MÃE TERRA

"TUDO O QUE EXISTE E VIVE PRECISA SER CUIDADO PARA CONTINUAR A EXISTIR E A VIVER:UMA PLANTA,UM ANIMAL,UMA CRIANÇA,UM IDOSO,O PLANETA TERRA"

Leonardo Boff

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Zumbido no Ouvido

O zumbido dos ouvidos, moléstia que afeta uma parcela considerável da população adulta e, em menor escala, a infantil pode ser definido como um som percebido pelo indivíduo sem uma fonte externa ou vibração no mundo exterior que o produza e inaudível para outras pessoas. O zumbido, também denominado tinitus ou tinido, é um fenômeno psicossensorial experimentado pelo córtex cerebral auditivo. Muitos pacientes no início do quadro procuram, com curiosidade ou preocupação, a origem do ruído em seu redor habitual, mas ao fim de alguns dias ou semanas acabam se dando conta que o ruído está em sua cabeça ou em seus ouvidos.
Há muito tempo se sabe que o zumbido não constitui por si mesmo uma doença, sendo sim um sintoma que pode decorrer de diversas causas, embora possamos afirmar que sempre indica uma disfunção do sistema auditivo. A sensação pode ser referida pelo paciente de diferentes formas: um chiado, barulho de chuveiro, de cachoeira, de concha, de cigarra, do escape de uma panela de pressão, uma campainha, esvoaçar de um inseto, pulsação do coração, etc. Pode ainda ser de caráter contínuo, ou ser intermitente e mono ou politonal, entre outras características.

O zumbido é uma das três grandes manifestações do sistema auditivo ao lado das vertigens (tonturas) e das perdas auditivas. Alguns estudos afirmam que até um terço da população urbana adulta tem ou teve percepção de zumbido. Outros estudos dizem que em torno de 17% da população mundial apresenta esta sensação e outros estudos ainda dizem que cerca de 10% da população adulta apresenta zumbido de início espontâneo e prolongado. Os fatores que podem levar um indivíduo a ter zumbido vão desde idade, fatores sócio-econômicos e exposição a ruídos elevados relacionados a algumas atividades profissionais até distúrbios metabólicos (colesterol, triglicérides, glicemia, alterações de tireóide), hábitos alimentares (excesso de ingestão de café, doces) e de vida (tabagismo). Mas o zumbido parece estar mesmo relacionado com o grau de perda auditiva que uma pessoa eventualmente apresente, sendo muitas vezes o primeiro sinal de uma perda auditiva ainda imperceptível para o paciente. Não se pode afirmar que a perda auditiva é a causa do zumbido ou vice-versa, mas seguramente podemos dizer que os fatores de risco para estes dois problemas são muito semelhantes e precisam ser corrigidos.

Para não se causar alarde é importante dizer que a imensa maioria dos casos de zumbido não causa limitação importante na qualidade de vida de seus portadores. Os números variam mas cerca de 1 a 20 % dos pacientes apresentarão um quadro mais severo. No entanto, vale lembrar que na maioria das vezes o zumbido, embora seja uma desordem do sistema auditivo, pode ser um sinal de alguma outra desordem sistêmica não aparente.

O sistema auditivo se inicia nas células receptoras no ouvido e termina no córtex cerebral, sendo assim esta via apresenta importantes conexões com o sistema nervoso central, sobretudo com o circuito relacionado as emoções. Este fato explica porque algumas pessoas experimentam uma piora no padrão de seu zumbido de acordo com situações que possam sobrecarregar seu sistema emocional.

A abordagem do profissional médico em relação a este problema começa sempre com uma história clínica detalhada, ouvindo as queixas do paciente, geralmente aflitos com sua situação, esclarecendo-lhe todas as suas dúvidas e, sobretudo, explicar a natureza benigna desta doença. A história clínica se presta também a identificação de possíveis fatores de risco que possam estar levando ao quadro. Após a história clínica realiza-se o exame do paciente e solicitam-se exames complementares gerais ou específicos de acordo com as alterações encontradas.

Da mesma forma o tratamento também é conduzido de acordo com as alterações detectadas, além do uso de medicamentos e orientações quanto a alguns hábitos de vida. É importante ter em mente que o tratamento visa o conforto e a melhoria da qualidade de vida desses pacientes através, sobretudo de informações simples e pequenas alterações em seus hábitos. Para isso consulte um profissional médico otorrinolaringologista de sua preferência e obtenha mais informações
Fonte:Espaço Integral Saúde

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