Uma visão complexa.
Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde apontam que, nos próximos 20 anos, a depressão deve se tornar a doença mais comum do mundo, afetando mais pessoas do que qualquer outro problema de saúde, incluindo câncer e doenças cardíacas.
Minha intenção aqui neste artigo não é falar sobre o tratamento da depressão, nem suas variações de origem bioquímica, muito menos fazer propaganda de antidepressivos.
Meu papel aqui é conscientizar e, por mais simples que pareça, ter consciência é talvez a única coisa que faz, de verdade, a diferença.
Se você acha que está deprimido você provavelmente precisa de ajuda de um profissional, mas antes leia este artigo até o fim.
Estar deprimido não é um fenômeno simples, portanto não deve ser entendido como tal. Hoje temos muitas definições para o termo, desde: “um desequilíbrio bioquímico do cérebro...”. Até: “doença caracterizada por um estado de tristeza profunda...”
Dizer que a Depressão é só Bioquímica, ou só Psicológica é o mesmo que tentar arrancar uma extremidade de um bastão cortando ele no meio, impossível, enquanto for um bastão sempre terá duas extremidades.
O ser humano tal como nosso mundo é complexo e coisas complexas devem ser entendidas de maneira diferente.
Geralmente quando falamos de complexidade admitimos que aquilo que parece dual é parte de uma coisa maior.
Para entender isso, vamos aprender um pouco sobre o funcionamento desta ligação: mente-corpo.
Aquilo que tenho como verdade me faz ver o mundo de uma determinada forma, isso faz com que meu afeto atribua valores às coisas. Eu posso, por exemplo, ficar irritado quando vejo um determinado comportamento porque meus valores são contra isso. Essa sensação de raiva que sinto é o disparar de uma complexa cadeia hormonal, minhas glândulas suprarrenais despejam adrenalina na corrente sanguínea, o que entre outras coisas dá a sensação física da raiva, acelerando o coração e aumentando a pressão sanguínea. Cada emoção tem uma cadeia diferente.
Idéias constroem valores que atribuímos à sentimentos e estes geram sensações físicas, modificando padrões químicos que podem ser ou não saudáveis para o corpo.
Depressão, por isso, pode ser o resultado de uma maneira de ver a vida que gerou uma longa sensação que acabou desencadeando um desequilíbrio no corpo de uma forma que ele sozinho não consegue mais se reequilibrar.
Nossa vida é cheia de altos e baixos, cheia de alegrias e tristezas e isso é saudável, o problema é quando o stress fica tempo demais.
Não temos que ser felizes o tempo todo, temos sim que aprender a ser flexíveis. A ciência já sabe que quanto mais flexíveis mentalmente, mais fortes somos, menos tempo ficamos deprimidos e mais felizes nos tornamos.
“O bambu resiste à tempestade por ser flexível, enquanto a grande arvore de Carvalho rompe por ser rígida demais” (antigo ditado)
Cuidado com as idéias que você absorve, procure conhecimento saudável, pois este vai construir valores que no final das contas vão dizer como você vai sentir a vida, se vai ser feliz ou infeliz, se vai ficar saudável ou doente.
Seja flexível, dê menos valor e menos peso às coisas que te fazem sofrer, aprenda a rir um pouco de si, dance na chuva e na tempestade, questione, não tenha medo de mudar, quando precisar mude, inclusive a idéia de que você não consegue! A vantagem de ser humano é essa: nossas capacidades dependem das nossas crenças e nossas crenças dependem de nós.
Por: Caio Fábio S. Portella- Naturólogo/ Email: caiofabio1@yahoo.com.br
Blog: www.espacointegralsaude.blogspot.com
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