou digam coisas que nos desagrada.

Nosso poder está na forma com que reagimos a tudo o que se processa ao redor. A maneira com que reagimos é que determina as condições futuras. Uma excelente arma é o bom senso.

O bom senso é uma capacidade de sua existência. Por meio dele temos a possibilidade de discernirmos entre o que é adequado ou inadequado ao nosso sistema individual.

O bom senso quando utilizado, leva a formação de valores e padrões que criam uma realidade altamente favorável e positiva.

Não é possível livrar-se da doença sem mudar a maneira de pensar e sem superar os sentimentos ruins como a raiva, revolta, indignação, rancor etc.

Esses sentimentos são o alimento para inúmeras doenças como, por exemplo, o câncer.

As doenças psicossomáticas que trazemos no mais profundo de nosso ser são liberadas por esses sentimentos.

Falar em mudança de postura mental e por concequencia física é o mesmo que falar em fazer uma limpeza interior profunda e constante, para que desta forma não alimentemos mais os fatores psicológicos que desencadeiam as doenças.

FAÇA O SEU MELHOR, ACEITE O QUE VOCÊ É E ACREDITE EM SI SEM TEMER AS EXPECTATIVAS E COBRANÇAS DO MUNDO.



Fonte: Texto baseado e trechos retirados do livro Metafísica da Saúde vol. 1, 2, 3 de Valcapelli e Gasparetto.



Fernando Lei

Blog-maeterra-fernando. blogspot.com

As armadilhas dos analgésicos


Fonte: IstoÉ
Notícia publicada:26/11/2011
Autor:Francisco Alves Filho e Monica Tarantino

Um levantamento realizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão do governo americano, divulgado recentemente acendeu um alerta vermelho para médicos e pacientes de todo o mundo. A pesquisa revela que, nos Estados Unidos, o número de mortes por overdose de analgésicos triplicou de 1990 a 2008. No último ano coberto pelo estudo, foram registrados 14,8 mil óbitos. A informação agrava a preocupação das autoridades mundiais de saúde em relação ao crescimento do consumo dessa classe de medicamentos, indicada para o alívio da dor. De acordo com a consultoria internacional IMS Health, de 2006 a 2010 o mercado global desses remédios teve crescimento de 27%. No Brasil, o segmento movimentou US$ 902 milhões em 2010, magnitude que torna o País líder de consumo entre as nações emergentes e sexto maior mercado do mundo, à frente de países como Japão e Espanha.

Para se compreender as origens e as consequências desse problema, é necessário enxergar dois aspectos. Primeiro, deve-se entender as diferenças entre os tipos de analgésicos. Basicamente, há os comuns, aqueles comprados em farmácia e sem receita médica; os anti-inflamatórios com efeito analgésico, também geralmente comercializados sem dificuldade; e os narcóticos, que usam em sua formulação substâncias derivadas do ópio e necessitam de prescrição. São estes os responsáveis pelas mortes por overdose registradas no relatório americano.

Depois, não se pode analisar esse fenômeno sem respeitar as particularidades de cada país, principalmente quando se buscam respostas para explicar o aumento do consumo. Tome-se a situação dos Estados Unidos, por exemplo. Por lá, a prevalência é de consumo abusivo de opioides. No Brasil, o consumo é maior de analgésicos comuns ou anti-inflamatórios com efeito analgésico. “E precisamos usar mais opioides, porque eles aliviam a dor oncológica e outras dores agudas”, diz o neurologista João Batista Garcia, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos da Dor. “O fato de não usarmos tanto esse tipo de remédio resulta no sofrimento de muitos pacientes.” Em comum a qualquer nação está a realidade de que, em geral, os indivíduos apresentam baixa tolerância à dor, preferindo recorrer às medicações.

O fato é que o abuso no consumo dos remédios – opioides ou comuns – tornou-se um dos maiores desafios da medicina atual. Na medida certa, eles aliviam a dor. Mas, em excesso, podem ser extremamente ameaçadores à saúde. Por aqui, uma das categorias mais usadas incorretamente é a de medicamentos contra dor de cabeça, normalmente vendidos sem receita médica. E o que a maioria dos pacientes desconhece é que, quando há consumo sem orientação adequada, corre-se o risco de desenvolver a chamada cefaleia de rebote, causada justamente pela ingestão acima do recomendado. Um trabalho feito pelo neurologista Ariovaldo Alberto Júnior, diretor da Sociedade Brasileira de Cefaleia, ilustra bem esse problema. Em um estudo na cidade mineira de Capela Nova, o médico descobriu que 3,6% da população, de apenas dois mil habitantes, tinha dor de cabeça diariamente. “A principal causa era o uso abusivo de analgésicos”, disse.

A partir da constatação, foi implantado na cidade um programa de desintoxicação que já dura oito meses e inclui iniciativas de educação para os médicos – o objetivo é que parem de indicar analgésicos indiscriminadamente. O programa é semelhante a outro, aplicado também pela equipe do neurologista mineiro, no Tribunal de Contas de Minas Gerais. De mil funcionários, 43% tinham dor de cabeça todos os dias. Os empregados foram acompanhados por quatro meses e verificou-se a redução de mais de 50% da ocorrência da dor e da utilização de remédios. O trabalho foi apresentado no congresso deste ano da Academia Americana de Cefaleia.

A lista de prejuízos provocados pela utilização excessiva de remédios contra dor de cabeça é mais ampla. “O abuso pode causar lesão renal ou sangramento gastrointestinal”, afirma a neurologista Norma Fleming, coordenadora do Ambulatório da Clínica da Dor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. De maneira geral, esses danos são os mesmos causados por todos os outros tipos de analgésicos consumidos incorretamente. Há outros efeitos colaterais, porém que precisam ser lembrados. “O exagero na ingestão pode ocasionar sérias complicações hepáticas e aumenta os riscos de surdez especialmente após os 60 anos, além de interferir na formação das células do sangue”, explica o pediatra e toxicologista Anthony Wong. Ele é um dos maiores especialistas mundiais no assunto e diretor do Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Essas eram até agora as armadilhas mais conhecidas. No entanto, outras, igualmente graves, estão sendo identificadas por pesquisas mais recentes. Na semana passada, cientistas da Universidade de Edimburgo, na Escócia, analisaram 663 pacientes encaminhados à Unidade Escocesa de Transplante de Fígado por causa de problemas no órgão induzidos pelo uso do paracetamol, um dos analgésicos mais usados. Essas pessoas foram observadas por seis anos. Nesse período, os pesquisadores descobriram que os 161 pacientes que abusaram continuamente desses remédios, excedendo frequentemente a dose limite, tiveram efeitos colaterais piores do que aqueles que tomaram uma grande quantidade de comprimidos de uma única vez. Esse tipo de overdose escalonada, como definiram os pesquisadores, aumentou a gravidade das lesões e os riscos dessas pessoas de morrer. “Eles não tomaram overdoses grandes e únicas, aquelas que ocorrem em um único momento. Mas no decorrer do tempo o dano se acumula e o efeito pode ser fatal”, disse Kenneth Simpson. O trabalho foi publicado na revista científica “British Journal of Clinical Pharmacology”.

Na Dinamarca, uma pesquisa traçou uma relação entre o uso de analgésicos comuns e alguns tipos de arritmia cardíaca. A pesquisa avaliou mais de 30 mil pacientes e concluiu que esses medicamentos podem levar a dois tipos de descompassos nas batidas do coração: a fibrilação atrial e o flutter atrial. Ambos aumentam o risco de paradas cardíacas, derrames e óbito. O trabalho analisou o impacto de dois tipos muito usados contra a dor, os anti-inflamatórios com efeito analgésico não esteroides e os de nova geração, conhecidos como inibidores seletivos COX-2.

Alguns estudos estão jogando luz particularmente sobre os riscos do consumo exagerado na gravidez e infância. Um deles, feito nos Estados Unidos, avaliou o impacto do uso de opioides nesse período. Segundo o CDC americano, o uso de substâncias como a codeína, a oxicodona ou a hidrocodona, antes ou no início da gestação, está relacionado, em alguns casos, a defeitos como espinha bífida, hidrocefalia e glaucoma congênito. Os cientistas também acreditam que os remédios elevam aproximadamente duas vezes os riscos de o bebê ter a síndrome de hipoplasia do coração esquerdo (um dos defeitos cardíacos mais críticos). A última pesquisa, divulgada na semana passada, mostrou que um dos riscos da dose errada dos opioides é a desidratação infantil. “Esses remédios são sedativos e, por isso, muitas crianças não comem ou bebem tanto quanto de costume. Elas não acordam ou não conseguem ingerir a quantidade necessária sob efeito das medicações”, disse à ISTOÉ William Basco, diretor da divisão de Pediatria Geral da Universidade Médica da Carolina do Sul (EUA) e autor do trabalho. Esses remédios também tornam a respiração mais lenta. Em alta quantidade, isso pode levar à parada respiratória e até matar.

Uma das circunstâncias mais delicadas ao se investigar o problema é estabelecer quando há exagero no consumo e se pode determinar que uma pessoa tornou-se dependente. As situações de abuso, para os especialistas, ficam caracterizadas quando a pessoa começa a tomar o medicamento além da dose indicada. Ela acredita, por exemplo, que uma aspirina só não vai fazer efeito e toma duas. Ou ingere um comprimido e não espera o tempo necessário para que os efeitos se apresentem e já quer tomar outro. Mais um sinal importante é tomar o analgésico preventivamente, sem ter sintoma algum.

A dependência é mais grave e mais comum em relação a medicamentos da categoria dos anti-inflamatórios e derivados de opioides. “Para configurar o quadro de dependência, observamos sinais físicos e psicológicos”, diz a médica Rioko Sakata, coordenadora do Instituto da Dor da Universidade Federal de São Paulo. Nessa situação, a pessoa sente falta do remédio, mesmo sem ter os sintomas de qualquer doença, e não consegue deixar de tomá-lo, ainda que queira evitar. Pode haver também um aumento da tolerância: a pessoa necessita tomar cada vez mais comprimidos para ter o mesmo efeito. Na ausência do remédio, o indivíduo pode apresentar sintomas de síndrome de abstinência, como boca seca, irritação e taquicardia.

Entre os mais sujeitos à dependência dos analgésicos opioides estão portadores de fibromialgia (doença caracterizada por dor generalizada no corpo) e de dor de coluna. Também estão sob essa ameaça os profissionais de saúde. “São médicos, especialmente anestesistas, cirurgiões, emergencistas e profissionais de farmácia e de enfermagem”, diz o psiquiatra Marcelo Niel, do Programa de Assistência a Dependentes da Universidade Federal de São Paulo Proad/Unifesp.

Os caminhos que levam à dependência são iguais aos que empurram à dependência de drogas ilícitas. A exemplo da cocaína e da maconha, os opioides atuam na liberação de substâncias associadas aos mecanismos de recompensa. “Quanto mais prazer a droga estimula e libera, maior o risco de se sentir dependente porque a pessoa fica com um registro dessa sensação no cérebro”, explica Niel. “E é uma sensação tão boa que o cérebro quer repeti-la a todo momento.” No cérebro das pessoas que efetivamente se tornam dependentes, essa onda de alívio da dor ou prazer oferecida pelos medicamentos é interpretada como um convite irrecusável.

Com ajuda especializada, porém, é possível deixar de ser dependente. Há pelo Brasil alguns centros especializados na ajuda a pacientes. É uma batalha difícil, mas que pode ser vencida. A estratégia começa por uma fase de desmame. Ou seja, diminuir o consumo gradativamente. No caso dos analgésicos comuns, há duas formas de se fazer isso. Uma delas é tratar o paciente em casa. A medicação abusiva é retirada e são indicados outros medicamentos para controlar o problema de saúde que deu origem ao uso do remédio, como uma dor nas costas. Os especialistas também ensinam a usar os recursos farmacológicos para prevenir crises, o que é feito sob monitoramento. Mas há também situações em que o paciente sente enorme dificuldade de evitar os analgésicos ou tem sintomas muito intensos. “Essas pessoas poderão ser internadas por um período que vai de dez a 15 dias”, explica o neurologista Antonio Cezar Galvão, do Centro de Dor do Hospital Nove de Julho, em São Paulo. O processo todo demora, em média, de dois a três meses.

Quando a dependência é de opioides, o processo de desmame é um pouco mais complicado porque há risco de síndrome de abstinência. “Não podemos interromper subitamente o uso de opioides”, explica o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Proad. “Se isso for feito, a pessoa pode correr risco de vida. Alguns pacientes apresentam taquicardia e queda da pressão, por exemplo.” A droga mais usada para ajudar no desmame é a metadona. “Em 15 dias é feito o desmame de opioides mais fracos, como a codeína. Depois dessa fase, o paciente faz psicoterapia de apoio para não voltar a consumir o remédio”, completa o psiquiatra. Com derivados de ópio mais fortes, como a dolantina, o tratamento pode demorar mais.

Terapias complementares também ajudam. Entre elas, a acupuntura e a quiropraxia. Esta consiste em um conjunto de técnicas manuais – com ênfase na manipulação das articulações – usado para auxiliar no tratamento de desordens neuro-músculo-esqueléticas. “A técnica ajuda a devolver a mobilidade sem dor”, diz o quiropraxista carioca Lucas Rech.

O melhor remédio para prevenir o abuso, no entanto, é a informação para conscientizar as pessoas dos riscos, disse a ISTOÉ Priya Bahri, da Agência Europeia de Medicamentos (Emea). Em uma conferência recente realizada na Índia, ela mostrou que mais da metade dos meninos e meninas americanos e europeus usam analgésicos todo mês para tratar dores de cabeça. “É na adolescência que se formam os hábitos de saúde. Por isso, é necessário levar informações aos jovens para que aprendam a se proteger”, diz Bahri.

Trabalhador demitido pode usar plano de saúde empresarial por até dois anos


Fonte: O Estado de S.Paulo
Notícia publicada:26/11/2011
Autor:FERNANDA BASSETTE

Saúde. Regra atualizada pela ANS prevê que ex-empregado terá de arcar com o valor integral da parcela e contará com as mesmas coberturas; aposentados que trabalharam por mais de dez anos na empresa poderão permanecer no plano pelo tempo que quiserem.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou uma resolução que assegura aos trabalhadores demitidos sem justa causa o direito de continuarem como beneficiários do plano de saúde que tinham na empresa, com as mesmas coberturas, desde que eles já contribuíssem com parte do valor e passem a pagar o valor integral das parcelas.

Os empregados demitidos poderão permanecer no plano de saúde por um período equivalente a um terço do tempo em que foram beneficiários na empresa, respeitando-se o limite mínimo de seis meses e máximo de dois anos. No entanto, a regra não se aplica para ex-empregados que não contribuíam com o pagamento do plano de saúde.

A nova norma garante ainda o direito de os aposentados que contribuíram por mais de dez anos permanecerem no plano pelo tempo que quiserem, também com a exigência de que assumam o pagamento integral das parcelas. Quando o período for inferior a dez anos, cada ano de contribuição dará direito a um ano no plano coletivo depois da aposentadoria. As regras valerão em 90 dias.


Portabilidade.

Uma das novidades da nova regra é o direito de o demitido ou o aposentado fazerem a portabilidade do plano para outras operadoras. A portabilidade garante a mudança de plano sem cumprir carências.

Segundo Carla Soares, diretora adjunta de normas e habilitação de produtos da ANS, até agora, essas pessoas não tinham direito à portabilidade porque eram clientes de planos empresariais. Assim, quando terminava o prazo em que elas poderiam ser mantidas no plano elas teriam de adquirir um novo plano, cumprindo novas carências.

"Esse é um direito que estamos garantindo ao trabalhador, que antes não tinha essa alternativa disponível", diz Carla.

Para Rosana Chiavassa, advogada especializada em direito do consumidor e saúde, apesar da boa intenção, a portabilidade não é eficaz para aposentados. "Dificilmente eles conseguirão um plano equivalente pelo mesmo preço que pagavam no plano empresarial. Com o tempo, esses aposentados vão acabar abandonando os planos por não terem condições de pagar", diz.


Reajuste único.

Outra mudança da resolução leva em consideração a forma como é calculado o reajuste dos planos em que são mantidos os demitidos e aposentados. Isso porque a norma atual permite que as empresas contratem um plano de saúde diferente para manter a carteira de funcionários demitidos e aposentados.

Assim, a negociação de reajuste acontecia separadamente, levando em consideração o número de vidas em cada contrato, o que gerava reajustes mais altos entre aposentados/demitidos.

Segundo Carla, a nova norma muda a forma de cálculo e passa a exigir que a negociação de reajuste tenha como base todos os planos de ex-empregados na carteira da operadora - o que, em tese, diluiria os custos.

"Por exemplo: em vez de a operadora calcular o reajuste com base em 30 vidas de uma única empresa, o que pode significar um aumento muito alto, ela terá de somar todas as vidas de planos de aposentados e chegar a um valor de reajuste único. Assim, a gente dilui o risco", diz.

Para Rosana, teoricamente a ideia é boa e reduz um pouco o risco de reajuste excessivo, mas não é a forma de resolver o problema dos aposentados. "O justo e ideal seria fazer o cálculo de reajuste igual para todo mundo, independentemente se é ativo ou aposentado. Mesmo que dilua o reajuste entre vários aposentados, o valor será maior porque eles usam mais o plano", avalia.

Para o advogado Alan Skorkowski, especializado em saúde, a resolução é positiva para o consumidor. "Ela abre a possibilidade de portabilidade, que antes não existia, e ainda dilui o reajuste, melhorando a situação para pequenas e médias empresas."

Lei antifumo reduz concentração do monóxido de carbono em SP

Lei antifumo reduz concentração do monóxido de carbono em SP
Fonte: Valor Econômico
Notícia publicada:28/11/2011
Autor:Indefinido

Depois de dois anos e três meses em vigência, a Lei Antifumo, que proíbe o consumo de tabaco em ambientes fechados em todo o Estado de São Paulo, reduziu em 73% a concentração do monóxido de carbono, substância nociva produzida pelo cigarro nesses locais. Segundo o Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo, cerca de 500 mil estabelecimentos foram fiscalizados nesse período e 99,8% estão cumprindo a lei estadual. Nos ambientes parcialmente fechados a queda foi 60% e nos abertos 61%.

A queda também aparece no organismo de 600 trabalhadores. Entre os não fumantes a redução do monóxido de carbono no organismo foi 49,2% e nos não fumantes 27,2%. “A lei foi uma grande vitória da saúde pública e se isso se reproduzir no Brasil todo, certamente será bom. Atualmente pelo menos sete pessoas não fumantes morrem no país devido à exposição involuntária no ambiente”, disse a diretora do Centro de Vigilância Sanitária, Maria Cristina Megid.

A lei pode ser estendida para todo o Brasil, já que o Senado aprovou uma medida provisória que proíbe o fumo em ambientes fechados e até a existência de áreas destinadas a fumantes. A determinação valerá a partir da sanção da presidenta Dilma Rousseff.

Segundo Maria Cristina, a Lei Antifumo é aprovada por 83% dos fumantes de São Paulo, o que indica que eles aderiram voluntariamente à determinação. Entre a população, toda a nota média para a lei é de 9,2, já que 91% da população consideram a lei boa ou ótima. Quarenta e dois por cento dos fumantes passaram a fumar menos em decorrência da lei. “Teve um trabalho intenso de conscientização da população sobre os males do cigarro e da fumaça, que não é só incômoda, mas leva a riscos graves para a saúde. Levamos essa informação para a sociedade e o que percebemos é que ela passou a cobrar que o ambiente seja livre de tabaco”, afirmou Maria Cristina.

Para a diretora, a mudança de comportamento da população paulista foi o grande ganho da lei, porque passou a ser natural não haver ninguém fumando em ambiente fechado e que os cidadãos incorporaram a lei aos seus hábitos e ao que consideram um direito e um exercício da cidadania. “Se tem uma pessoa que fuma ela levanta e vai fumar lá fora. Muitos fumantes dizem que foram a lugares onde não há a lei e não conseguiram fumar em local fechado”.

Maria Cristina destacou que logo após a lei ser sancionada em maio de 2009, a grande discussão era se a lei invadia e acabava com a liberdade de escolha da população, mas aos poucos foi se revelando que não. “O que estamos fazendo é promover a saúde da população, trabalhando com a prevenção. A partir do momento em que o Estado tem a consciência de que há uma causa de doenças e mortes que podem ser evitadas é dever do Estado legislar a favor da saúde”.

Entre os proprietários de estabelecimentos, 67% disseram não ter notado diferença no movimento, 15% disseram que aumentou e 18% que diminuiu. Entre aqueles que disseram não ser difícil controlar os fumantes estão 66%, os que contrataram vigias foram 17% e 17% disseram que os fumantes são insistentes. “O tempo de permanência no ambiente também não mudou com 70% dos proprietários afirmando isso.

Técnica pode revelar consciência em paciente vegetativo


Fonte: Folha de S.Paulo
Notícia publicada:28/11/2011
Autor:Ricardo Bonalume Neto

Técnicas de imagem do cérebro, como a ressonância magnética funcional e a eletroencefalografia, permitiram que pesquisadores detectassem um estado de "alerta consciente" (uma "consciência mínima") em pacientes no estado vegetativo.

O resultado poderia indicar uma chance de recuperação, embora remota; algo capaz de trazer tanto esperança quanto angústia para parentes de um paciente.

O novo estudo foi publicado na revista médica "The Lancet". O trabalho mostrou, com uma técnica simples de eletroencefalografia, que três entre 16 pacientes diagnosticados como vegetativos mostraram esse sinal de alerta ao receber comandos verbais.

Lesões no cérebro podem afetar o nível de consciência. Um paciente em coma nem abre os olhos; já aqueles em estado vegetativo abrem os olhos e têm movimentos como virar a cabeça, mas não têm comunicação intencional nem percepção de si mesmos ou do ambiente. E as pessoas em estado minimamente consciente têm consciência flutuante.

"Determinar que alguém está em um estado minimamente consciente, e não em estado vegetativo, pode ser muito importante em termos de prognóstico. Nós sabemos que as chances de recuperação de um estado minimamente consciente são melhores do que as de um estado vegetativo", diz um dos autores, Adrian Owen, neuropsicólogo da Universidade de Ontario Ocidental.

Pacientes em coma que sobrevivem, em geral, acabam acordando e se recuperando gradualmente entre duas e quatro semanas, segundo um estudo de revisão da literatura médica assinado por Owen e mais dois colegas na "Lancet Neurology".


DECISÕES DIFÍCEIS

"Em muitos países, decisões sobre a continuação ou não do cuidado médico são raramente feitas em casos de estado minimamente consciente, são feitas com relativa frequência em casos de estado vegetativo, daí a importância do diagnóstico", diz.

Owen esteve em São Paulo para conferir palestra sobre o tema no Hospital Israelita Albert Einstein. "O encontro teve foco na aplicabilidade clínica de técnicas de imagem", diz Edson Amaro Júnior, coordenador do Instituto do Cérebro do Albert Einstein e pesquisador da USP.
"Eles têm tentado entender como obter uma informação a mais. São estudos preliminares", diz Amaro.

Esses dados estão indicando que entre 20% e 40% dos pacientes vegetativos poderiam estar em estado minimamente consciente, algo que mesmo a convivência de parentes com os pacientes já parecia indicar na prática.

Por exemplo, é comum um parente contar ao médico coisas como "hoje ele parecia estar olhando para mim", ou "ele parecia uma pedra", possíveis indicações de flutuação da consciência.

Owen e colegas fizeram testes requerendo a compreensão de dois comandos depois de ouvir um bipe: "tente imaginar que você está fechando a sua mão direita e depois relaxando-a" e "tente imaginar que está mexendo os dedões dos dois pés, depois relaxando-os".

Nenhum paciente mexeu os pés ou as mãos. Mas os cérebros de três pacientes reagiram ao comando verbal, modulando as respostas de eletroencefalografia de modo semelhante aos dos voluntários saudáveis testados como uma forma de "controle" do experimento.


AOS PARENTES

"Quanto ao que os médicos podem aconselhar aos parentes nessas circunstâncias, a resposta é que as técnicas que nós e outros estamos desenvolvendo estão aumentando as chances de que possamos chegar ao diagnóstico preciso, e aí estaremos informados sobre o provável prognóstico", afirma Owen.

As técnicas de imagem só agora estão começando a dar pistas sobre esses estados de consciência alterados.

"Nós não tínhamos nem como começar a investigar a questão, mas com a ressonância magnética funcional e eletroencefalografia podemos começar a fazer perguntas como 'eles podem experimentar emoções', 'será que sentem dor?'", conclui Owen.

Cansaço e estresse são consequências


Fonte: Folha de S.Paulo
Notícia publicada:28/11/2011
Autor:Indefinido

Mais cansaço e estresse. Sete em cada dez profissionais ouvidos pela consultoria Asap dizem que esses são os efeitos colaterais do excesso de trabalho. "Temos hoje uma geração de cansados", diz Nelson Carvalhaes Neto, médico do Fleury Medicina e Saúde.

Segundo ele, a jornada estendida por meio de tecnologias mais avançadas de comunicação é uma das reclamações dos executivos que atende: "Os facilitadores de comunicação foram uma cilada. Hoje, ninguém consegue ficar off-line".

Reportagem nesta Folha revelou que o número de pessoas afastadas pelo INSS com depressão e estresse disparou no primeiro semestre deste ano.

"O aumento nos casos de transtornos mentais e comportamentais tem relação direta com o aumento das horas trabalhadas", diz Remígio Todeschini, diretor de saúde e segurança ocupacional do Ministério da Previdência.

Anvisa recua e propõe manter sibutramina


                    Novo relatório de técnicos ainda precisa passar pela aprovação da diretoria colegiada


Lígia Formenti / Brasília e Fernanda Bassette - O Estado de S.Paulo
Depois de seis meses de debate, técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) voltaram atrás e decidiram recomendar a manutenção da sibutramina, remédio usado para emagrecimento, no mercado brasileiro.
Em relatório apresentado ontem para membros da Câmara Técnica de Medicamentos (Cateme) da agência, a equipe manteve a decisão de indicar a proibição apenas das drogas dietilpropiona, femproporex e mazindol.
O documento propõe que a sibutramina continue no mercado, desde que sejam respeitadas algumas condições: a droga não pode ser prescrita por um período superior a 60 dias, o paciente tem de ter índice de massa corpórea (IMC) acima de 30 e ele também terá de assinar um documento em que confirma estar ciente de todos os riscos.
A nova versão do relatório será apresentada para diretores da agência, a quem caberá decidir o destino dos emagrecedores no País. Pela praxe, a diretoria colegiada - formada pelos quatro diretores da Anvisa - segue a recomendação do relatório técnico.
Surpresa. Ontem, integrantes da Cateme afirmaram terem sido surpreendidos e se mostraram indignados com as novas indicações. A Cateme foi a responsável pelo primeiro relatório apresentado pela Anvisa, em fevereiro, recomendando a proibição do uso de todas essas drogas.
"Pensávamos que íamos colocar uma pá de cal nessa discussão e tirar de uma vez por todas esses medicamentos do mercado. Ficamos chocados com a proposta da equipe da Anvisa", afirmou um dos membros.
"A Cateme não concorda em nada com essa nova proposta. Uma das justificativas apresentadas para a manutenção da sibutramina foi ter mais rigor na prescrição. Mas quem vai controlar se só vão prescrever para pacientes com IMC maior do que 30?", questionou Elisaldo Carlini, também membro da Cateme.
Ontem, em votação unânime, a Cateme foi contrária ao parecer do grupo técnico. O voto será encaminhado aos diretores. "Nossa esperança é que esse posicionamento faça com que a diretoria pense duas vezes antes de acatar o parecer da equipe técnica", afirmou outro membro.
Riscos e benefícios. A equipe da Anvisa foi questionada sobre as razões da mudança de postura em relação aos emagrecedores. No início do ano, o mesmo grupo defendeu a retirada desses remédios - e a sibutramina era a vilã. O argumento era de que os riscos superavam os benefícios. Essa convicção foi mantida mesmo depois das duas audiências públicas realizadas pela Anvisa para ouvir especialistas e a sociedade.
No último encontro, em entrevista ao Estado, a chefe do Núcleo de Notificação da Anvisa, Maria Eugênia Cury, afirmara: "Nenhum argumento ouvido nos encontros trazia um fato novo que mereceria a mudança do parecer". Ontem, Maria Eugênia foi questionada sobre qual seria o fato novo. A resposta foi: "Uma decisão da equipe técnica".
O presidente da Associação Brasileira de Nutrologia, Durval Ribas Filho, considerou a vitória parcial. "É preciso esperar a decisão da diretoria colegiada da Anvisa. Mas o ideal seria que todos os remédios continuassem no mercado." Ricardo Meirelles, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia concorda. "Não é o melhor dos mundos, mas seria insensato proibirem a sibutramina", afirmou.                  

Anvisa Debate descarte de medicamentos que sobram em casa


                    Reduzir as sobras de medicamentos na casa do consumidor e dar a destinação correta aos medicamentos que não serão mais utilizados são os desafios para a Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei 12.395/10.
Nesta segunda-feira (31/10), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária realizou o programa Anvisa Debate com o tema descarte de medicamentos e debateu as propostas para implantar a logística reversa na cadeia produtiva destes produtos.
A logística reversa significa utilizar o mesmo caminho que o medicamento faz até o consumidor final para que o resíduo seja recolhido e tratado da forma correta. De acordo com a gerente de Resíduos Perigosos do Ministério do Meio Ambiente, Zilda Veloso, a cadeia produtiva do medicamento foi escolhida como prioridade, tendo em vista a importância deste tipo de produto para as questões relacionadas ao meio ambiente e à saúde. Segundo Zilda, apesar dos diferentes níveis de riscos relacionados ao descarte de medicamentos, todo resíduo de produto farmacêutico precisa ser tratado adequadamente.
Durante o debate, o diretor da Anvisa Jaime Oliveira destacou a importância da estratégia adotada para definir o modelo de logística que será implantado. Atualmente, a Anvisa e o Ministério da Saúde trabalham em um acordo setorial para que as responsabilidades sobre as sobras de medicamentos sejam compartilhadas pelos diversos envolvidos na cadeia de produção.
O acordo setorial é um dos caminhos definidos pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, que também define a divisão de responsabilidades entre os envolvidos. Ele lembrou que até mesmo o usuário terá suas responsabilidades no recolhimento de medicamentos. “O consumidor também terá que fazer sua parte, que neste caso será limitado à segregação correta do resíduo ou a entrega do medicamento em um ponto de coleta”, explica o diretor. Para Jamie Oliveira, o papel do consumidor é fundamental para que qualquer trabalho de coleta seletiva ou separação de resíduos tenha sucesso.
Para o setor produtivo, a maior preocupação é o custo que a implantação do recolhimento de resíduos de medicamentos pode ter no setor. De acordo com o presidente da Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico, Pedro Zidoi, a margem de lucro atual do varejo farmacêutico é pequena e, por isso, a proposta que será apresentada deve considerar este impacto, especialmente para os pequenos estabelecimentos.
Já a diretora da Associação da Indústria Farmacêutica, Vera Valente, acredita que, além de discutir a logística reversa para medicamentos, é importante que o setor pense em formas de reduzir a geração de resíduos para que os medicamentos não sobrem na casa do consumidor.
 
Carlos Augusto Moura – Imprensa/Anvisa

Usar remédio contra diabetes para emagrecer tem alto risco, alerta Anvisa


Em nota emitida na quinta-feira (8), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) afirma que o medicamento Victoza "não é indicado para emagrecimento" e que seu uso para "qualquer outra finalidade que não seja como antidiabético caracteriza elevado risco" para a saúde.
Remédio para diabetes não deve ser usado como emagrecedor, diz Anvisa
Lançado em 2009 na Europa, a liraglutida (substância contida no Victoza) tem sido prescrita por endocrinologistas nos últimos meses no Brasil para pessoas que querem perder peso, mas não são necessariamente portadores de diabetes tipo 2.
Mas, segundo a nota da agência, assinada por seu presidente, Dirceu Barbano, não existem estudos que "comprovem qualquer grau de eficácia" para "redução de peso e tratamento de obesidade".
Além disso, os efeitos colaterais do medicamento injetável ainda não são completamente conhecidos.
"Este produto é um medicamento novo e, embora pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos", diz a própria bula do produto, citada no texto.
Alguns dos possíveis "eventos adversos" criados pelo uso do Victoza são hipoglicemia, dores de cabeça, náusea e diarreia, diz a nota, motivada por uma reportagem publicada na última edição da revista "Veja".
"Além destes eventos destacam-se outros riscos: pancreatite [inflamação do pâncreas], desidratação e alteração da função renal e distúrbios da [glândula] tireoide, como nódulos e casos de urticária."
Há ainda um outro estudo, não finalizado, para "confirmação da segurança cardiovascular da liraglutida". A Novo Nordisk, empresa que produz o Victoza, também incluiu, em junho, a "alteração da função renal como um potencial efeito adverso" do medicamento.
Outro provável problema se refere à resposta do sistema imunológico à liraglutida --ela causa o risco de alergia, anafilaxia e "efeitos inesperados mais graves".
Lei abaixo a íntegra da nota:
 
*
"Esclarecimentos sobre o risco do uso inadequado do produto Victoza:
Em relação à reportagem intitulada "Parece Milagre", edição número 2.233 da revista VEJA, de 07/09/2001, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclarece que o Victoza é um produto "biológico". Ou seja, trata-se de uma molécula de alta complexidade, de uso injetável, contendo a substância liraglutida. O medicamento, fabricado pelo laboratório Novo Nordisk, foi aprovado pela Anvisa para comercialização no Brasil em março de 2010, com a finalidade de uso específico no tratamento de diabetes tipo 2. Portanto, seu uso não é indicado para emagrecimento.
A indicação de uso do medicamento aprovada pela Anvisa é como "adjuvante da dieta e atividade física para atingir o controle glicêmico em pacientes adultos com diabetes mellitus tipo 2, para administração uma vez ao dia como monoterapia ou como tratamento combinado com um ou mais antidiabéticos orais (metformina, sulfoniluréias ou uma tiazollidinediona), quando o tratamento anterior não proporciona um controle glicêmico adequado".
Por tratar se de um medicamento "biológico novo", o Victoza, assim como outros medicamentos dessa categoria, estão submetidos a regras específicas tanto para o registro quanto para o acompanhamento de uso após o registro durante os primeiros cinco anos de comercialização. Além disto, o produto traz a seguinte advertência no texto de bula: "este produto é um medicamento novo e, embora pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso informe seu médico."
Para o registro do produto foram apresentados os relatórios de experimentação terapêutica com estudos não clínicos e clínicos Fase I, Fase II e Fase III comprovando a eficácia e segurança do produto, para o uso específico no tratamento de diabetes tipo 2.
É importante destacar que além dos estudos apresentados para o registro, encontra-se em andamento um estudo Fase IV (pós registro) para confirmação da segurança cardiovascular da liraglutida. Os resultados deste estudo podem trazer novas informações a respeito da segurança do produto.
O laboratório fabricante já enviou à Anvisa três relatórios sobre o comportamento do produto, trata-se do documento conhecido como PSUR (Relatório Periódico de Farmacovigilância). Além disto, o Novo Nordisk decidiu incluir, em junho de 2011, em seu Plano de Minimização de Risco (PMR) a alteração da função renal como um potencial efeito adverso do uso da medicação.
Nos estudos clínicos do registro e nos relatórios apresentados à Anvisa foram relatados eventos adversos associados ao Victoza, sendo os mais frequentes: hipoglicemia, dores de cabeça, náusea e diarreia. Além destes eventos destacam-se outros riscos, tais como: pancreatite, desidratação e alteração da função renal e distúrbios da tireoide, como nódulos e casos de urticária.
Outra questão de risco associada aos produtos biológicos são as reações de imunogenicidade, que podem variar desde alergia e anafilaxia até efeitos inesperados mais graves. No caso da liraglutida a mesma apresentou um perfil de imunogenicidade aceitável para a indicação como antidiabético, o que não pode ser extrapolado para outras indicações não estudadas, por ausência de dados científicos de segurança neste caso.
Para o caso de inclusão de novas indicações terapêuticas deve-se apresentar estudo clínico Fase III comprovando a eficácia e segurança desta nova indicação.
A única indicação aprovada atualmente para o medicamento é como agente antidiabético. Não há até o momento solicitação na Anvisa por parte da empresa detentora do registro de extensão da indicação do produto para qualquer outra finalidade. Não foram apresentados à Anvisa estudos que comprovem qualquer grau de eficácia ou segurança do uso do produto Victoza para redução de peso e tratamento da obesidade.
Conclui-se pelos dados expostos acima que desde a submissão do pedido de registro a aprovação do medicamento para comercialização e uso no Brasil, a Anvisa fez uma análise extensa e criteriosa de todos os dados clínicos que sustentam a aprovação das indicações terapêuticas do produto contendo a substância liraglutida, através da comprovação de que o perfil de eficácia e segurança do produto é aceitável para indicação terapêutica como antidiabético.
A Anvisa não reconhece a indicação do Victoza para qualquer utilização terapêutica diferente da aprovada e afirma que o uso do produto para qualquer outra finalidade que não seja como anti-diabético caracteriza elevado risco sanitário para a saúde da população."
Fonte: Folha.com

Brasil começa a produzir remédio contra mal de Parkinson


                    O Brasil estará produzindo, dentro de cinco anos, toda a quantidade do medicamento pramipexol necessária para o tratamento do mal de Parkinson no país. A produção nacional do remédio, apontado como a primeira escolha no tratamento da doença, será feita pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
Acordo assinado na quinta-feira (3), no Rio de Janeiro, deu início à transferência da tecnologia para a produção do remédio que será repassada pelo laboratório alemão Boehringer Ingelheim a técnicos do Farmanguinhos (Instituto de Tecnologia em Fármacos).
O Farmanguinhos é a unidade técnico-científica da Fiocruz considerada o maior laboratório farmacêutico oficial vinculado ao Ministério da Saúde. A partir de 2015, a Fiocruz passa a responder por 50% do pramipexol produzido e consumido no país.
"[O pramipexol] é, hoje, o principal tratamento [para o mal de Parkinson] e, para nós, do ponto de vista da produção, tem ainda uma atração tecnológica: com nosso aprendizado, essa tecnologia vai permitir que Farmanguinhos incorpore outros medicamentos relacionados aos males do sistema nervoso central no futuro", explicou o diretor do Instituto Farmanguinhos, Hayne Felipe da Silva
Em 2017, toda a produção do medicamento consumido pelos brasileiros será nacional. A nacionalização da tecnologia do medicamento significa economia e maior controle sobre a demanda. Anualmente, são gastos cerca de R$ 40 milhões na aquisição desse remédio no mercado internacional para a distribuição em toda a rede pública de saúde brasileira.
"Tem o lado da soberania do país, enquanto fornecedor de um medicamento importante. E também possibilita a ampliação de acesso porque você reduz custo. A parceria permitirá uma redução de aproximadamente 5% do valor despendido hoje pelo Ministério da Saúde, que poderá ampliar o acesso", acrescentou Silva.
O pramipexol é um dos medicamentos mais usados no tratamento do mal de Parkinson, doença que afeta quase 200 mil brasileiros com mais de 60 anos, segundo estimativas da Associação Brasil Parkinson. O medicamento age como a dopamina (neurotransmissor cuja produção decai no doente de Parkinson pela morte dos neurônios que o produzem) e vem apresentando bons resultados, segundo especialistas, tanto na fase avançada, associado a outras substâncias, quanto na fase inicial do tratamento, protegendo o cérebro contra algumas complicações tardias do tratamento com levodopa ou retardando o aparecimento dessas complicações.
O mal de Parkinson é uma doença degenerativa, crônica e progressiva, que atinge, principalmente, a população idosa, provocando tremor, rigidez muscular, diminuição da velocidade dos movimentos e afetando o equilíbrio físico do doente. A doença também pode provocar problemas de sono, depressão e dificuldades da fala.
Fonte: Folha de São Paulo                   

domingo, 27 de novembro de 2011

Sucoterapia: sem risco de doenças

ABACATE
Diminui a acne

Receita cicatrizante:
bata, no liquidificador
1 copo (200 ml) de extrato de soja (em forma líquida e não em pó)
2 colheres (sopa) de polpa de abacate
1 colher (sopa) de farelo de trigo
1 colher (chá) de mel e alguns cubos de gelo
Beba 1 copo (250 ml), duas vezes por semana.
Por que: O abacate é fonte de ácido pantatênico e vitamina B5, duas substâncias importantes para o equilíbrio dos ácidos graxos e dos hormônios sexuais, que têm tudo a ver com a acne. Os componentes bioativos da fruta aceleram o processo de cicatrização, melhorando sua aparência.
Combinação esperta: a soja é outro aliado indispensável de quem quer manter a pele bonita. Ela favorece a síntese de colágeno e de ácido hialurônico, o que proporciona mais firmeza e elasticidade. As isoflavonas também ajudam a retardam os sinais do envelhecimento.
COUVE
Turbina a perda de peso

Receita antioxidante:
bata, no liquidificador
1 cenoura,
1 folha de couve,
1 talo de agrião,
1 pepino,
1 maçã, gengibre e hortelã a gosto e cubos de gelo
Consuma 1 copo (250 ml), todos os dias.
Por que: O vegetal é antioxidante, rico em fibras que turbinam o funcionamento do intestino e ainda é pobre em calorias.
Combinação esperta: o gengibre dá um sabor todo especial a qualquer tipo de suco e deve ser usado especialmente por quem deseja emagrecer. Ele é conhecido como alimento termogênico, que acelera o funcionamento do metabolismo, favorecendo, como consequência, a queima de gorduras.
AMEIXA-PRETA
Afasta e trata a prisão de ventre

Receita pró-beleza:
bata, no liquidificador a polpa de
3 laranjas com bagaço
4 ameixas-pretas
1/2 mamão papaia
1/2 colher (sopa) de linhaça dourada
1/2 colher (sopa) de farelo de aveia
1/2 pera e cubos de gelo
Consuma 1 copo (250 ml), todos os dias.
Por que: rica em fibras, tem poder laxante. "Em consequência do bom funcionamento intestinal, todo organismo passa a funcionar melhor e a pele fica muito mais lisinha e bonita", garante a nutricionista Giovanna.
Combinação esperta: frutas e cereais integrais, como a laranja, o mamão, a linhaça e a aveia, vão turbinar o efeito da ameixa no organismo, ajudando a corrigir o ritmo de funcionamento do intestino quase que instantaneamente.
fotos Danilo Tanaka
MELÃO ORANGE
Combate a retenção de líquidos e o inchaço

Receita diurética:
bata, no liquidificador a polpa de
suco de 1 lima-da-pérsia inteiras
1 xícara (chá) de melão orange picado
1 xícara de chá de cavalinha
1 colher (chá) de mel e cubos de gelo
Consuma 1 copo (250 ml), três vezes por semana.
Por que: "O melão funciona como um excelente diurético, além de ser boa fonte de vitaminas A, C e do complexo B e de minerais como o ferro, cálcio e o fósforo", diz a nutricionista funcional e personal diet Luciana Harfenist.
Combinação esperta: a cavalinha é uma erva fitoterápica que pode ser usada como ingrediente especial de um suco de melão. "Ela fornece boas quantidades de silício e potássio, o que potencializa o efeito diurético do suco. O silício também auxilia na saúde da pele", esclarece Paula Gandin.

Sucoterapia: sem risco de doenças

Para aproveitar só os benefícios das frutas, verduras e legumes, o cuidado com a procedência deles é fundamental. Prefira os orgânicos, vendidos por empresas certificadas, em que você confie

fotos Danilo Tanaka

AGRIÃO
Ajuda nas terapias de recuperação

Receita antianemia:
bata, no liquidificador a polpa de
2 tangerinas com bagaço
50 ml de água
1 colher (sopa) cheia de agrião fresco
1 colher (chá) de mel e cubos de gelo
Consuma 1 copo (250 ml), todos os dias.
Por que: "O agrião é uma fonte importante de ferro, assim como outros vegetais verdes-escuro. Também oferece boa quantidade de vitamina C. Em conjunto, esses dois nutrientes atuam na prevenção e tratamento da anemia por carência de ferro e ácido fólico", explica a nutricionista funcional Cristina dos Santos Martins.
Combinação esperta: frutas cítricas, como a tangerina, vão oferecer uma dose extra de vitamina C. E o nutriente é reconhecido justamente por favorecer a absorção do ferro proveniente da alimentação.
MAÇÃ
Restabelece a flora gástrica

Receita anti-inflamatória:
bata, no liquidificador
200 ml de água
3 maçãs com casca
1 colher (chá) de mel
1 lasca de gengibre e cubos de gelo
Consuma 1 copo (250 ml), todos os dias.
Por que: "A fruta é um alimento imprescindível na recuperação da flora intestinal e no tratamento da disbiose, uma alteração gastrointestinal bastante comum, beneficiando inclusive quem toma antibióticos. Contém polifenóis, vitamina C, ácido málico e tartárico, funcionando como antifúngico natural. Além disso, as fibras solúveis provenientes da pectina, que estão na casca da fruta, favorecem o bom funcionamento do intestino", explica Cristina dos Santos Martins.
Combinação esperta: o gengibre também é digestivo e possui ação antiinflamatória. "Ele funciona como um antiemético natural, e ajuda a combater os enjoos e o mal-estar", explica Paula Gandin.
Os vegetais, em geral, são ricos em vitaminas, minerais, fibras e substâncias que chamamos de compostos bioativos, que ajudam o organismo a se manter em equilíbrio
GOIABA
Alivia a dor de cabeça

fotos Danilo Tanaka
Receita anticefaleia:
bata, no liquidificador a polpa de
2 goiabas bem maduras
200 ml de água
1 colher (chá) de mel e cubos de gelo
Consuma 1 copo (250 ml), todos os dias.
Por que: "A goiaba se destaca como uma das frutas com maior potencial antioxidante. Tem compostos fenólicos, vitamina C e licopeno, substâncias que promovem uma verdadeira faxina no organismo. O resultado dessa limpeza por dentro é a sensação de bem-estar e o alívio da dor", explica a nutricionista Cristina.
Combinação esperta: o mel, quando adicionado a qualquer tipo de suco feito com vegetais, ajuda a tornar a bebida mais atrativa ao paladar. O açúcar que contém é outro trunfo, desde que usado em quantidades moderadas. Ele pode ajudar a acalmar, aplacando o estresse que potencializa as dores, incluindo as cefaleias.

Sucoterapia: sem risco de doenças-10 receitas poderosas

Frutas e vegetais: tire proveito de bebidas funcionais que tratam alergias, dor de cabeça e até acne. De quebra, os sucos servem para acelerar a perda de peso. Confira!

por Rita Trevisan | fotos Danilo Tanaka | produção Janaina Resende

E se você adorou a ideia de investir nos sucos funcionais, aí vão algumas receitas selecionadas. Elas contam com as propriedades nutricionais de alguns vegetais que, incorporados à alimentação, ajudam a tratar problemas bem específicos.
UVA
Previne complicações cardiovasculares

Receita pro-coração:
bata, no liquidificador
200 ml de suco de uva integral
50 ml de água
1/2 colher (café) de açafrão em pó
1 colher (chá) de mel e cubos de gelo
Consuma 1 copo (250 ml), todos os dias.
Por que: "A uva contém resveratrol, um potente antioxidante, que age capturando os radicais livres do organismo, evitando a destruição das células e a oxidação da fração LDL do colesterol (ou colesterol ruim). A consequência direta é a diminuição do risco de problemas de coração", garante a nutricionista Cínthia Perine.
Combinação esperta: o açafrão pode ser adicionado ao suco de uva, uma vez que a fruta disfarça bem o sabor do tempero. "O açafrão possui curcumina, substância com inúmeras propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, que potencializam a ação da uva", diz Cínthia.
fotos Danilo Tanaka
LARANJA-PERA
Evita e controla as alergias

Receita pró-sistema imunológico:
bata, no liquidificador
100 ml de suco de laranja
1 banana
1 colher (sopa) de gergelim
1 colher (chá) de mel e cubos de gelo
Consuma 1 copo (250 ml), todos os dias.
Por que: "A laranja contém muita vitamina C, um dos nutrientes mais importantes para o sistema imunológico. Ela favorece a síntese de interferon, proteína responsável pela proteção do organismo, e ainda aumenta a mobilidade das células de defesa", diz Cristina.
Combinação esperta: o gergelim, como toda semente, possui alta concentração de fibras, favorecendo o bom funcionamento intestinal. Como consequência, o organismo acaba se depurando das substâncias que estão lhe fazendo mal com mais rapidez.
fotos Danilo Tanaka
YACON
Auxilia na função intestinal

Receita laxante:
bata, no liquidificador
3 laranjas com bagaço
1/2 unidade grande de yacon
1/4 de mamão
1 colher (chá) de mel e cubos de gelo
Consuma 1 copo (250 ml), todos os dias.
Por que: "O yacon é uma raiz rica em compostos fibrosos conhecidos como frutooligossacarídeos, que melhoram muito a função intestinal", diz Cínthia. A raiz se parece muito com uma batata e é facilmente encontrada em feiras livres e grandes sacolões.
Combinação esperta: o mamão e a laranja já são reconhecidos por suas propriedades laxantes. Por isso mesmo, podem ajudar a evitar a constipação e mesmo a ocorrência de hemorroida.

Sucoterapia: sem risco de doenças

Frutas e vegetais: tire proveito de bebidas funcionais que tratam alergias, dor de cabeça e até acne. De quebra, os sucos servem para acelerar a perda de peso. Confira!

por Rita Trevisan | fotos Danilo Tanaka | produção Janaina Resende
fotos Danilo Tanaka
O que uma maçã docinha, uma goiaba suculenta e um melão cheinho de caldo têm em comum, além da sensação agradável que proporciona ao paladar, logo na primeira mordida? Todos eles são ingredientes de sucos pra lá de saudáveis, que funcionam como coadjuvantes no tratamento de diversas doenças. Bebidas saborosas, fáceis de fazer e sem contraindicações, "Os vegetais, em geral, são ricos em vitaminas, minerais, fibras e substâncias que chamamos de compostos bioativos, que ajudam o organismo a se manter em equilíbrio, minimizando o risco de problemas de saúde, incluindo as doenças crônicas não transmissíveis, como o colesterol alto, o diabetes tipo 2 e a hipertensão", afirma a nutricionista Mariana Corrêa de Almeida, do Laboratório Panizza. Porém, tanto quanto no tratamento com medicamentos convencionais, a terapia à base de vegetais precisa ser levada a sério. É importante destacar que a ingestão desses alimentos deve ser habitual para que se tenha sucesso na prevenção ou tratamento de doenças. Eles precisam ser incorporados à alimentação rotineira, e uma forma de fazer isso é consumi-los em forma de sucos. Os sucos que reúnem mais de uma fruta, verdura ou legume em sua composição, são uma alternativa para quem não tem tempo de fazer várias refeições ao dia ou tem dificuldade de colocar esses alimentos no prato, respeitando a dose recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de cinco porções.
Quando o consumo dos sucos vira uma constante, fica fácil, fácil zerar essa necessidade diária. Para aproveitar só os benefícios das frutas, verduras e legumes, o cuidado com a procedência deles é fundamental. Se puder, fique com os orgânicos, vendidos por empresas certificadas, em que você confie. "Esses vegetais são cultivados sem agrotóxicos, e, por isso são ricos em nutrientes, compostos bioativos e têm sabor mais acentuado e agradável", garante Mariana. Além disso, quanto mais fresco, melhor. "Quanto mais tempo o alimento permanecer estocado, menor a quantidade de nutrientes. Isso porque muitas vitaminas importantes para a saúde são sensíveis à luz e ao calor", alerta a nutricionista Rita de Cássia Leite Novais (SP). Outro ponto importante, para colher apenas as vantagens desses alimentos, é higienizá-los bem antes do consumo. "O ideal é lavar em água corrente usando uma escovinha ou uma esponja limpa", ensina a nutricionista Giovanna Arcuri. Depois, deixe de molho em substância clorada por pelo menos 15 minutos e enxágue muito bem antes de usar.
Na hora de preparar o suco, tanto faz usar um liquidificador ou uma centrífuga. O importante mesmo é consumi-lo logo após o preparo. "Assim, a perda de nutrientes é mínima", diz a nutricionista Paula Gandin. E não coe os sucos. "As fibras vão melhorar o trânsito intestinal, o que favorece a eliminação de toxinas mais rapidamente, beneficiando a saúde em geral. Além disso, as fibras aumentam a sensação de saciedade, o que é bom para quem quer evitar beliscar nos intervalos entre as refeições, pois tem o objetivo de perder peso", diz. Sementes, em geral, devem ser descartadas. "Elas podem deixar o suco com um gosto amargo como os da laranja, da mexerica, entre outros.
E vale lembrar: embora sejam fontes de açúcares, carboidratos e até gorduras (como o abacate), é bem pouco provável que o consumo de frutas in natura ou na forma de sucos desequilibre o seu regime. "Os verdadeiros vilões são o açúcar adicionado ao suco, os doces em geral, o pão francês, as carnes gordas, os cremes e os queijos amarelos. Eles pesam mais na balança do que os vegetais", pondera Mariana. E até mesmo os diabéticos podem se beneficiar da terapia: "A recomendação é que mesmo essas pessoas que precisam restringir o açúcar consumam ao menos três porções de frutas por dia".
Na hora de preparar o suco, tanto faz usar um liquidificador ou uma centrífuga. O importante mesmo é consumi-lo logo após o preparo
Ingredientes chave aguçam o sabor
Para proporcionar uma experiência cada vez mais agradável ao paladar e evitar que o gosto dos sucos, consumidos rotineiramente, chegue a enjoar, a melhor pedida é investir em alguns ingredientes-chave, que modificam o sabor e o aroma, sem interferir nas propriedades funcionais da bebida. "A hortelã, a cidreira ou capim limão e a flor de hibisco são exemplos de ervas que podem ser adicionadas aos sucos", indica a nutricionista Paula Gandin. Canela, cravo e raspas de limão também ajudam a alterar o sabor, aguçando o paladar. Para adoçar, em vez do mel, também vale o açúcar mascavo. "Com o tempo, procure adoçar cada vez menos, para descobrir o sabor natural dos alimentos e de suas combinações. Essa exploração sensorial também pode ser muito agradável", garante a especialista.

ESPECIAL 30 ANOS DE VARGEM GRANDE PAULISTA


Trinta primaveras se passaram e o que temos para comemorar?

Como qualquer cidade, Vargem Gde. Pta. nasceu, cresceu e continua sua trajetória em meio a acertos e erros, derrotas e vitórias.

Como cidadão interessado no desenvolvimento sustentável da região e na conscientização e reeducação da população e em um trabalho de educação das crianças, principalmente nas áreas da saúde e meio ambiente, encontro-me na obrigação de alertar para o que está acontecendo em nossa cidade.

Refiro-me a sujeira, a falta de educação e ao descaso com relação aos constantes descartes de todo tipo de lixo, que vergonhosamente encontramos pela cidade. Áreas verdes seja no bairro, centro ou beirando a rodovia, estão servindo de deposito de lixo para meia dúzia de inconcequentes, que para se livrarem de seu lixo acham-se no direito de cometerem tal absurdo.

É uma vergonha alguém que se diz "cidadão" ou "administrador" de alguma cidade agir ou ser conivente, sim conivente, pois todos sabem que eles (o lixo) existem, ter esse tipo de atitude.

Convivemos com pessoas que por pura ignorância destroem a vegetação, terra e água essencial para sua existência, transformam a cidade em um lixão a céu aberto, oferecendo ainda condições para proliferação de doenças que iram afetar a sua saúde e de sua família.

E o que dizer das atitudes, ou não, dos que administram. Infelizmente não conseguem equacionar um planejamento ambientalmente correto, sustentável.Preferem continuar adotando uma politica de "crescimento arrecadatório",e ações na sua maioria irrelevantes.

Precisamos de ações "consistentes e responsáveis" ou seja: planejamento a curto, médio e longo prazo, arrecadação, destinação, desenvolvimento, administração, e ação continua e educativa ambientalmente, socialmente e economicamente sustentáveis, focados em um todo e para um todo.

A população tem que se concientizar e mudar suas atitudes pois da forma que estão agindo, alem dos prejuizos ambientais,perdem forças ao reenvidicarem seus direitos junto á prefeitura,tornando tudo ainda muito mais dificil.

Temos certeza que a população de Vargem Grande Paulista quer estar vivendo no futuro, em uma cicade limpa, cercada de muita natureza e próspera.Vamos fazer a nossa parte, e cobrar das autoridades condições para que possamos melhorar cada vez mais.

"O QUE DETERMINA QUEM SOMOS E ONDE IREMOS CHEGAR, SÃO NOSSAS ATITUDES" Fonte:Fernando Lei

OBESIDADE INFANTIL-RESPONSSABILIDADE DE TODA A FAMILIA

Foi-se o tempo que bebe fofinho e criança gordinha eram sinônimos de saúde.
Hoje o cenário é diferente.
A obesidade é uma das doenças que mais crescem no mundo. Em 2010 eram 300 milhões de crianças obesas Portanto GORDURA NÃO É SINÔNIMO DE SAÚDE.
De forma geral, até os dois anos, as mães tem controle sobre a alimentação dos filhos. O problema começa quando elas crescem e começam a ser influenciadas pelas propagandas de produtos que não contribuem em nada para a sua saúde, mas que infelizmente são mais acessíveis e baratos que os produtos saudáveis, estimulando assim o seu consumo.
A partir dos oitos anos a criança pode, caso já apresente um quadro de sobrepeso, usar a comida como válvula de escape diante das agressões verbais que costuma receber por conta de sua condição física. Come não para alimentar o físico e sim o emocional, que tende a ser frágil.
Durante seu crescimento os pais pregão a ideia de que devem comer bastante para ficarem forte, ou se comer tudo irá ganhar a sobremesa.
Um grande erro. Os pais tem que respeitar os limites de seus filhos. Desta forma eles irão desenvolver o seu ponto real de saciedade.
A família é fundamental neste processo. Se uma criança vive em um ambiente onde comem de forma descontrolada, sem horário e lugar correto, rápido, em frente à televisão, com frituras, refrigerantes, salgadinhos, fast foods, bolachas recheadas, guloseimas fora de hora e sem atividade física, inevitavelmente  desenvolvera um quadro de obesidade.
Os prejuízos são enormes. Além do impacto na autoestima, temos os problemas ortopédicos, infecções respiratórias e de pele, de excesso de gordura no fígado, apneia, colesterol alto, diabetes, problemas cardíacos, entre outras.
A família deve estipular horários e lugares corretos, limpos e calmos. Oferecer opções saudáveis de alimento como  frutas, verduras, legumes, sucos naturais (sem açúcar), pão integral, linhaça e água.
Após as refeições estimule os pequenos a movimentarem-se para fazer a digestão e incentive a pratica de atividade física.
Agindo desta forma, você poderá de maneira “controlada” deixar que elas degustem as desejadas guloseimas.
É importante que a reeducação alimentar envolva toda a família, e se for necessário que tenha o acompanhamento de um psicólogo, para que a criança gordinha venha a ser um adulto saudável e feliz.
Fernando Lei Proficional e militante na área da saúde, meio ambiente e cultura. E mail-sifer.lei@hotmail.com /Blog-maeterra- Fernando. blogspot.com

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Secretaria da Saúde lança campanha Fique Sabendo

Secretaria da Saúde lança campanha Fique Sabendo
A Secretaria da Saúde lançou nesta quinta-feira (24/11) a campanha “Fique Sabendo”, uma mobilização de incentivo ao teste espontâneo de AIDS, na Policlínica de Especialidades. O evento contou com a participação e adesão do secretário da saúde Moisezinho e do adjunto Toninho Melo. A campanha permanece até o dia 1º de dezembro nas unidades de Caucaia do Alto, Atalaia, Policlínica de Especialidades, ASSA e Santa Ângela, de segunda a sexta, das 8h às 16h.
A coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Juliana Canassa, e a coordenadora da campanha Fique Sabendo informaram aos presentes a importância da realização do teste espontâneo de HIV, as vantagens do diagnóstico precoce e principalmente o acesso ao atendimento especializado.
Este é o quarto ano consecutivo que a campanha Fique Sabendo acontece em Cotia. Para este ano, a Secretaria da Saúde ampliou o número de unidades onde o teste está disponível, capacitou profissionais para a realização do TRD – Teste de Rápido Diagnóstico, e pretende atingir a população que tenha vivenciado uma situação de vulnerabilidade, como por exemplo, relação sem o uso de preservativo.
Durante o procedimento as pessoas interessadas são atendidas por profissionais orientados e preparados para realizar a abordagem, pré- aconselhamento, exame e pós –aconselhamento- momento em que as pessoas são informadas sobre o resultado. Diante de um resultado positivo, o paciente será imediatamente orientado e inserido no serviço de atendimento especializado.
Além de prestigiar o lançamento da Campanha Fique Sabendo, o vice-prefeito e Secretário da Saúde Moisés Cabrera juntamente com o Secretário Adjunto Toninho Melo aderiram a campanha e realizam o teste de rápido diagnóstico na unidade.
Compareceram ao evento o vice-prefeito e Secretário da Saúde Moisés Cabrera, o secretário-adjunto da Saúde Antonio Melo, a Secretária da Mulher Ângela Maluf, o líder religioso Bispo Sidney e profissionais de diversos setores da Secretaria da Saúde.

VIVER SEM LIMITE

Saúde da Pessoa com Deficiência terá R$ 1,4 bilhão

Ações do Ministério da Saúde fazem parte do plano Viver sem limite lançado hoje pela presidenta Dilma Rousseff que beneficiará 45 milhões de brasileiros.
Saiba mais sobre as ações de Saúde
Informações gerais do plano Viver sem Limite
O Ministério da Saúde é um dos 15 órgãos envolvidos nas ações do Viver Sem Limite – Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, lançado nesta quinta-feira (17) pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto.
O programa, coordenado pela Secretaria de Direitos Humanos, visa a atender os cerca de 45 milhões de brasileiros - 23,9% da população - que possuem algum tipo de deficiência.“É preciso que olhemos para as pessoas com deficiência de outro modo, fortalecendo o seu protagonismo, promovendo a sua autonomia e eliminando barreiras”, disse, emocionada, a presidenta Dilma.
Por meio de ações estratégicas em educação, saúde, inclusão social e acessibilidade, o Plano tem o objetivo de promover a cidadania e o fortalecimento da participação da pessoa com deficiência na sociedade, promovendo sua autonomia, eliminando barreiras e permitindo o acesso e o usufruto, em bases iguais, aos bens e serviços disponíveis a toda a população.
Para garantir o cumprimento eficaz das propostas, o ministro Alexandre Padilha assinou ontem portaria que institui o Comitê Nacional de Assessoramento e Apoio às Ações de Saúde do Plano Nacional para Pessoas com Deficiência. A portaria foi publicada hoje no Diário Oficial da União.
Com investimento de R$ 1,4 bilhão, de um total de R$ 7,6 bilhões, o eixo da saúde ampliará ações de prevenção às deficiências, criação de um sistema nacional para o monitoramento e a busca ativa da triagem neonatal, com um maior número de exames no Teste do Pezinho.
O ministério também está estruturando a Rede de Atenção à Saúde da Pessoa com DeficiênciaSUS, que será um conjunto de serviços, ações e estratégias de saúde com o objetivo de garantir a assistência integral a toda população que necessita deste tipo de atendimento.
"Pela primeira vez uma rede desse porte é estruturada. Queremos que todos os estados tenham um centro de referência com os quatro atendimentos específicos (visual, física, intelectual e auditiva) para as pessoas com deficiência. Por isso, fizemos parceria com os centros de excelência e reabilitação", afirmou o ministro Padilha.
A rede de reabilitação do SUS é composta por diversos serviços especializados em deficiência física, visual, auditiva e intelectual, oficinas ortopédicas, unidades básicas de saúde e hospitais, voltados para o enfrentamento de problemas das pessoas com deficiência.
Dentro dessa rede, estão os Centros Especializados de Reabilitação (CER), que serão implantados a partir de 2012. Os CERs são serviços que agregam tecnologia para atender às várias modalidades de cuidado específicas para os diferentes tipos de deficiência, com qualidade e efetividade no cuidado.
Até 2012, está prevista a criação de 45 novos CER, bem como a qualificação dos serviços já existentes. Para facilitar o acesso da pessoa com deficiência aos locais de reabilitação, serão distribuídos 88 veículos adaptados para o transporte de pessoas com deficiência.
Do valor investido pelo Ministério da Saúde, R$ 949 milhões serão destinados ao fornecimento de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção, procedimentos de manutenção e materiais especiais.O valor será investido no período de 2012 e 2014.
Inédito no SUS, o investimento na manutenção das órteses e próteses permitirá aos usuários constante conservação do material. Além disso, o ministério promoverá, a cada dois anos, a atualização da lista de itens oferecidos para evitar sua defasagem do material oferecido.
Cadeiras de rodas –Visando a melhor qualidade de vida dos mais de 75 mil cadeirantes no Brasil, o Ministério da Saúde pretende adaptar as cadeiras de rodas dos mais de 75 mil brasileiros a partir do ano que vem. A medida terá um investimento de R$ 42,5 milhões.
O Ministério da Saúde e a AACD, por meio de parceria e cooperação técnica, realizam a concessão e adaptação de cadeira de rodas a 3.891 pessoas que hoje estão em fila de espera da instituição. Destas, 3.736 terão adaptação convencional e 155, adaptação digital. Isto significa um investimento de aproximadamente R$ 5 milhões ainda neste ano.
As cadeiras adaptadas auxiliam na manutenção da postura desses pacientes, minimizando o estresse ósseo e dos tecidos moles, garantindo maior conforto pela maior distribuição da área de contato. Corrigindo a postura, previnem-se deformidades, contraturas, lesões de pele (como as úlceras de decúbito). Há melhora também nas condições de acessibilidade, transporte e mobilidade dos deficientes, de forma dependente ou independente.
Haverá ainda expressivo fortalecimento das ações de habilitação e reabilitação, atendimento odontológico, ampliação das redes de produção e acesso a órtese e prótese. Também terão reforço as ações clínicas e terapêuticas, com a elaboração e publicação de protocolos e diretrizes de várias patologias associadas à deficiência.
Comitê – O Comitê Nacional de Assessoramento e Apoio às Ações de Saúde do Plano Nacional de para Pessoas com Deficiência estabelecerá os padrões de qualidade dos serviços, definirá os critérios de organização e funcionamento, apoiará sua qualificação e a capacitação de seus profissionais. O Comitê será formado por representantes das secretarias do Ministério da Saúde, seus órgãos vinculados, além de instituições em excelência
Fonte:Portal saúde

Educar para prevenir é o tema da campanha mundial

 

Na segunda-feira (14), é lembrado o Dia Mundial do Diabetes. Ministério da Saúde vem reforçando ações de prevenção e cuidados aos pacientes
Na segunda-feira (14), é lembrado o Dia Mundial do Diabetes. Prevenção e Educação são os focos da campanha mundial, que segue até 2013, definida pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) - entidade vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS). Desde o último dia 7 de novembro, estão acontecendo atividades por todo país para reforçar a data e informar a população sobre importância da prevenção.
Segundo a OMS e a IDF, o Brasil passará da 8ª posição do ranking mundial de portadores do diabetes para a 6ª posição em 2030.A pesquisa Vigitel, inquérito por telefone do Ministério da Saúde, publicada neste ano, verificou 6,3% da população igual ou maior de 18 anos possui diabetes. Isso representa cerca de 8,3 milhões de pessoas. A pasta estima que outras 3 milhões de pessoas desconhecem serem portadores da diabetes.
Nas próximas duas décadas, os novos casos de diabetes vão crescer 54% no mundo, segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS ). Em 2030, haverá 438 milhões de diabéticos no planeta. Nas Américas Central e do Sul, o crescimento será ainda mais acentuado (65%). Isso significa que quase 30 milhões de pessoas terão a doença em nosso continente.
O Ministério da Saúde atento a essa epidemia mundial, vem enfatizando as ações integradas para prevenção e o cuidado das pessoas com diabetes e hipertensão arterial. O balanço divulgado nesta sexta-feira (11), aponta que o total de diabéticos e hipertensos beneficiados pela ação Saúde Não Tem Preço chegou a quase 3 milhões, número quatro vezes maior do que em janeiro, quando 843 mil diabéticos e hipertensos foram atendidos. A Região Norte apresentou maior crescimento do País no número de beneficiados: 763% de janeiro a outubro.
Ainda, foi lançado, no último mês de agosto, o Plano de Ações de Enfrentamento às Doenças Crônicas Não Transmissíveis/2011-2022, que define ações e recursos para o enfrentamento dessas enfermidades nos próximos dez anos. Além disso, o governo federal está implementando em todo o país as Academias de Saúde, para promover práticas de uma vida saudável. A pasta também está incentivando a prevenção e na orientação da população por meio da Atenção Básica, com o “Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica” (PMAQ), que estabelece metas para que assistência para as equipes de saúde.
A mais recentemente a estratégia é o Melhor em Casa, que tem como objetivo de levar, no Sistema Único de Saúde (SUS), atendimento domiciliar aos brasileiros. “Essa estratégia vem atender, dentre outros, os pacientes crônicos com uma assistência multiprofissional gratuita em seus lares. São pessoas que possuem o chamado Pé Diabético, por exemplo, que agora serão atendidas em casa, no seio de sua família”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Campanha – 2011 é o terceiro ano da campanha “Diabetes: Educar Para Prevenir”, escolhida para o período 2009-2013. No mundo, estima-se que existem atuamente 300 milhões de pacientes. Com a primeira Reunião Geral das Nações Unidas que abordou as Doenças Silenciosas, em setembro, o Dia Mundial do Diabetes foi fortalecido nessa agenda internacional de combate às doenças Crônicas Não Transmissíveis. Em dezembro, ocorre em Dubai (Emirados Árabes, o Diabetes World Congress.
fonte:Portal da saúde

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Ibogaína: droga usada para curar a dependência


Fonte: Gazeta do Povo - Curitiba
Notícia publicada:05/06/2011
Autor:Gabriel Azevedo

Tratamento é feito com uma dose de substância extraída da raiz de uma planta africana. Medicamento não é regulamentado pela Anvisa.
Diogo Nascimento Busse, 28 anos, era usuário de crack. Durante 13 anos, a vida dele foi semelhante à de outros usuários: passava dias fora de casa, perdeu amigos, namoradas, oportunidades. Tentou inúmeros tratamentos psiquiátricos, psicológicos, medicamentos e internações. Nada deu resultado. Sem saída, mas com esperança de largar a dependência, há dois anos e meio, a curiosidade empurrou Busse para uma substância pouco conhecida no Brasil: a ibogaína.

Substância extraída da raiz da iboga, arbusto encontrado em países africanos, a ibogaína é usada para fins terapêuticos no país há dez anos, por uma única clínica, com sede em Curitiba. Nesse período, 130 usuários de drogas usaram o medicamento, Diogo foi um deles. Há dois anos e meio livre do crack, o advogado e professor universitário conta como foi a experiência. “Foi um renascimento. Foi uma viagem espiritual, de autoconhecimento, expandiu meus horizontes. É inexplicável. Hoje eu analiso o passado e não tenho lembranças positivas daquele tempo”, diz.

De acordo com o médico gastroenterologista da clínica Bruno Daniel Rasmussen Chaves, a ibogaína produz uma grande quantidade do hormônio GDNF, que estimula a criação de conexões neuronais, o que ajuda o paciente a perder a vontade de usar drogas. A ibogaína, segundo ele, também produz serotonina e dopamina, neurotransmissores responsáveis pelas sensações de prazer. A droga é processada na Inglaterra e vendida em forma de cápsulas. O preço de uma unidade, quantidade suficiente para o tratamento, gira em torno de R$ 5 mil.
As imagens que as pessoas enxergam enquanto estão sob o efeito da droga, segundo o médico, são sonhos. “Não se trata de alucinações, a ibogaína não é alucinógena. É como sonhar de olhos abertos, só que durante muito tempo. Durante o sono temos apenas cinco minutos de sonhos a cada duas horas. Com a ibogaína são 12 horas”, explica Chaves.

Não é um milagre

Mesmo que os resultados sejam animadores – a taxa de recaída entre os usuários da ibogaína gira em torno de 15%, enquanto nos tratamentos convencionais varia entre 60% e 70% – a substância não é um milagre e nem faz tudo sozinha. De acordo com a psicóloga Cleuza Canan, que há mais de 30 anos trabalha com dependência química, os pacientes passam por três fases. “Avaliamos clinicamente e psiquicamente o paciente. Existe uma fase de desintoxicação. São necessários 60 dias de abstinência para o paciente ir para a ibogaína. Depois que ele toma, começa uma fase que consiste na reorganização e readaptação, com terapia individual e de grupo”, afirma.

A reportagem Gazeta do Povo conversou com ex-usuários de drogas que recorreram à ibogaína. Eles foram unânimes em afirmar que, depois de tomar a substância, nunca mais tiveram vontade de se drogar. “Eu nunca mais tive vontade. Aquela fissura desapareceu. A droga é apenas uma lembrança, nada mais que isso”, diz um paciente que não quis se identificar. Segundo Cleuza, a recaída só é possível se o paciente mantiver os mesmos hábitos. “Se ele frenquentar os mesmos lugares, conviver com os mesmos amigos, achar que está imune”, explica.

domingo, 20 de novembro de 2011

Uso indiscriminado de suplementos vitamínicos eleva o risco de morte

O consumo indiscriminado de suplementos vitamínicos e minerais pode aumentar o risco de morte em mulheres com mais de 55 anos, diz um estudo feito em conjunto pela Universidade de Kuopio, na Finlândia, e a Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos. Segundo os pesquisadores, mais de um terço da população dos países pesquisados toma suplementos vitamínicos por conta própria, prática que deve ser evitada.

Participaram do estudo 38 mil mulheres, com faixa etária entre 55 e 66 anos. Os cientistas escolheram esse grupo porque o consumo de suplementos é mais comum em mulheres que entraram na menopausa. As voluntárias foram observadas por duas décadas pelos autores do estudo. Durante as entrevistas inicias, os médicos descobriram que 63% das participantes tomavam algum tipo de suplemento vitamínico ou mineral para prevenir doenças crônicas sem consultar um médico. Os suplementos mais usados sem prescrição foram os de vitaminas B6 e ácido fólico (ou B9), ferro, magnésio, zinco e cobre.

Após o término do estudo, os pesquisadores analisaram os resultados e descobriram que tomar suplementos sem necessidade traz vários malefícios ao organismo, aumentando o risco de morte em mulheres em até 5%. Segundo os médicos, os homens também correm riscos, mas é preciso fazer um estudo para definir qual é o risco de morte.

Os especialistas afiram que a maioria desses compostos se torna nociva em quantidades elevadas. Isso aumenta as chances de doenças cardiovasculares, pulmonares e também de câncer.

Os autores do estudo, no entanto, explicam que os suplementos vitamínicos e minerais são aliados da boa saúde se consumidos com aconselhamento médico e, muitas vezes, realmente são necessários para prevenir doenças.

Erros comuns na hora da suplementação Segundo dados de pesquisas feitas pelo IBGE, 98% da população brasileira não ingere a quantidade ideal de vitaminas por dia e 92% não consome frutas com frequência. Por esse motivo, suplementos alimentares fazem parte da nova pirâmide alimentar chamada Healthy Eating Pyramid, desenvolvida recentemente por cientistas da Universidade de Harvard (EUA). Mas, na hora de incluir os suplementos na dieta, é preciso tomar alguns cuidados para evitar problemas, como evitar estes erros:

Consumir suplementos sem aconselhamento médico: "Os suplementos são importantes, pois evitam a deficiência e o excesso de nutrientes. Mas é sempre bom lembrar que a quantidade e a variedade de suplementos alimentares devem ser indicadas por um profissional e somente em casos específicos", explica o nutrólogo Máximo Asinelli, da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição.

Achar que apenas quem tem doenças precisa tomá-los: "Até uma pessoa livre de doenças e que pratica exercícios físicos, tem uma alimentação balanceada, não bebe e não fuma pode precisar de suplementação", diz o nutrólogo Wilson Rondó. De acordo com o especialista, cada pessoa possui um metabolismo diferente e, por isso, absorve de maneira específica cada tipo de nutriente.

Usá-los como remédios: Os suplementos não devem ser usados para combater doenças já instaladas no corpo, já que não possuem efeito alopático, ou seja, não produzem uma reação oposta aos sintomas dos doentes.