Há muito tempo  se sabe que o zumbido não constitui por si mesmo uma doença, sendo sim um  sintoma que pode decorrer de diversas causas, embora possamos afirmar que sempre  indica uma disfunção do sistema auditivo. A sensação pode ser referida pelo  paciente de diferentes formas: um chiado, barulho de chuveiro, de cachoeira, de  concha, de cigarra, do escape de uma panela de pressão, uma campainha, esvoaçar  de um inseto, pulsação do coração, etc. Pode ainda ser de caráter contínuo, ou  ser intermitente e mono ou politonal, entre outras características.  
O zumbido é  uma das três grandes manifestações do sistema auditivo ao lado das vertigens  (tonturas) e das perdas auditivas. Alguns estudos afirmam que até um terço da  população urbana adulta tem ou teve percepção de zumbido. Outros estudos dizem  que em torno de 17% da população mundial apresenta esta sensação e outros  estudos ainda dizem que cerca de 10% da população adulta apresenta zumbido de  início espontâneo e prolongado. Os fatores que podem levar um indivíduo a ter  zumbido vão desde idade, fatores sócio-econômicos e exposição a ruídos elevados  relacionados a algumas atividades profissionais até distúrbios metabólicos  (colesterol, triglicérides, glicemia, alterações de tireóide), hábitos  alimentares (excesso de ingestão de café, doces) e de vida (tabagismo). Mas o  zumbido parece estar mesmo relacionado com o grau de perda auditiva que uma  pessoa eventualmente apresente, sendo muitas vezes o primeiro sinal de uma perda  auditiva ainda imperceptível para o paciente. Não se pode afirmar que a perda  auditiva é a causa do zumbido ou vice-versa, mas seguramente podemos dizer que  os fatores de risco para estes dois problemas são muito semelhantes e precisam  ser corrigidos. 
Para não se  causar alarde é importante dizer que a imensa maioria dos casos de zumbido não  causa limitação importante na qualidade de vida de seus portadores. Os números  variam mas cerca de 1 a 20 % dos pacientes apresentarão um quadro mais severo.  No entanto, vale lembrar que na maioria das vezes o zumbido, embora seja uma  desordem do sistema auditivo, pode ser um sinal de alguma outra desordem  sistêmica não aparente. 
O sistema  auditivo se inicia nas células receptoras no ouvido e termina no córtex  cerebral, sendo assim esta via apresenta importantes conexões com o sistema  nervoso central, sobretudo com o circuito relacionado as emoções. Este fato  explica porque algumas pessoas experimentam uma piora no padrão de seu zumbido  de acordo com situações que possam sobrecarregar seu sistema  emocional.
A abordagem do  profissional médico em relação a este problema começa sempre com uma história  clínica detalhada, ouvindo as queixas do paciente, geralmente aflitos com sua  situação, esclarecendo-lhe todas as suas dúvidas e, sobretudo, explicar a  natureza benigna desta doença. A história clínica se presta também a  identificação de possíveis fatores de risco que possam estar levando ao quadro.  Após a história clínica realiza-se o exame do paciente e solicitam-se exames  complementares gerais ou específicos de acordo com as alterações encontradas.  
Da mesma forma o tratamento também é  conduzido de acordo com as alterações detectadas, além do uso de medicamentos e  orientações quanto a alguns hábitos de vida. É importante ter em mente que o  tratamento visa o conforto e a melhoria da qualidade de vida desses pacientes  através, sobretudo de informações simples e pequenas alterações em seus hábitos.  Para isso consulte um profissional médico otorrinolaringologista de sua  preferência e obtenha mais informações
Fonte:Espaço Integral Saúde
 
 
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