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"TUDO O QUE EXISTE E VIVE PRECISA SER CUIDADO PARA CONTINUAR A EXISTIR E A VIVER:UMA PLANTA,UM ANIMAL,UMA CRIANÇA,UM IDOSO,O PLANETA TERRA"

Leonardo Boff

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

BACTÉRIA MORTAL

Estudo mostra como bactéria passou de ameaça inofensiva a praga mortal

Fonte: Portal G1
Notícia publicada:31/08/2011
Autor:Indefinido

Cientistas da Escola de Medicina da Universidade Feinberg, nos Estados Unidos, descobriram o caminho que levou uma bactéria que causa apenas irritação no estômago a evoluir para um organismo letal, responsável por disseminar a peste bubônica.

A descoberta foi divulgada na edição desta semana da publicação "Proceedings of the National Academy of Sciences" (PNAS), da Academia de Ciências norte-americana.

Com uso de técnicas de manipulação de DNA, os cientistas descobriram o caminho que levou dois organismos com apenas uma célula a serem tão distintos quanto à doença que provocam, mas tão parecidos geneticamente. O primeiro chama-se Yersinia pseudotuberculosis e funciona como ancestral do Yersinia pestis - responsável pela peste bubônica.

O Y. pseudotuberculosis vive no estômago de humanos e causa apenas irritação no local, sendo que muitas pessoas não apresentam sintomas.

Já a bactéria Y. pestis provoca de 1 mil a 3 mil casos de peste bubônica por ano no mundo e está presente em todos os continentes, com exceção da Antártida, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O estudo pode dar pistas sobre novas formas de atacar o agente causador da peste bubônica, que segundo os autores ainda é uma doença em atividade no mundo. O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos classifica o Y. pestis como uma ameaça de categoria A - grupo ao qual pertencem o antraz, o vírus da varíola e o Ebola.

A pesquisa pode ajudar no desenvolvimento de novas terapias para combater a doença. Altamente virulento, o vírus pode levar à morte dentro de somente 5 dias após a infecção.

Para os cientistas, a diferença na agressividade dessas duas subespécies pode estar em pequenas moléculas conhecidas como sRNAs, envolvidas em muitos processos dentro de ambas as bactérias.

A equipe identificou 150 sRNAs, sendo apenas seis deles exclusivos da Y. pseudotuberculosis. A ausência dessas moléculas no Y. pestis é apontada pelos pesquisadores como possíveis responsáveis pela virulência. Essa característica teria surgido nas bactérias da peste bubônica entre 1,5 mil e 20 mil anos atrás.

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